Make a wish

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Harry pov.

Minha casa estava terrivelmente agitada naquela manhã, quero dizer, mais que o normal.

Era comum acordar com o barulho da risada de Sirius pela manhã, pois ele tinha o costume de vir todos os dias com Remus para que todos tomassem café juntos antes de cada um seguir para o seu próprio trabalho, e eu para a escola, porque de acordo com eles, era o único horário aonde os quatro poderiam ficar juntos sem o estresse do tempo limitado para que voltassem para suas funções.

Todos eles tinham a vida bem agitada, eram adultos muito comprometidos com seus empregos e valorizavam o trabalho bem feito. Minha mãe é uma enfermeira brilhante, chefe de enfermagem de um setor inteiro, então era bem comum ver ela cochilando no sofá durante a noite e o meu pai a levando para cama com um carinho imenso.

Meu padrinho Remus era de longe o mais calmo da família, mas não por não ter estresse em seu trabalho, porque ser professor de história em uma universidade não era algo tranquilo. Sua tranquilidade vinha de anos casado com Sirius e das diversas vezes onde teve que controlar seus instintos de matar o marido por alguma idiotice.

Meu pai e Sirius trabalhavam juntos, porque mesmo depois de crescerem lado a lado, estudarem um com o outro em todos os níveis escolares e se tornarem vizinhos após se casarem, um não sabia viver sem o outro, então é claro que ambos foram para faculdade de direito juntos e foram contratados por um esquadrão de investigação da polícia para atuarem na mesma equipe após 1 ano como policiais.

Pelo o que me contaram, o padrinho Sirius e o meu pai eram melhores amigos de infância. Os Potters eram bem próximos dos Blacks, então os dois eram inseparáveis desde sempre, mas com a chegada de Remus, tudo havia ficado muito melhor, já que era óbvio para qualquer um que eles precisavam de alguém para os colocar na linha e impedir a bagunça sem fim que eram aqueles dois.

Minha mãe chegou no ensino médio, então ela pegou a pior parte da fama do meu pai, que na época era titular do time de futebol da escola, junto com Sirius, e pareciam viver apenas em torno do esporte. Minha mãe gosta de dizer que foi graças a ela que papai tomou juízo, porque ela era voluntaria na enfermaria do colégio quando ele sofreu uma torção no tornozelo e teve que ser tirado de campo por algumas semanas, e nesse tempo, meu pai pedia constantemente para ir ver a enfermeira bonita que ele nunca tinha notado.

Depois de muitas tentativas, minha mãe acabou cedendo e saiu com ele, que a conquistou rapidamente e logo eram o casal mais bonito da escola, mas... de acordo com Sirius, eles só carregaram esse título por alguns dias, porque logo em seguida ele confessou o que sentia por Remus que, mesmo achando que era apenas carência por ter o melhor amigo namorando, aceitou sair com ele e quando viu que era real, decidiu aceitar namorar o garanhão da escola.

Palavras de Sirius, não minha.

A realidade é que mesmo após todos esses anos, minha família não caiu na mesmice ou se cansaram uns dos outros e parte disso era culpa de Sirius, que vivia dizendo que família era algo que se devia proteger e amar, manter sempre por perto para zelar e cuidar.

Então é claro que de todos ali, ele era o mais energético, e a prova disso era que há alguns meses ele havia chegado em casa chorando e sorrindo tanto que eu me questionava como as bochechas dele não haviam rasgado, dizendo que sua prima havia ficado viúva e estava voltando para Londres com o filho dela que era da minha idade.

Eu não sabia muito do caso, mas pelo que havia entendido, Sirius tinha uma prima que quando se casou foi para França com o marido, porque a família dele tinha uma empresa, estavam expandindo seu domínio pela Europa e precisavam que ele tomasse conta da nova sede no local.

New Year's Eve - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora