Best friend

767 99 19
                                    

Harry pov.

A primeira coisa que eu senti ao me levantar da minha cama foi uma dor de cabeça insana. A segunda foi confusão, eu não fazia muita ideia de como tinha ido parar lá, a noite anterior ainda era um borrão na minha cabeça. Peguei meu celular, e vi que eram 10 horas da manhã do primeiro dia do ano, e aos poucos fui sentindo as lembranças voltando.

Nós fizemos uma reunião com a prima do Padfoot que havia vindo da França, e eu fiz amizade com o filho dela, Draco Malfoy. Nós bebemos, mas não tanto ao ponto de me deixar de ressaca, algumas cervejas e dois drinks do Sirius.

Respirando fundo, cocei de leve minha cabeça, sentindo a raiz dos meus fios um pouco úmida, e pensei com calma, eu havia lavado meu cabelo na noite anterior para ficar bonito, mas ontem havia feito 7°C e o vento estava frio. Oh céus, eu já conseguia ouvir a voz da minha mãe na minha cabeça me dizendo que não era saudável lavar o cabelo a noite e muito menos no frio. Com isso em mente, calcei minhas pantufas, vestindo mais uma blusa quente ao sentir um leve calafrio percorrer meu corpo e desci as escadas, sentindo o cheiro de um bolo, e sorrindo de lado quando minha barriga roncou.

Ao chegar lá em baixo a primeira coisa que vi foram meu pai e o padrinho Sirius muito quietos, ambos com a expressão cansada, e eu franzi o cenho tentando entender o que havia acontecido.

— O que houve com vocês? — Perguntei de forma um pouco alta, sentindo minha garganta doer um pouco.

— Ressaca — Remus disse emburrado, colocando duas canecas com café, uma na frente de cada um deles. — Esses idiotas competiram para ver quem virava mais garrafas de cerveja um pouco depois que Cissa foi embora com Draco.

— Como eu não vi isso? — Perguntei enquanto pegava uma caneca e a enchia com leite, levando-a até o micro-ondas para esquentar.

— Você tinha acabado de subir para dormir quando eles começaram — ouvi minha mãe contar ao entrar na cozinha com seu kit de emergências 2.

Minha mãe tinha 5 caixas de emergência, uma para cada situação, e a 2 era especificamente para as ressacas do Pad e do meu pai. Observei enquanto ela pegava duas agulhas e duas garrafas de soro glicosado, preparando ambos e colocando as luvas de procedimento. Sem demora ela caminhou até meu pai, segurou o braço dele, amarrou um pouco acima do cotovelo e pegou a agulha, logo furando a veia que sobressaiu e conectando o equipo ao soro. Assisti fascinado vendo o liquido começar a correr, enquanto ela passava para o outro lado da mesa e repetia o mesmo processo em Sirius, colocando os soros um em cada armário atrás deles e sorrindo satisfeita antes de fechar a expressão.

— Vou precisar comprar mais soro porque já é a terceira vez no mês que vocês ficam bêbados desse jeito — ela disse com uma expressão furiosa, me encarando de forma confusa. — O que você tem?

Um detalhe sobre minha mãe era que além de ela ser uma pessoa que vê tudo, ela também sabia de tudo. Então é claro que ela sabia que eu tinha pego um resfriado na noite anterior, porque antes mesmo que eu respondesse ela havia pego o termômetro e me entregado, e eu não demorei em colocá-lo de baixo do braço sem reclamar. Com isso, tive que fazer o possível para pegar minha caneca no micro-ondas, e colocar duas colheres de achocolatado sem derrubar o objeto.

Era sempre assim quando eu adoecia. Eu não tomava café sempre, porque a cafeína fazia muito efeito em mim, então eu costumava tomar o achocolatado com mais frequência, mas quando eu estava doente, eu tomava achocolatado com o leite morno, porque me dava uma breve sensação de conforto e eu me sentia bem. Depois de alguns segundos escutei o termômetro apitar, e o entreguei para minha mãe automaticamente, que sorriu aliviada.

— Pelo menos não está com febre. Termine de comer e vá deitar. Vou levar um remédio para a dor daqui a pouco — ela disse pegando a bolsa, indo até Remus, que estava lavando a louça, e deixando um beijo na bochecha do homem. — Estou indo na farmácia.

New Year's Eve - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora