19 Capítulo

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A casa do lado de dentro era incrível, toda rústica. Tinha uma lareira na sala, vários sofás e poltronas que deviam ser fofinhos, uma TV plasma gigante, uma mesinha com algumas revistas e enfeites em cima, um lustre de madeira, uma sala de jantar, uma porta que dava para a cozinha que tinha um estilo clássico americano, um balcão onde as pessoas tomavam drinks e faziam bebidas. Algumas prateleiras com livros e mais alguns enfeites, do lado, do lado de fora dava para ver algumas redes penduradas e balançando por conta do frio. E bem mais para frente dava para ver a grande paisagem verde e um rio enorme, queria depois explorar esse lugar.

- O que achou?- Perguntou com expectativas

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- O que achou?- Perguntou com expectativas.
- Ela é simplesmente perfeita um lugar ótimo para ler, relaxar e distrair a mente- Digo sorrindo, a casa por si só tinha um encanto adorável, era tudo impecável e bem limpo, tô há até cheiro de lavanda.
- E para fazer sexo- Diz piscando o olho e dou uma risada pelo seu vocabulário e pensamento- Vamos subir vou mostrar a parte de cima- E sou guiada por ele.
No andar de cima tinha vários quartos, uma porta bem grande que eu achei ser bem misteriosa por sinal, uma mini sala com alguns puffs e uma biblioteca, não era tão grande como a outra mas era linda tinha ate lareira e alguns sofás.
Bill para em uma porta e a destranca com o seu molho de chaves revelando um quarto impecável. Era a coisa mais fofa que eu podia imaginar sem sobras de dúvidas. Tinha uma cama branca com um cobertor cinza em cima, um criado mudo pequeno com algumas flores em cima e uma gavetinha, duas cadeiras que dava um ar chique ao quarto, uma varanda com cortinas onde podia presenciar o ar puro. E por fim o banheiro todo delicado e cheio de detalhes.
- É muito lindo- Falo com os olhos brilhando, pelos menos não iria ficar em um cativeiro tão ruim.
- Que bom, esse é o seu quarto.
- Mas nos não vamos dormir no mesmo quarto?- Arqueio a sobrancelha confusa, achei que fôssemos dividir o quarto e a cama.
- Por enquanto não linda, esse vai ser o seu quarto por um tempo. Mas depois você vai para o meu- Diz com um sorriso de lado.
- Tá bom Bill, obrigado pela hospitalidade.
- Por nada, vou sair resolver uns assuntos importantes, volto na hora da janta- Diz me dando um beijo na testa e saindo.
Como vou ficar sozinha durante esse tempo acho que posso tirar um proveito disso. Desço as escadas e o almoço já estava posto. Me sirvo, colocando uma grande quantidade, estava faminta e como tudo rapidamente quase engasgando.
Lavo a louça e vou para sala, assistir TV, faço um pouco de pipoca que tinha no armário e coloco em um filme de terror qualquer. Impressionante como no final o personagem principal consegue sempre escapar e derrotar o monstro que atormenta sua vida, será que um dia vou conseguir ter essa chance? Não quero ficar para sempre sem ver a minha família ou morrer com tão pouca idade.
Depois que o filme acabou, decidi explorar um pouco essa casa. Subo lá em cima e aquela porta que eu vi mais cedo chama a minha atenção, como ele não está aqui uma olhadinha rápida não mata.
Giro a maçaneta, mas para o meu azar estava fechado, merda. E se eu tentar com um grampo igual nos filmes. Vou até o meu banheiro e pego um grampo que estava na minha caixinha. Volto e engato ele na fechadura, não sei se isso vai dar certo mas vamos torcer. Após alguns minutos tentando a porta se destranca e a abro rapidamente revelando o escritório.
Encosto um pouco a porta, caso ele chegue eu consigo escutar seus passos. O escritório não tinha nada de muito especial, era normal como qualquer outro. Vou para perto de uma estante que tinha algumas pastas, e tava escrito um nome Hayley Scott, quem será que é essa mulher? E por que o Bill guardaria uma pasta com o nome dela?
Tiro a pasta com o nome da mulher misteriosa com cuidado para não derrubar, na hora que vou tirar o elástico escuto a buzina do carro. Merda, justo na hora que eu iria descobrir quem é essa tal de Hayley.
Tive uma ideia, saio do escritório com a pasta na mão e fecho a porta sem fazer muito barulho. Vou correndo até o meu quarto, chegando lá coloco a tal pasta em baixo do tapete, não é um dos melhores esconderijos mas pelo menos não dá para perceber que tem algo no meu tapete.
