The 7th sense

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Harry pov.

Eu estava ansioso.

Amanhã seria o meu primeiro dia na faculdade, onde aconteceria uma recepção dos calouros em que os veteranos de cada curso iriam nos apresentar a instituição e fazer uma festa.

É claro que também iria ocorrer o trote, mas eu não estava tão preocupado, afinal, os veteranos de medicina não eram muito fãs de bagunça, então eles apenas iriam fazer fotos e contar algumas tragédias de alunos desmaiando ao ver os corpos no laboratório anatômico. Mas eu sabia de duas pessoas que estavam com os nervos à flor da pele.

Rony, pelo motivo óbvio de ter os irmãos como veteranos no curso de direito e, não apenas pelos gêmeos serem diabolicamente bem articulados e criativos, e sim pela maldade que brilhava nos olhos deles por Rony não ter comprado o maldito paletó marrom. Como se eu fosse deixar o meu melhor amigo usar aquela coisa.

Draco estava na mesma, mas não por medo, e sim, um receio com a questão do sobrenome ser um chamativo para pessoas interesseiras no curso de administração. Sem contar que ele estava preocupado que usassem tinta em seu cabelo.

Havia sido uma surpresa para mim quando Draco me disse que ia ser transferido para a mesma universidade que eu, dizendo que havia sido muito fácil por já ter toda a documentação e dinheiro necessário para a matricula. Mas isso não foi a razão da minha surpresa, mas sim ver que ele ia estudar no mesmo prédio que Cedrico, pois o desgraçado ia cursar contabilidade e iam ter várias matérias conjuntas, coisa que ele fez questão de me contar em uma mensagem que eu apaguei sem responder.

Isso significava que ele ia ser meu namorado de mentira com frequência. Não era como se eu precisasse, mas eu não tinha forças para negar aquele acordo que me enchia de uma felicidade estranha. Então eu ia aceitar.

Mas a ansiedade de ambos era algo que os incomodavam, porque aparentemente Draco era igual a Ron nisso, e não conseguia ficar sozinho em um momento de crise. Por isso estavam os dois no meu quarto, um ao lado do outro, jogando uma partida de Resident Evil III no meu videogame enquanto eu descia para pegar as pizzas que havia pedido, deixando duas com meus pais e subindo com a terceira.

Eu nem sabia como tinha me metido naquela situação.

Uma hora eu estava com Rony fazendo compras e, enquanto íamos para minha casa, Draco me ligou perguntando se tinha problema passar a noite lá, pois estava ansioso. De primeira Ron ficou emburrado dizendo que ele quem ia dormir na minha casa, mas ao perceber o nervosismo na voz do loiro, ele apenas cedeu dizendo que ele ia dividir a cama comigo e que Draco se virasse com o colchão.

Fofos.

Então após avisar meus pais, busquei Draco em sua casa e ambos estavam naquela competição de quem matava mais zumbis a duas horas. Nessas duas horas eu já tinha arrumado minhas roupas novas no meu armário, separado a roupa que iria usar no dia seguinte, porque não queria confiar no acaso no meu primeiro dia na faculdade, tido uma boa conversa com Remus sobre como eu não pretendia fingir que ele não era meu padrinho na faculdade por ele não ser meu professor, e ajudado Sirius a lavar as motos.

Sim, plural, porque na nossa casa tinham 3, uma minha, uma de Sirius e outra do meu pai, sendo a função de lavar e polir elas toda de Padfoot por ele ser fascinado com as maquinas.

Estava indo na cozinha buscar alguns copos para a Coca Cola, e esbarrei com o meu pai, não deixando de notar o olhar preocupado do mesmo na minha direção.

— Você não parece estar contente — ele falou, parecendo preocupado e eu neguei com a cabeça.

— Eu não sei o que tem de errado — disse de forma séria, vendo meu pai balançar com a cabeça e me guiar até a sala, se sentando no sofá ao meu lado e me encarando.

New Year's Eve - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora