Capítulo 34

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Julie

O rosto de Vivian estava mais redondo o corte de cabelo deixava ainda mais evidente, seus cabelos estavam na direção do queixo, já era possível ver sua barriga apontar na camiseta que usava e seus seios pareciam maiores, sinais típicos da gravidez.

Henry abraçava a cintura dela e na outra mão tinha um jornal, estava calvo e um pouco mais robusto do que a última vez que o virá.

— Como vocês me acharam? — O susto não foi pequeno, eram as últimas pessoas que eu esperava ver.

Henry ergueu o jornal, mas antes que eu pudesse pegar, sentir as mãos de John em minha cintura, era impossível não reconhecer aquele aperto.

— Está bem? — Perguntou próximo ao meu ouvido, o olhei de soslaio.

— Não sei. — Voltei a encarar eles. — Entrem. — Demos passagens a eles.

Ana me olhou desconfiada e se aproximou.

— Não me diga que essa é a....

— Sim, é a Vivian. — Ela arregalou os olhos. — Calma, vamos ver o que ela quer.

John não parecia entender nada, mas permaneceu calado e próximo a mim quando fomos até a sala, Tyler ainda comia não pareceu ligar para o que estava acontecendo, mas uma olhada de Ana fez tudo mudar e em poucos segundos ele estava perto dela.

— Sentem-se. — Eles se sentaram e até então nenhuma palavra saiu da boca deles. — O que estão fazendo aqui? A real, a pergunta é: Como me acharam?

— Eu imagino o que esteja pensando. — Vivian falou com a voz baixa, seu olhar estava em suas mãos. — Mas eu jamais o deixaria ele falar com você. — Olhou para mim.

—Você está nos jornais, Julie. — Henry avisou e me ergueu o jornal.

Como assim eu estaria no jornal?

Peguei o jornal na mão dele e me apoiei no braço do sofá.

A noite de celebração do empresário John Salt foi um fiasco, a sua nova amante, Julie Gonzalez, foi atacada pelo seu ex namorado Paul Hopper, no estacionamento do local, ele saiu de Fresno atrás da mulher, que a poucos meses havia fugido para Filmord na tentativa de se afastar do agressor, na tentativa de leva-la para casa, mas pelo que parece as coisas saíram do controle.
Paul foi preso por agressão, depois do depoimento da vítima na delegacia.[...]

— Meu Deus. — Sussurrei, a minha cara de choro no jornal era a pior parte.

— Filmord é uma cidade pequena, tudo virá notícia. — John avisou.

— Isso não responde a minha pergunta. — Declarei deixando o jornal de lado.

— Fomos até a delegacia, eles nos deram a informação. — Henry explicou.

Maldita era aquela recepção, qualquer pessoa entraria ali, o guarda não servia de nada.

— Jamais trairia você, Ju. — Vivian me olhava com seu olhar triste.

— Ele ligou pelo seu celular.

— E Henry quase o matou por isso. — Avisou com um tom de voz mais alto. — Aquele desgraçado nos traiu.

— Como assim?

— Ele vivia lá em casa, se lamentando por você ter o deixado, virou rotina, ele passava lá em casa todo santo dia e bebia até altas horas da noite com Henry. — Henry abaixou a cabeça nesse momento. — Em uma dessas noites ele dopou Henry, eu já estava no quarto dormindo, mas meu celular não estava comigo, acordei com ele gritando, irado com você logo após a ligação. — Fiquei com medo, mas mesmo assim aventurei sair do quarto, mas assim que saí a porta da sala bateu e quando corri até a sala vi o frasco de calmante que ele deu a Henry. — Foi impossível não ficar surpresa com tamanha maldade. — Passei a noite tentando acordar ele, preocupada, só vi que ele tinha ligado para você pela manhã, tentei ligar, mandei mensagens, mas você bloqueou minhas mensagens.

Um Amor Em Meio Ao CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora