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Felizmente tinha saído cedo de casa.
Ao ritmo que eu caminhava, quase arrastando os pés, sem ligação aparente entre o meu cérebro e o resto do corpo, teria chegado à faculdade quando as aulas já tivessem terminado.
É claro que eu não conseguia ter paz de espírito! Duvidava que alguém conseguisse na minha situação.
Mas a vida continuava e eu não podia ter mais faltas, independentemente de ter um possível príncipe, que era uma estátua de pedra, mas que voltou a ser real quando eu lhe toquei, porque segundo ele somos "almas gémeas" amarrado a uma cadeira...yep, porque agora sou oficialmente uma criminosa, que roubou uma estátua de um museu e que agrediu uma pessoa. Será que consideravam isso rapto? Nada de pânic–
— Outch!
Alguém esbarrou contra mim, com força o suficiente para saber que o meu ombro ia ficar pisado.
— Oh não! Sinto muito! — exclamou a rapariga que tinha ido contra mim, analisando-se à procura de estragos enquanto se desculpava uma e outra vez.
— Não faz mal. Eu também estava distraíd–
A minha língua ficou pesada demais para falar e a minha boca tornou-se seca quando reparei no seu olhar.
A sua expressão jovial e simpática tinha desaparecido. Estava a olhar para mim com tanta intensidade que os meus cabelos se levantaram arrepiados.
— Finalmente chegaste? — a sua voz estranha ressoou pelo meu crânio.
— O quê?
Tentei libertar-me da sua mão, que agarrava o meu ombro dolorido com as unhas afundadas na minha carne.
Não sabia quando é que ela me tinha começado a agarrar, mas nem tinha dado por ela até começar a doer, estava demasiado espantada pelas palavras que ela continuava a repetir como um mantra.
Ela estava a segurar-me com força suficiente para trazer lágrimas aos meus olhos, mas não me conseguia soltar, por mais que tentasse.
Como é que uma rapariga tão pequena como ela tinha aquela força?!
— Emi!
A rapariga soltou-me e quase caí com o alívio da pressão que tinha estado sobre mim.
Olhei para trás e encontrei as gémeas a correrem na minha direção.
Queria beijá-las pelo sentido de oportunidade perfeito!Quando elas me alcançaram, a rapariga já se tinha dispersado pelo campus, desaparecendo sem deixar sinal.
— Estás bem? O que é foi aquilo? — a gémea mais nova, Jennie, exigiu sem esconder a sua preocupação.
— Oh oh... — Jisoo chamou a atenção da irmã para o meu ombro, cutucando-a com o cotovelo.
Ambas encararam em choque e eu finalmente baixei o olhar para ver os danos. Arfei ao ver o meu vestido amarelo rasgado e arranhões vermelhos a cobrir a minha pele.
Um pequeno pedaço de tecido florido estava caído aos meus pés.— Aquela vac-
Jennie e Jisoo. Eram as melhores pessoas que eu conhecia, as que estavam ao meu lado desde que me lembrava.
Tinham cabelos pretos sedosos que desciam pelas suas costas como cascatas, genes que lhes davam pele perfeita sem esforço e usavam sempre roupas de grife iguais, apenas em cores diferentes. Eram como duas versões lindas e modernas da Branca de Neve.
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𝐂𝐔𝐑𝐒𝐄𝐃↪𝘫𝘫𝘬
FanfictionHá uma estátua misteriosa de um príncipe no museu histórico e os rumores dizem que se tocar na sua alma gémea se tornará novamente humano.