Escuto os seus passos se aproximando, deito na cama e pego um exemplar de orgulho e preconceito, para não levantar nenhuma suspeita. Bill entra no quarto com uma cara séria me olhando tentamento como se soubesse o que eu fiz, vou agir normalmente, se ele perguntar eu assumo o que eu fiz caso contrário fico de bico fechado. Me sento na cama, fechando o livro e colocando no colo.
- Oi Bill chegou mais cedo- Falo sorrindo meiga.
- Sim a reunião acabou mais cedo- Fala tirando o no da gravata enquanto me olhava ainda sério, estou começando a ficar com um certo medo de seu comportamento. Suas mãos começam a desabotoar os botões da sua camiseta mostrando o seu tronco definido.
Ele caminha ficando ao meu lado e passa o polegar em meus lábios.
- Faz massagem em mim minha baby girl- Fala se afastando e deitando na cama. Ufa pelo menos ele não tá desconfiado de eu ter roubado a tal pasta.
Subo em cima das suas costas ficando com uma perna de cada lado de seu corpo. E começo a massagear os seus ombros e sua coluna com delicadeza para não machucá-lo. Aperto como se fosse um pãozinho e dou umas batidinhas.
- Hmmm isso tá tão gostoso, suas mãos são tão macias e delicadas- Diz com os olhos fechados desfrutando da massagem.
- Obrigado Bill, meu pai sempre pedia para fazer massagem nele então meio que aprendi mais ou menos como fazer.
- No Brasil você morava com os seus pais?- Pergunta curioso.
- Não, eu e Alexa morávamos juntas em uma casa. Não era muito grande, mas era bem aconchegante.
- Ah entendi, e você tinha ou já teve namorado?- Fala agora um pouco tenso com os olhos abertos.
- Eu tive durante um tempo, o nome dele era Tyler. Mas nós acabamos terminando por conta da infidelidade dele- Parece que estou em um interrogatório, mas acho que ele só quer me conhecer melhor.
- E mesmo se você tivesse namorando quem quer que seja você é minha Jasmine- Ele sempre fala isso, fico me perguntando se ele me considera namorada ou algo do tipo? Mas acho que não, deve ser só um fetiche de Daddy e baby.
Quando aparecer uma mais bonita ele me troca em estalar de dedos. Só de pensar isso meu peito dói, mas não vou admitir isso a ninguém. Eu sinceramente não sei o que sinto por ele, não é bem amor, mas sei que não o odeio como deveria fazer, afinal ele acabou com a minha vida.
- Sim entendi Bill, e você namora ou já namorou?
- Sim, já namorei, faz um tempo. Mas não gosto de falar daquela vadia nojenta- Diz com repulsa, será que era a tal Hayley, só sei de uma coisa essa garota deve ter feito um inferno na vida dele- E mudando um pouco de assunto, percebi que você lê vários clássicos da literatura.
- Sim eu amo ler, sempre fui influenciada pelo meu avô a ler- Digo lembrando do meu velhinho. Eu amava quando ele lia histórias para mim quando era criança.
- Que bom, eu também gosto. Inclusive tenho alguns exemplares- Fico chocada com o que eu acabei de ouvir, não sabia que gostava de ler. Pensei que só gostava de beber, curtir, traficar e comer mulheres.
- Não sabia que gostava- Falo com um tom um pouco surpresa.
- Só porque eu sou traficante não quer dizer que eu não seja uma pessoa culta.
- E qual o seu clássico preferido?
- It a coisa, para você não deve ser um dos melhores livros mas gosto muito de Stephen King.
- Eu também adoro os livros dele, na minha opinião a forma que escreve é única.
- E qual o seu livro preferido dele?
- O iluminado. Eu gosto muito de filmes e livros de terror.
- Eu também, ainda mais quando a principal metida a besta se ferra- E dou uma gargalhada, e o pego sorrindo. Acho que ele gosta quando eu dou risada.
Ficamos conversando mais um pouco, na última vez que conversamos um sobre o outro ele não falou praticamente nada da vida dele. Agora Bill parece estar mais aberto, contou que tem outros irmãos sem ser Alexander e um pouco sobre sua infância e adolescência, mas nada muito relevante, falou só sobre o quanto bagunçava na sala de aula e que fugiu de casa várias vezes quando adolescente.
- Bom vamos comer, Bianca a cozinheira já fez a janta. E o que você quiser pedir para ela pode pedir que faz, eu mandei fazer todas as suas vontades- Diz se levantando e pegando na minha mão, não sei porque mas eu gosto de poder sentir a sua mão na minha, acho tão bom como as nossas mãos se moldam uma na outra.

Amor Possessivo {Bill Skarsgard}Onde histórias criam vida. Descubra agora