102. Legalmente

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Clarkson estava tomando vinho com uma companhia.


- Então, como seu filho está, após a algazarra da semana passada? - Um certo alguém perguntou, apreciando mais um gole de vinho.


- Perfeitas condições. Ele será o rei, sabe como agir nessas situações. - Ele respondeu, com indiferença.


O visitante viu que o vinho de Clarkson havia acabado e estendeu a mão para buscar mais para o colega.


Assim que voltou, retomou o assunto.


- Creio que traição seja algo difícil para qualquer um.- Respondeu, dando de ombros.


- Ela mereceu. Estava nas regras da competição. Não as seguiu porque quis. - Clarkson diz, normalmente.


O outro sorriu, achando graça.


- Não seja assim, Clarkson... Sabemos que aquela garota já queria se casar com o russo antes. - Reclamou, mesmo que não achasse nada demais. Em seu lugar teria feito o mesmo.


- Isso lá é da minha conta? - Ralhou, irritado.


- Decerto que não. - Ele respondeu, vendo o rei estadunidense tomar o vinho.


- Mas então.... Sobre nossos países. O que acha de uma relação mais aproximada? - O visitante sugeriu, fingindo desinteresse.


Clarkson riu, como se fosse um absurdo.


- Sei o que está fazendo. Não vai acontecer. - Ele responde de volta, o olhando nos olhos.


O outro permaneceu inexpressivo, mas seu sangue ferveu de raiva.


Ele se arrumou na cadeira, cruzando as pernas. Voltou a tomar o vinho.


- Se o senhor diz. - Deu de ombros.


Pouco tempo depois, Clarkson começou a tossir, uma tosse seca que não aliviava a dor em sua garganta e o gerava uma falta de ar.


Ele se apoiou na mesa, se sentindo tonto.


- Deveria ter considerado minha proposta com antecedência, majestade. - O outro diz, decepcionado.


Se levantou e se aproximou de Clarkson que tossia sem parar, o rosto ficando vermelho pela asfixia.


Amores Ilegalmente CorretosOnde histórias criam vida. Descubra agora