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O Jungkook agarrou-o pelos ombros e arremessou-o contra o edifício.

Não é possível.

As ameaças e a discussão entre eles eram grunhidos distantes, como se eu não estivesse no meu próprio corpo.

Pode não ser verdade, pode ser... com certeza havia uma explicação...

O meu olhar subiu para os dois homens. O Jungkook ainda o segurava contra a parede, mas quando o Joon— não, os espíritos ainda não tinha ido embora — quando eles viram que eu os encarava, olharam por cima do ombro do Jungkook, e sorriram. O Jungkook apertou com mais força.

Então, o corpo do Joon lançou-se contra do Jungkook, com as mãos livres tentando feri-lo de qualquer maneira, antes de o Jungkook o voltar a conter segundos depois, desta vez prendendo-lhe a garganta.

Mas ele não tinha tentando fugir. Só tinha tentando fazer estrago na pele imaculada do Jungkook e tinha conseguido, deixando arranhões vermelhos pelas suas mãos e antebraços.

As mesmas mãos que apertavam o Joon enquanto ele continuava a tentar lutar para respirar.

Então o rosto do Joon ficou vazio por um segundo e ele deixou de lutar, antes de o pânico voltar com força total. Ele dava pontapés no ar e balançava as mãos, disparando com os olhos à sua volta, até eles se arregalarem sobre mim.

Joon.

O Jungkook não tinha reparado, ou simplesmente não se importava, porque ele continuou a segurá-lo até os olhos do Joon se começarem a revirar.

— Deixa-o ir. — a minha voz soava desconhecida aos meus próprios ouvidos, e como o Jungkook me ignorou, voltei a repetir mais firme. — Jungkook, deixa-o.

Ele grunhiu, mas obedeceu. O Joon caiu no chão a massajar o pescoço enquanto arquejava por ar.

Ele ainda mal respirava, mas o Jungkook abaixou-se, aproximando o rosto ao dele.

— Voltas a tocá-la e é a última vez que tens mãos.

Não sentia que conseguia ficar de pé, mas os meus joelhos e a minha coluna esticaram-se mesmo assim e quando o chão finalmente parou de se mexer, avancei entre eles.

— Sai daqui Joon.

Ele não esperou para obter aprovação do Jungkook ou para eu mudar de ideias, tropeçou para se levantar e desatou a correr sem olhar para trás.

O Jungkook não perdeu tempo antes de se levantar também e vagar o seu olhar pelo meu rosto, demorando-se na minha bochecha, na marca vermelha que devia estar lá.

Ele olhou para a rua, onde o Joon tinha desaparecido, como se ponderasse ir atrás dele.

— Porque é que o deixaste ir?

Ele falou com a voz baixa e tensa, mal contendo a raiva.

— Também foi vítima dos espíritos. Ele é inocente.

À menção dos espíritos a sua raiva aumentou, como fogo a ser alimentado pelo vento.

— A tua amiga contou-me do teu pequeno plano. — ele grunhia os dentes para mim, com os olhos a brilharem com chamas negras, mas foi uma raiva bem vinda, porque lavou qualquer incapacidade minha deixada pelo choque. — O que é que te passou pela cabeça?

— Não tens o direito de me dizer nada! — Dei um passo em frente, grunhindo de volta.

— Emilie, não é altura de brincar, podias ter—

𝐂𝐔𝐑𝐒𝐄𝐃↪𝘫𝘫𝘬Onde histórias criam vida. Descubra agora