Capítulo 16

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Julie

Cheguei no apartamento e estranhei as luzes estarem acessas, caminhei de maneira silenciosa até o meio da sala.

— Oi. — Falei alto um pouco nervosa.

— Estou no quarto. — A voz de Ana soou e suspirei aliviada.

Mas estranhei, já que ela sempre passava a noite fora.

— O que aconteceu? — Ela sorriu fraco.

Sentei ao seu lado na cama.

— Hanna estava lá. — Revirou os olhos. — E o John também.

— Quem é Hanna?

— Aquela loira, patética. — Não foi muito difícil me lembrar dela. — Ela falou da minha roupa. — Ergui as sobrancelhas. — Ela é modelo, o que tem de beleza tem de arrogância, egoísmo, não sei como John a suporta.

— Não dá ouvidos a ela.

— Só fiquei desanimada e pedi para ele me trazer para casa. — Ela sorriu me deixando confusa. — Ele usou uma gravata amarela. — Mordeu os lábios e seus olhos brilharam.

— Mentira. — Ri.

— Sim, bem clichê, mas eu gostei, geralmente ele se veste com umas coisas sem cores e só fica bonito porque é ele.

— Tão fofo. — Ela assentiu.

— Foi muito boa a noite, até ela estragar tudo.

— Me conta as coisas boas que rolou. — Ela sorriu e passou a me contar.

***

Precisei me arrumar mais rápido depois que recebi mensagens de John, comentando sobre a irmã.

— Hoje você arrasou. — Ana comentou assim que eu cheguei na sala.

Vesti um short florido e uma camisa branca.

— Na verdade eu só gostei do short.

— Porque eu não estou surpresa?

— Já sinto falta da sua carona.

— Se quiser pode dirigir, com muito cuidado, claro, eu amo esse carro. — Saltou em cima de mim e me abraçou. — Vai logo, antes que eu mude de ideia. — Depois de pegar as chaves ela saiu.

Não demorou muito para John chegar.

— Desculpa, eu sei que eu marquei as cinco.

— Não tem problema. — Ele abriu a porta do carro e eu entrei.

— Olá, Melanie. — Olhei para o banco de trás onde ela estava sentada.

— Oi, Julie, desculpa por aquele dia. — Sorri.

— Tudo bem.

John entrou no carro.

— Já falou o que queria falar para ela? — Ele perguntou para a garota que assentiu. — Ótimo. — Deu partida.

— Está animada? — A garota me perguntou.

— Sim e eu não tenho dúvidas de que você também está. — Me virei para encara-la.

— Estou tão ansiosa.

— Eu que o diga. — John resmungou e eu ri.

Ela foi durante todo o caminho contando os brinquedos nos quais ela queria ir e já deixou John avisado de que ela queria comer no Mcdonalds depois. Ele era o irmão que eu sempre desejei ter.

Um Amor Em Meio Ao CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora