Capítulo 31✨

402 50 27
                                    

S/n's Pov:

Todos estavam cientes de que ela estava em fase terminal,
mas ninguém estava preparados para perde-la.

Zoe, infelizmente, não resistiu aos tratamentos.
As células estavam não só presente nos pulmões,
como em todo seu corpo.

A notícia chegou, no meio da madrugada.
Eu e Noah acabamos dormindo no sofá,
com a TV ligada passando algum filme.

O hospital telefonou no celular do Noah,
alegando que ela estava nas suas últimas horas.

Foi arrebatador, ver a reação dele com a notícia.
Pude sentir sua dor.

Ficamos no hospital por cinco horas,
até seu coração não resistir mais,
e, pelo último minuto,
eles trocaram seu último eu te amo.

Seu corpo, que já havia perdido força a semanas,
agora estava começando a ficar pálido.
Seus lábios que por outrora eram rosados,
estavam perdendo a cor.
E sua pele, quente ao toque, começou a perder o calor.

Todos que estavam na sala, permaneceram em silêncio, apenas alguns soluços e lágrimas, foram usados para expressar nossos sentimentos.

A pequena criança, ficou o tempo todo ao lado da mãe, segurando sua mão fortemente.
E com a cabeça apoiada em seu peito, disse adeus.

Quem por menos de três meses foi seu companheiro, segurava sua outra mão livre,
e segurando forte, desejando nunca mais soltar.

Era nítido para Kevin, que sua mãe havia falecido na frente de seus olhos,
mas permanecia com seu olhar inocente.

E quando, seu último suspiro foi solto,
o homem desabou mais uma vez em lágrimas.

Pensei em ir até ele e o confortar,
mas eu sei que ele precisa desse momento para se despedir dela.
Não importa quanto tempo demore.

A criança, que deixou um beijo na testa de sua falecida mãe, anda até o pai e o abraça.

Ele sabia que apartir daquele momento, seria apenas ele e Noah.
Kevin sabia, que nunca mais teria sua mãe presente nesta vida.
Mas para ele, a única coisa que importa,
e ter a consciência que independente de onde ele esteja,
sua mãe estará o acompanhando lado a lado,
como sempre fez.

Wendy abraçava Marco fortemente,
e da mesma intensidade,
estávamos eu e Linsey.

Certamente essa foi uma dos piores momentos em que eu estive presente com o Noah.
Ele é a pessoa que eu amo,
vou o ajudar de todas as formas que estiverem ao meu alcance,
porque ele fez o mesmo por mim.

Kevin deixa um beijo na bochecha do pai, limpas as lágrimas no rosto do Noah e diz que ama ele.

Neste mesmo momento, o homem abraça o filho mais uma vez, em desespero.
Kevin continuava calmo, tentando amenizar a intensidade dos sentimentos do pai, com suas delicadas carências.

Suas pequenas mãos apertavam a coluna do Noah, e sua cabeça repousada em seu ombro, já que Urrea está de joelhos no chão.

A família Urrea começa a sair do quarto, dando espaço para eles, e ando juntamente com Linsey, Wendy e Marco.
Mas Noah chama por meu nome.

- S/n, - diz com a voz embargada. - fica aqui. - ele olhava para mim.

Ando até eles, e me ajoelho ao seu lado.

- Papai, você sabe que a mamãe foi para um lugar melhor agora, porque aqui ela estava sentindo muita dor; não sabe? - perguntou acariciando o rosto do Noah.

- Sei sim filho. - ele funga o nariz.

- Não precisa se preocupar assim, ela ainda vai estar aqui por nós, com seu amor. - ele se mantinha calmo.

Lágrimas percorriam sobre meu rosto sem pausa,
e me pergunto,
com qual capacidade Kevin tem de continuar em uma situação tão dolorosa como essa, e se manter sublime.

Após alguns minutos, Noah se recupera.
Os médicos entram no quarto para levar o corpo da Zoe para o necrotério.

Ele se levanta e se senta no pequeno sofá de dois lugares, colocando o filho em seu colo, e me puxando pela mão para me sentar ao seu lado.

- Eu chamei a S/a para ficar aqui, porque ela também perdeu alguém muito importante. - diz ele olhando o filho.

Kevin me olha curioso e pergunta se era verdade.

- É sim. Perdi meu pai, era um pouco mais velha que você. - seus pequenos olhos me encaravam me questionando por mais. - Ele morreu de um ataque cardíaco, quando eu estava na escola. - digo.

- Eu sinto muito por isso. - sua voz era triste.

- Está tudo bem agora. O mais estranho de tudo, foi que eu tive dois ataques cardíacos também. - Noah me olhava. -Faz quase quatro meses.


- Um pouco antes da mamãe e o papai se reencontrarem. - ele diz.

- Nós nos encontramos novamente por causa disso. - proferiu Noah paciente. - Ela teve uma segunda chance na vida, e quis aproveitar ao lado de quem ama. - o olhava calmamente, o homem mantinha sua visão baixa, sem um ponto de visão. - A vida funciona de um jeito estranho. - diz ele, por fim.

- A vida. - repetiu a maneira que o pai disse. - O que é a vida tia S/n? - me perguntou. Um sorrio ingênuo nasce nos meus lábios e no de Noah. Era a primeira vez que ele me chamava assim.

- A vida... - paro para pensar por alguns instantes. - Eu não consigo definir o que a vida é, em si. - digo. - Mas a sua vida, pode ser o que você quiser que ela seja. Basta ter controle dela.

- A mamãe tinha um pensamento igual o seu. - ele sorri. - Você prometeu para o papai que iria ajudar e cuidar dele. - ele diz e eu concordo. - Eu sou filho dele, e moro com ele agora, - nós dois o encarava. - isso significa que nós vamos morar com você? - ele pergunta curioso.

Tento dar alguma resposta, mas não sabia o que dizer.
Noah percebendo a situação, procede suas palavras.

- Isso nós pensamos depois, agora, nós vamos cuidar dos nossos sentimentos, ok? - Kevin concorda. - A S/n tem as responsabilidades dela, e a vida dela.

- Honestamente, eu não lembro mais da sensação de viver. - falo fitando o chão.

- Se você ficar com a gente, eu posso te ajudar com isso. Não deve ser tão difícil.

tô mal 👍

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

tô mal 👍

votem bastante para o próximo capítulo!!! ⭐

xoxo, morango.

𝐄𝐗𝐂𝐇𝐀𝐍𝐆𝐄┊𝐧.𝐮𝐫𝐫𝐞𝐚 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora