My youth

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Draco pov.

Eu nunca me considerei um cara de sorte.

Tirando a parte de ser fabulosamente rico e ter uma mãe incrível, nada consumia mais a minha energia e tempo do que ser filho de um homem detestável. Eu odiava meu pai, odiava o que ele representava e sua influência com tudo e todos.

O bom foi que morreu logo e eu pude conhecer o que seria minha porta para uma vida incrível.

Sirius Black, o primo da minha mãe.

Algo nele me chamava a atenção desde as histórias que minha mãe me contava sobre a sua família.

Primeiro que ele era assumidamente gay e casado com o homem que amava, segundo que ele morava no mesmo quintal que o seu melhor amigo de infância, algo que eu nunca achei possível com as amizades que eu tinha ali.

Eu não me imaginava dividindo um quintal com nenhum dos meus amigos franceses, então chegar em Londres e o conhecer me fez ver a clara razão para ele amar tanto o seu melhor amigo e a família dele.

Era uma família de tirar o fôlego.

James Potter era sem sombra de dúvida o ser humano mais extraordinário da face da terra.

Lilian Potter era a mulher mais doce e gentil com uma áurea forte e poderosa que já havia visto.

E Harry Potter era o amor da minha vida.

Não existia nenhum traço de personalidade ou físico em Harry que me fizesse questionar essa atração instantânea que senti por ele, tudo sendo tão mágico que eu me questionava se havia ido para Londres ou Nárnia.

A cada dia Harry se mostrava ser mais com o que eu imaginava que fosse, a pessoa perfeita para mim.

Eu sei que surtei e demorei para perceber, mas eu o amava com todo meu coração e a cada dia ele parecia se empenhar em dominar mais uma parte da minha alma para si.

A cada dia, Harry Potter roubava algumas células minha e guardava dentro de si, obrigando meu corpo a precisar da presença dele e do seu contato inebriante para se manter calmo e feliz.

A prova era a viagem que ele havia me levado.

Estávamos no nosso terceiro dia na chácara e ele estava com aquela áurea que simplesmente me enlouquecia.
Eu não era imune aos efeitos que ele causava em mim, eu apenas não sabia muito bem o que fazer porque apesar de ter todos esses extintos muito fortes, eu não tinha muita certeza de o que fazer com eles.

Mas naquele dia eu não sabia como ia controlar aquilo.

Eu estava com Harry na nossa cama, deitados, vendo um filme bobo. Era perto da hora do café da tarde e nós estávamos exaustos do passeio que havíamos feito pelos castelos que tinham ao redor, então eu só queria ficar deitado até a hora do jantar, mas Harry estava inquieto.

Aquele tipo de inquieto. 

Do tipo "eu estou excitado, mas não quero deixar meu pobre virgem namorado descobrir".

Ele fazia muito isso.

Eu estava cansado de sentir tanta atração por Harry, ver que era retribuído e não podermos fazer nada por ele querer que fosse especial, então eu apesar virei o corpo bonito na cama, vendo ele me encarar com uma expressão surpresa e corar.

— Você planejou alguma noite com pétalas de rosas ou a ideia romântica é somente o lugar para nós dois? — Pergunto ao me erguer sobre ele, vendo ele ainda corado e com os bonitos olhos arregalados.

— Só o lugar. — Ele diz de forma contida e eu sorrio de lado.

— Ótimo. 

Vejo ele sorrir ao perceber que era a resposta que eu queria, sentindo as mãos bonitas se entrelaçando na minha nuca no mesmo instante que desci os lábios para o beijar.

New Year's Eve - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora