Capítulo Catorze

109 9 8
                                    


Depois de um hiatos por tempo indeterminado, voltamos com tudo! <3 

Dedico o capítulo, que se não estiver tão perfeito assim (haha, vocês que lutem!) ao meu boteco preferido, o único que não fecha durante a pandemia, eu amo vocês.  Poli, Munhoz, Raffa, Bru, Ste, Dayse, Sueli, Nath... 

Gêmea, parabéns atrasadinho! Mas logo vou compensar. Eu desejo um novo ciclo na sua vida repleto de realizações, de muita prosperidade e bebidinhas infinitas pra todas nós. <3 

p.s: esse capítulo liberado de madrugada foi pra amenizar a punhalada no coração de quem tá lendo SoF, viu dona Poli? 



...


Blanche sentiu um arrepio percorrer seu corpo em reação ao beijo em sua nuca, fazendo-a fechar os olhos de imediato e levar quase que automaticamente uma das mãos a lateral do pescoço de Ettore em uma carícia sútil.

Era ridícula a sua total incapacidade de se manter longe dele, ainda que soubesse que ele só a desejava por vingança. Blanche apertou a mão no pescoço dele, desesperada para trazê-lo mais para perto de si, mas isso não era suficiente. Inclinou levemente o pescoço para a lateral, levando os lábios de encontro aos dele.

O beijo, a princípio calmo, tornou-se voraz à medida que ambos se tornaram conscientes do desejo de um pelo outro. Ettore não conseguiu evitar o sorriso malicioso que se formou em seus lábios de encontro aos lábios de Blanche. Mesmo com certa dificuldade, ele pôde ver o rubor marcando-lhe a face.

Então levou uma das mãos sobre a cintura dela, puxando-a para mais perto enquanto aprofundava-se no beijo, não deixando espaço para que os receios de Blanche voltassem a atormentá-la. A desistência dela, naquele momento, seria uma tortura impossível para que ele pudesse suportar. E esse era um pensamento que valia a pena bloquear e ele sabia exatamente como atingir seu objetivo.

Ettore manteve-a aprisionada em seu braço, e Blanche deslizou sutilmente as pontas de suas unhas sobre a sua pele, com certa força, fazendo-o se arrepiar. Ettore então mordeu o seu lábio inferior, exigindo mais daquele beijo, querendo tomar posse. Também queria parar de ouvir seus pensamentos e apagar o futuro, no qual a única certeza era o de que ambos se odiavam. Ele queria um beijo bruto e exigente, que não o deixasse pensar ou sentir. Infelizmente para ele, Blanche não estava cooperando.

Ela o estava beijando, mas definindo seu próprio ritmo e velocidade. A questão do controle estava de volta e era todo dela. Beijos leves na boca dele e delicados toques de língua dela sobre seus lábios faziam com que ela provocasse, brincasse e excitasse. Mas, o pior, dava a Ettore tempo para pensar. Sobre o quanto a queria e desejava e o quanto parecia ser sempre grande sua necessidade de ter essa mulher.

Blanche gemeu de encontro aos lábios dele, ao sentir a mão se enroscar no cabelo dela. Tentar controlá-la era um hábito dele, percebeu ela, um hábito que ela gostava. Pensou por um instante em resisti-lo, mas os beijos de Ettore eram cada vez mais persuasivos. Então ela parou por um instante, o tempo de uma batida de coração e virou-se para encará-lo.

Ettore fixou o olhar ao de Blanche, sustentando-o. Então puxou-a para seus braços. Blanche levou as mãos sobre os seus ombros, deslizando-as e, explorou lentamente a trilha de pelos de seu peito, sentindo o tórax, enquanto o ouvia arfar. Os lábios se encontraram na metade do caminho, e seu calor a envolveu.

Inimigo ÍntimoOnde histórias criam vida. Descubra agora