CAPITULO QUATORZE | OLÁ CUNHADA

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"Você tira os meus pés do chão, me gira
Você me faz louca, louca
Sinto como se estivesse caíndo
E eu estou perdida em seus olhos
Você me faz louca, louca, louca"
Crazier- Taylor Swift

–– Isso é muito bom não acha? É claro que ela diria que não, todavia Rafael Ainda era um menino e muito breve precisaria da presença daquele que por enquanto era apenas um estranho. Não fora de boa índole que apenas agora ele procurasse pelo menino, mas quem era eu para falar de índole. O homem desconhecido tomara uma atitude tardia, mas ainda assim tomara.

–– Mas Anne é um pouco mais complicado do que pensa. Ceci nunca se mantivera inquieta por tanto tempo, a cada segundo que se passava ela trocava o peso de um pé para o outro em uma postura torta, fosse quem fosse o pai de meu pequeno primo, era alguém que a desconcertava.

–– Tenho que ver Mike agora, conversamos mais tarde, quero conhecer o tal sujeito. Eu beijei sua bochecha e corri antes de escutar mais de seus lamentos.

–– Mas você já o conhece. Pensei ter ouvido seu suspiro.

O vento de verão soprara em meus fios capilares. Eu estava confiante. Virá Tyler e em nada ele mexera comigo, apenas trouxe-me lembranças de que não gostara de recordar. Embora ficasse um bocado contente em persistirmos em nossa amizade.

Quando me aproximara da entrada da fazenda, mirei Mike. Estava a conversar com um homem de aparência muito semelhante a sua, me recordara ainda mais de Júlio, aparentavam tanto um com outro que pudera até mesmo serem confundidos, se Júlio ainda estivesse vivo é claro.

Meu futuro marido não parecera nada satisfeito com o convidado inesperado e muito pouco contente na prosa que fora obrigado a ter com ele, também quem pudera estar, era tão raro a visita de Robert Azevedo ao filho bastado quanto tempestades no verão nordestino.

–– Como vai senhor? Intrometi-me, Mike rodeara minha cintura em alivio, quase conseguira ouvir o cântico de jubilo a sua volta de tão agradecido ele parecia estar de não de enfrentar aquela conversa enfadonha sozinho.

–– Há quanto tempo senhorita Scott. Fizera um aceno cordial com a cabeça e me mostrara seu melhor sorriso amarelo.

–– De certo muito tempo. Eu virá o homem apenas um pouco mais alto que o filho somente uma vez, em uma festa organizada por sua recatada família, ele não parecera muito surpreso com minha presença, talvez nem mesmo houvesse conhecido Sophia como a noiva do filho.

–– Acho que é hora de você ir –Mike não lhe fitava os olhos– Tenho um compromisso com Anne. Ele era terrível em contar mentiras.

–– É claro, até mais senhorita e... Mike. Ele acomodou na cabeça o típico chapéu de fibra, comum entre fazendeiros e caminhara até o carro negro, a camisa azul espremia os ombros e músculos largos de meu sogro que mesmo acima de seus cinquenta anos, parecia jovem.

–– O que ele queria? Questionara quando ele abrira a porta da frente e quase me arrastara para dentro.

–– Me convidou para jantar em sua casa. Seus músculos estavam contraídos. Ele arfou sobre o sofá claro ao se desfazer das botas apertadas. Mike podia até mesmo tentar negar-me, porém a falta que seu pai de verdade fizera ainda o afligia, ali estava um bom motivo para Ceci dar o direito a Rafael de conhecer o seu. Ainda assim se achara raro a aparição de meu sogro, um convite para jantar era um verdadeiro milagre.

–– Isso é bem assustador. Sentei-me ao seu lado, massageando seu pescoço, de certa forma senti que aquilo deixara mais relaxado.

–– Ele vai morrer Anne. Eu perdi a fala por alguns instantes. Mike devia saber que aquilo não era algo que devia ser dito de forma tão direta.

INFINITOS "LIVRO I SÉRIE DESTINADOS"Onde histórias criam vida. Descubra agora