Capítulo 14

59 20 20
                                    


Heyyy!

Amanhã é meu aniversário e resolvi que teremos mais um capítulo 🎉

Pensei muito se faria ou não, mas algumas mensagens me deixaram muito feliz e de certa forma é também uma maneira de agradecer a vocês que estão me acompanhando.

Muito obrigada e boa leitura💖

------------------------

Julie

— Eu acho que estou tomando pavor de gente bêbada! — Comentei com Ana quando estávamos voltando para casa.

— Por que? — Dei de ombros. — Por que está dizendo isso?

— Eu... — gaguejei. — Sei lá, me sentir um pouco tensa, quando John veio falar comigo hoje.

— Ele te tratou mal?

— Não, mas o cheiro de álcool que ele exalava me deixou agoniada.

— Trabalhar em um bar é assim, eu mesmo não bebo desde que eu comecei a trabalhar lá.

— É, deve ser isso.

— Mas então, já sabe para onde vai no sábado? — Perguntou animada.

— Não, perguntei a ele, mas ele ainda não havia falado com a irmã dele.

— Que tipo de encontro é esse, que vai levar uma criança? — Revirei os olhos e estacionei em frente ao prédio. — Nada romântico.

— Até porque eu não estou atrás de nenhum romance! — Foi a vez dela de revirar os olhos. — A propósito, o Tyler é bem bonito, hein. — Ela riu.

— Parece um bebê de tão fofo, aqueles cabelos. — Ela suspirou. — Um deus!

— Ai meu Deus, menos. — Desci do carro e ela fez o mesmo.

— Ah Julie, ele é tudo de bom e eu confesso que foi difícil conseguir um encontro com ele, mas eu sou Ana Brooks, consigo tudo que quero. — Ri e ela fez o mesmo.

***

Fazia quatro dias que eu não recebia ligações de Vivian, ela estava chateada, eu sabia disso, naquela semana havia descoberto um novo 'hobby', faxinar, talvez já fosse a realidade de muita gente, mas não era a minha, já não tinha mais o que limpar no pequeno apartamento, mas eu continuava a procurar algo para fazer.

— Julie, você precisa procurar algo de novo para fazer, o apartamento já está limpo. — Ana falava enquanto se mantinha na frente da televisão.

— Tipo o que? — Perguntei.

— Sei lá, tricotar, pintar um quadro, ler um livro, esse último não aconselho, é uma chatice, mas esquece essa neura de limpar as coisas, já está me estressando.

— Eu preciso me distrair. — Me joguei ao seu lado no sofá. — Ah Ana, sinto tanta saudade dele. — Comentei.

— Eu imagino, mas isso vai passar, ainda é muito recente. — Ela encostou a cabeça em meu ombro.

— Não foi essa a vida que eu planejei com doze anos. — Ri.

— Aos doze anos eu nem sabia que precisava planejar a vida. — Eu e ela rimos. — O que planejou?

— Eu iria estudar na Columbia, conhecer New York. — Ri ao lembrar.

— O que iria fazer?

— Arquitetura. — Ela levantou a cabeça e se apoiou no braço, me encarando.

— E por que não fez?

— Eu não nasci em uma família rica, não teríamos condição de pagar a faculdade. — Ela assentiu.

— Mas Paul é rico, né?

— É sim, ele entrou no colégio público como castigo, ele se meteu em uma briga no antigo colégio, eu o vi pela primeira vez na aula de educação física, eu estava matando aula, ele jogava tão bem e era irresistível. — A lembrança estava tão vívida em minha mente. — Matei aula outras vezes, até que fui notada.

— Nossa, Julie! Agora te vejo com outros olhos. — Gargalhei.

— Ele nunca mentiu sobre quem ele era, eu só estava cega demais para enxergar.

— Mas agora você enxerga e isso é o que importa.

— É, verdade.

***

John entrou com um semblante cansado, mas não deixou de sorrir de lado ao me ver, retribui.

— Essa aparência ainda é consequência de ontem? — Perguntei quando ele se aproximou.

— Está tão ruim?

— Ruim é pouco. — Gargalhou. — Vai querer mais hoje?

— De jeito nenhum, só vim para falar com você!

— Você tem o meu número.

— Não me leve a mal, mas você pelo celular é pior do que pessoalmente, suas respostas sempre são, ok, tá, beleza. — Ri. — Prefiro falar pessoalmente.

— O que muda?

— Tudo, a gente conversa mais. — Revirei os olhos. — Melanie quer ir a um parque de diversões.

— Ok. — Falei provocando-o.

— Ah, Julie. — Ri.

— Por mim tudo bem, sábado estou folgando. — Ele assentiu. — Preciso voltar a trabalhar.

— Te pego as cinco.

— Beleza. — Ele revirou os olhos rindo e eu voltei ao meu trabalho.

Quando cheguei em casa ainda tive que aturar Ana e a sua demorada escolha de roupa, já que sairia no dia seguinte.

Por fim ela escolheu um amarelo, bem chamativo, é claro.

— Só você mesmo para me aturar, porque nem a Clarissa aguenta mais. — Ri.

— Tyler vai amar.

— Eu amo quando ele fala da minha roupa. — Ela comentou sorrindo. — Ele perguntou qual seria a cor de amanhã. — Ela falou olhando para a tela do celular um pouco confusa, mas logo digitou. — Ele nunca pergunta. — Deu de ombros.

— Talvez ele compre um buquê de flores amarelas. — Brinquei.

— Ah não, eu disse a ele que odeio flores.

— Sério?

— Sim, muito clichê. — Falou com cara de nojo.

— Você é bem clichê as vezes. — Ela olhou ao redor e do nada pegou uma almofada e arremessou minha direção.

—Cala a boca, Julie. — Ri e ela não conseguiu ficar séria. 

 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Um Amor Em Meio Ao CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora