Love song

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Harry pov.

Encaro minha mão que estava firmemente entrelaçada a de Draco com uma expressão emocionada que se recusava a sair de meu rosto, um sorriso constante brincando em meus lábios e eu tenho certeza de que minhas bochechas coradas completavam o pacote.

Estávamos ficando.

Bom, não tinha um rótulo ainda, mas eu só podia supor que estávamos ficando.

Fazia uma semana desde sua belíssima declaração e eu já estava agoniado, porque apesar de se manter um excelente cavalheiro e estar sendo sincero e dizendo absolutamente tudo o que sentia, nós ainda não tínhamos contado a ninguém, nem mesmo para Ronald, que estava me questionando de 10 em 10 minutos perguntando por que eu havia voltado a falar com Draco do nada.

Havíamos feito o combinado de irmos descobrindo juntos o que estávamos sentindo e conversarmos honestamente sobre nossos sentimentos, o que me fez revelar meu plano de fazer ciúmes nele usando Charlie, assim como contei que o autor do plano era Sirius então ele não podia ficar bravo.

Ele não ficou chateado, na verdade, tenho a impressão de que ele ficou muito aliviado, porque ele sorriu de lado e disse que isso era bom.

Mas meu receio era que, por não estarmos contando a ninguém, eu não sabia se era real, não sabia se Draco não queria que as pessoas soubessem de mim ou se ele apenas estava realmente descobrindo o que sentia.

Eu sabia que tinha enormes chances de ser apenas uma mera paranoia da minha mente sequelada, porem, eu não podia frear esses pensamentos quando eles vinham de tão boa vontade na minha mente.

De qualquer forma, eu estava muito boiola porque desde o minuto em que cheguei na casa dele para passar o dia ele não havia largado minha mão, deixando vários beijinhos por toda a palma e fazendo carinhos em meu rosto com alguns intervalos de segundos cada vez menores.

Eu sabia que Draco tendia a ser carinhoso, mas era muito carinho para meu pobre e humilde coração, eu não iria aguentar.

Tê-lo jogando charme para mim 24 horas por dia já era complicado quando eu achava que era um sentimento platônico, sabendo que era recíproco, ficava mil vezes mais intenso, e ser o foco de toda essa atenção me deixava ansioso.

Um ansioso bom, se houver uma forma de isso ser algo bom, era uma sensação gostosa, um arrepio suave por toda coluna e aquele leve frio na barriga.

Era incrível, eu estava adorando.

— O que você está pensando? — Draco questiona ao pousar o dedo indicador entre minhas sobrancelhas, o que me fez perceber que eu as estava franzindo.

— Apenas pensando como em sete dias eu saí de uma fase e entrei em uma diferente. — Digo com sinceridade, virando meu rosto na direção do loiro, encarando o rosto bonito se contrair em um sorriso de lado, vendo a felicidade clara estampada naquele rosto.

— A sete dias atrás eu estava desesperado achando que tinha perdido você para um ruivo bonitão. — Ele diz de forma baixa, negando com a cabeça e se virando na minha direção. — Não sei quantas vezes vou pedir desculpas por minha lerdeza.

— Não tem que se desculpar. Cada um vê o que está pronto para ver. E outra, você já me perdeu para um ruivo bonitão, ou acredita mesmo que Rony vai me largar? — Pergunto com um sorriso de lado e vejo Draco rir de forma fraca.

— Verdade. Você é todo de Ron, eu apenas te beijo porque ele ainda não sabe para poder arrancar a minha boca. — Ele diz de forma séria, parecendo acreditar em suas palavras e eu sorrio de lado.

— Por favor, eu acredito na benevolência de Ron, ele vai te perdoar. De acordo com ele, qualquer um, menos um dos irmãos dele. — Digo com um sorriso e vejo Draco rir baixinho, fazendo uma expressão confusa.

New Year's Eve - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora