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S/n Cooper, uma jovem de 17 anos e italiana, viaja para Orange Country na Califórnia, para fazer seu intercâmbio na casa da família Urrea. O intercâmbio sempre foi seu sonho desde criança, e ela está decidida de que essa nova fase de sua vi...
Acordo e vou direito para o banheiro cuidar da minha higiene, aproveito e tomo banho também, já que não sei quando vou voltar para casa. Arrumo minha mochila ainda com a toalha no corpo, pois não quero deixar para fazer isso de última hora, me conhecendo bem, provavelmente iria deixar alguma coisa aqui. Pego a troca de roupa e vou para o banheiro me trocar.
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Deixo a mochila em cima da cama e desço com meu celular na mão, la em baixo encontro Noah sentado no balcão da cozinha mechendo em seu computador.
- Bom dia! - digo me sentando em seu lado.
- Bom dia? Acho que o mais apropriado seria boa tarde. Já viu que horas são? - diz retirando sua atenção da tela do notebook e olhando para mim.
- Não... - pego meu celular e vejo que marcava 12:47pm, como que eu consegui dormir por tanto tempo assim?
- Que horas você foi dormir ontem?
- Quando nós descemos para dentro novamente.
- Você sabe que horas nós entramos em casa ontem? - sinalizo em negação com a cabeça - Era por volta das duas e meia da manhã.
- Duas e meia da manhã?! - ele concorda com a cabeça - Meu Deus... eu nem percebi que nós ficamos tanto tempo la em cima.
- Não foi só você que perdeu a noção do tempo, acordei não faz tanto tempo.
- Entendi... - digo entediada.
- Que horas você quer voltar para casa? - questionou-me voltando sua atenção ao computador.
- Depois que você estiver melhor - digo com um tom de preocupação e atencioso ao mesmo tempo.
- Se fosse por isso você nem teria dormido aqui. - diz sem emoção alguma.
- Nossa, se quisesse que eu fosse embora era só falar. - disse me levantando, mas em seguida ele me puxa novamente me sentando no banco.
- Eu não falei isso Cooper. Eu estou bem sim, não precisa se preocupar. - volta novamente sua atenção a tela.
- Claro que eu vou me preocupar, eu gosto de ajudar as pessoas que amo. - ele me olha nos olhos - E eu não senti sinceridade no que você disse.
- S/a...
- Sim?
Ele respira fundo ainda olhando em meus olhos, abre a boca para falar, mas não diz uma palavra sequer. Se vira em o banco em que estava sentado esticando sua mão direita segurando minha mão esquerda e aperta firmemente sem que me machuque. Diz "obrigado" em silêncio, apenas sorrio meiga e ficamos ali nos encarando por um bom tempo. Na verdade não sei quanto tempo ficamos, mas saímos do nosso transe quando Ananda, a funcionária que cuida da casa aparece dizendo que o almoço estava pronto. Quando a mesma percebe que estávamos provavelmente de mãos dadas no ângulo em que ela estava de nós, pediu desculpa saindo da sala rapidamente, imagino que ela pensou que atrapalhou alguma coisa, mas ela não atrapalhou em nada. Certo?
