amor é científico

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Aurora Clarke

—como falar do amo,uhm? Sendo que nem ao menos sei o que é isso, devem estar pensando então você nunca amou ninguém? nunca foi amada? Ou um, você é tão ridícula que não nunca foi amada? E a resposta é sim, nas não o tipo de amor que estamos estudando aqui, sabe, não tem como explicar o amor, cientificamente é  QUÍMICA! Todos os sintomas relatados acima têm uma explicação científica: são causados por um fluxo de substâncias químicas fabricadas no corpo da pessoa apaixonada. Entre essas substâncias, estão adrenalina, noradrenalina, feniletilamina, dopamina, oxitocina, a serotonina e as endorfinas. Ou seja, o amor é ciências,não é atoa que é difícil, é como andar em uma rua totalmente escura com pedras gigantescas no seu caminho — respirei profundamente — não sei direito falar sobre isso, o amor é a ciência mais difícil e instável do mundo, você não controla, nunca controla— dei uma risada forçada — eu sou a nerd estranha, a nerd anti social, mas alguém, alguém aqui já se perguntou o por quê?— um garoto levantou mão—sim?

— timidez?— respondeu mais em forma de pergunta

— não, não inteiramente— suspirei — eu já passei por muita coisa pra ter que ouvir alguém falar sobre o que não sabe, já me viram sorrir?

— você sempre sorri pro nada e é educada com as pessoas a sua volta—mesmo ela não valendo a pena—disse uma garota também meio tímida

— e se eu dissesse que todos, TODOS, os sorrisos eram falsos? Tem pessoas que falam que os olhos não mentem, e eu até acredito, mas assim, eu já sei controlar de alguma foram a minha tristeza, eu tive que aprender a me controlar por diversas coisas, eu sorriu para não chorar, eu não falo para não se preocuparem, eu riu para  não sentirem, mas fingir isso o tempo inteiro é difícil, por isso prefiro um livro de romance clichê, tem sempre alguém assim, mas , no final ela consegue falar o que sente, ela "muda”— fiz o gesto de aspas—  mudam, o que não é verdade em algumas ocasiões, já falei isso aqui antes e não vou repetir—

—eu li que o ensino médio é como um hospício, a nossa mente é equivalente a de uma pessoa internada,sabe eu sou o cara popular, mas também tenho um sorriso falso, não gosto de ir em festas, não gosto muitas vezes de falar com as pessoas, sou extremamente tímido mas, as pessoas só querem saber do "popular" , isso é idiota, ninguém percebe como nos sentimos de verdade, é sempre uma competição, sabe uma coisa que também já li? As pessoas rebaixam outras usando adjetivos que ela se vê, adjetivos que quando ela se olha no espelho ela pensa eu sou isso,mas como somos burros, queremos mostrar para nós mesmos que tem gente pior —sorriu falso, com desgosto

—isso não é verdade—dalou Adams

— quando não rebaixamos alguém por se o que nos nos enxergamos é porque a pessoa é melhor que a gente, porque ela tem dificuldades e passa elas com a inteligência,ou seja os nerds, com um sorriso, amando a própria cor, gênero ou coisas assim-— respondi

A sala ficou em silêncio.

— como se você nunca tivesse julgado alguém—rebateu um cara depôs de um tempo.

Ri amargamente.

— sabe, já fiz sim isso, mas fiz para mim, euzinha aqui vi que aquilo era ridículo por que eu não era ninguém para julgar os outros, eu me alto repreendi!—sorri negando— não preciso falar o que penso, podemos pensar muito bem sozinhos, já passou o iluminismo, já temos os próprios pensamentos não os de alguém.

—isso é maluquice isso não tem haver com trabalho sobre amor—falou uma garota

—tem sim — disse a Professora de imediato — amor próprio, algo que você não tem—terminou

— exatamente, mas,  ainda não terminei— falei sorrindo— eu virei muito amiga da dona Ana Jones— ela é legal— bom então pedi encarecidamente que ela viesse a escola falar sobre amor — todos me olharam surpresos,ela nunca sai de casa— e ela veio— fui até a porta e ela e entrou

—bom dia!—disse calorosa

— bom dia senhora Jones!— responderam todos, até os mais sem educação

— bom, como já falei muito o Charles que fará as perguntas— me juntei a Professora.

—então Dona minha mãe, o que você  achar sobre paixão e amor?—perguntou de forma brincalhona para ela se sentir confortável

—olha senhor meu filho , acho que paixão é sentir a atração, você se apaixona pela beleza ou até mesmo inteligencia, ou pensamentos de uma pessoa, acho que o amor vai além, o amor vai além das perfeições, você se encanta com as "falhas" da pessoa, você vê os defeitos dela como se fossem qualidades— suspirou, como se estivesse lembrando de algo — acho que quando amamos acabamos nos mudando sabe, é algo diferente—

— e o que você acha sobre partirem o seu coração?—perguntou uma menina no fundo da sala com interesse

— cientificamente é a mesma coisa que se machucassem você de verdade, é a mesma dor que você sente quando rala um joelho só que umas 10 vezes pior— falou

Ela assentiu.

— você já teve o coração partido?—perguntou o Charles

— já, já ouvi a pessoa que eu gosto disser " você não é nada" , " apenas finja que eu não existo", " eu não sou nem louco de ficar com você" , já me cansei de ouvir coisas assim o coração as vezes erra— falou normalmente.

—poise, isso é difícil, é difícil saber se você gosta de alguém, se ela gosta de você, e outras coisas assim—falei

[...]

— esse foi o nosso trabalho sobre o amor,  tratamos o amor como algo difícil porque ele é, falamos para vocês refletirem, porque o amor precisa de reflexão, pensem sobre oque sentem, ou o que o outro sente antes de falar as coisas, um " eu te amo" é especial diga apenas para alguém que você ame de verdade—falei e todos consentiram

— isso foi incrível, realmente seus melhores trabalhos, adorei! Sabia que colocar vocês juntos ia dar certo! Vou usar com as outras turmas— falou pensando— me mandem depôs, ok?ok!— rimos e assentimos

Foi um ótimo trabalho

Um felizes para sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora