INFINITOS "LIVRO I SÉRIE DESTINADOS"

CAPITULO DEZESSETE | UM BOM SINAL

"Sorria,
o pior ainda está por vir
Seremos sortudos se algum dia virmos o sol
Não temos nenhum lugar para correr

Não temos nada além de tempo
Mas o futuro é para sempre
O futuro é para sempre
Então sorria"
Smile- Mikki Ekko

–– Por favor, não diga nada a Mike. Meu sogro implorou, eu não achava correto esconder algo de meu namorado, logo quando eu queria sua confiança, todavia Mike amava aquela menina de mais para tal decepção.

–– Não vou dizer. Tive um pouco de dificuldade em falar, já que ainda tentava assimilar aquela história confusa.

–– Não acha que o pai de Kasie merece saber? Ele disse que havia apenas a possibilidade, mas pelo tom de sua voz eu sabia que ele tinha certeza de que não era o pai da menina.

–– Se estiver certo, o pai de Kasie está morto Anne, eu o conhecia e tinha uma dívida com ele. Ele podia até mesmo se convencer disto, contudo tinha certeza de que ele não criava a pobre menina apenas por lealdade e sim porque se afeiçoou a ela.

–– Seu segredo está seguro comigo. Eu estava a ser um bocado boa em guardar segredos.

–– Obrigada. Ele deu-me uma piscadinha e eu sai um tanto atônica do escritório.

Carlota esbarrara comigo, sua pele clara ficará ainda mais pálida. Ela consertava o batom borrado e tentava por a saia em seu devido lugar novamente.

–– Isso é que ter classe. Eu remexi a cabeça de forma negativa e subi as escadas sem lhe dar tempo de uma justificativa.

Minha fome voltará assim que me acomodava a cama, mas não iria deixar mais aquele quarto por nem mesmo o melhor hambúrguer do mundo. Uma família de sorriso bonito e uma mansão cara que escondera mais coisas sujas abaixo do tapete do que poderá imaginar.
Passara boa parte da noite observando Mike, encostada contra seu peito sentido sua respiração terna, aquilo me ajudava a dormir. Na verdade tê-lo me ajudava a fazer qualquer coisa que provavelmente não conseguiria sozinha.

♪

O dia amanheceu radiante, eu pouco dormi por isto tive um pouco mais de dificuldade para levantar aquela manhã.
–– Acorde senhorita Scott, está um bonito dia lá fora. Mike sussurrava em meu ouvido, sua mão deslizara pelas minhas costas provocando o arrepio que deixará todos os meus pelinhos eriçados. Eu pensei em lhe pedir mais alguns minutos. Contudo antes que pudesse resmungar algo senti um cheiro que fizera meu estômago dançar em contentamento. Eram ovos, simples ovos nunca me atraíram tanto quanto naquele momento.

–– Vamos c-omer. Cambaleando busquei minha roupa as vestindo sem jeito, a blusa jeans era quente então a amarrara um pouco abaixo dos seios, deixando minha fina cintura a mostra. O que me fizera lembrar de que tinha de voltar a fazer exercícios em breve caso ainda quisesse manter tal forma. Mike me olhou curioso, eu esfreguei as costas de minha mão em meu olho, em uma inútil tentativa de afastar o sono.

O puxei pelo braço para fora do quarto com a pouca a energia que me restava.

–– Isto é apenas fome ou está ansiosa para ir embora? Quis saber.

–– Um pouco dos dois. Dei de ombros e ele riu de mim. Carlota era quem mesmo preparava a refeição, Natan tinha a boca cheia de bacon, estava de frente para a bancada onde na noite passada a mãe se enroscava entre as pernas do motorista. Aquilo me deixou nauseada. Mas não o suficiente para perder a fome.

–– Espero que gostem. Carlota olhou para Mike com simpatia, ele se sentou ao lado do irmão encarando o prato de porcelana cheia de ovos mexidos, bacon e uma porção de torradas um bocado desconfiado. Foi a minha vez de rir.