Fazia mais ou menos uma semana que eu estava tratando Jonathan Crane, conhecido por todos como o Espantalho.
Ele não me parecia de todo ruim por fora, mas por dentro era uma boa mente a ser explorada e descoberta.
Acho que foi por isso que me indicaram para cuidar desse caso, sempre fui muito atento e curioso aos detalhes de meus pacientes.
Ele falava de coisas aleatórias em nossas sessões quase todo tempo, mas pelo menos falava algo, alguns pacientes eram quase 100% calados todo tempo, pelo menos falando eu poderia talvez concretizar algo sobre ele.
No mesmo dia que ele fora designado a mim, eu perguntei como o pegaram - já que sempre diziam que ele era perigoso e outras coisas - os policiais me disseram que ele havia se entregado.
Sinceramente fiquei surpreso, por que uma mente como Jonathan Crane iria se entregar assim tão facilmente para a polícia? Eu iria descobrir o por que, esse foi um dos motivos de ter aceito esse caso, podia simplesmente ter dito não e eles passariam para outro psiquiatra, mas eu estava curioso para saber seus motivos e intenções.
Então lá estava eu na terceira sessão com Jonathan Crane, o bombardeando com minhas perguntas - provavelmente ele iria me contornar e dizer algo aleatório no lugar, mas era o meu trabalho e eu estava disposto.
— Olha só doc... - porque todos eles me chamam de doc? - você sabe que eu nem estaria aqui em sã consciência, mas ela me enviou aqui para dizer algo a você, e você com certeza sabe de quem eu estou falando não é mesmo Jack?
Quando ele disse aquilo vacilei por alguns segundos, eu sabia que era ela, quem mais iria convencer o Espantalho a se entregar de pura vontade só para enviar uma mensagem? Mas ela havia me deixado para trás, e isso me machucou, machucou a mim e a meus sentimentos. Mas ainda sim eu a amava.
— C-como assim Sr.Crane, eu não faço a mínima ideia do que você está falando. - Dei uma de desentendido.
— Por favor Sr.Napier, não vamos começar com isso, obviamente estou falando da Srta.Quinn. Ela me mandou aqui. Me mandou aqui por você. - Crane dizia sério, e nunca tirava os olhos de minha direção, acho que ele queria que eu tivesse certeza de suas palavras.
Suas rápidas palavras foram como um baque em meu peito, ele dizendo o nome dela assim. Fazia um tempo que não ouvia falar dela, o nome dela Harley Quinn. Minha, minha Harley.
— Tudo bem, me conte mais Sr.Crane. Estou ouvindo. - Decidi dar uma chance a Crane, uma parte de mim sinceramente queria saber o que ela queria dizer a mim, mas uma outra parte - bem menor - não queria ouvir o que ela tem a dizer. Ele me abandonou, nos abandonou aqui nesse inferno. Mas ainda sim eu a amava.
— Tudo bem... eu estava por aí nas ruas da nossa querida Gotham, quando um de seus capangas me pega do nada, tipo do nada mesmo eu estava indo até a conveniência comprar leite e esse cara aparece! Ele me agarra e põe um saco na minha cabeça para eu não fugir e me leva até ela, não me lembro o nome dele Jorge, Jay... Jonny devia ser esse... - Ele diz olhando para o horizonte como se estivesse tentando repassar a cena mentalmente.
— Crane foco! - o interrompi rudemente.
— Ah sim, desculpe... continuando! - Ele simplesmente não tem foco nas coisas que fala as vezes - quando cheguei lá, ele me jogaram no chão, eu vi a Srta.Quinn, fiquei um pouco assustado óbvio porque ela é a rainha de Gotham... - ele pausou para respirar, já que estava falando muito rápido - mas depois eu fiquei mais tranquilo quando ele me explicou que precisava de um favor, já que ela não poderia fazer sozinha e...
— Ela não queria voltar pro Arkham de bandeja, e mandou você - o bode expiatório - para me avisar alguma coisa. - Eu disse completando seu pensamento.
— Sim.
— Mas o que ela queria me dizer. Você falou, falou e ao mesmo tempo.
— Ah sim, desculpe - de novo - aqui está! — foi quando ele tirou um papel amassado de bolso de sua calça.
— O que é isso? - Eu pergunto já pegando o papel.
— O bilhete da Srta.Quinn é claro!
— "Um bilhete de Harley? Nunca pensei que receberia a mensagem através de um bilhete, mas enfim" - eu penso.
Logo eu abro o bilhete e vejo uma caligrafia um tanto quanto adorável.
—————————————————————————
"Querido Jackzinho,
Desculpe te deixar pra trás, foi um sacrifício necessário, espero que você entenda. :)
Venha com Crane até mim eu esperarei você meu pudinzinho!
Sem ressentimentos Harley <3"
—————————————————————————Parei de ler, era simples e direto. Apenas ir até ela. Pensei se iria, Jack me dizia que não, mas eu iria mesmo assim. Jack, ele não entende... nunca entendeu.
— Preciso que você me leve até ela Crane.
— Ah sim Doc isso é simples de fazer, mas sair daqui, bem... já são outros quinhentos.
— Eu tenho um plano, mais tarde irei vir aqui para dizer aos guardas que preciso dar um remédio para seu sono que as enfermeiras esqueceram e daí eles vão abrir sua cela e. Simples!
— Não quero duvidar de você Doc... mas tem certeza que esse seu plano dará certo? - Jonathan Crane estava apreensivo, mas faria de tudo para o plano dar certo, afinal ele não queria decepcionar sua chefe.
— Sim o meu plano dará certo, se eles não cooperarem vou ter um diálogo com eles. - Crane engole seco, acho que ele entendeu o que diálogo quis dizer...
Ah e Crane - ele ergue a cabeça em minha direção - me chame de Coringa.*
Espero que tenham gostado desse capítulo, continuem dando suas estrelinhas isso é muito importante para mim e pra divulgação da história.
Mas obrigada de qualquer maneira de coração!PS: Voltei senhoras e senhores! :)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Se fosse ao contrário - Harley Quinn & Joker Story
FanfictionE se tudo fosse ao contrário? Nossa querida Harleen Quinzel nunca tenha sido uma inocente psiquiatra e apenas tenha sempre sido a criminosa Harley Quinn? Ou talvez Joker apenas tivesse sido uma pessoa normal e nunca foi um criminoso e apenas tenha s...