CAPITULO NOVE | PESADELO

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"Mal
você sabe como estou quebrada
Enquanto você cai no sono
Mal você sabe
Ainda sou perseguida pelas memórias"
Little do You Know- Alex & Sierra

Àquela altura começará a crer que Mike gostará de me provocar, caso contrário porque me dizia coisas que deixará meu coração tão moído. Seu corpo estava próximo, seu rosto também, analisei o desenho irregular de seus lábios, estava perto de mais para minha insanidade mental suportar.
–– Você só está aqui há quatro dias e já fez uma tremenda bagunça.
Ele sorriu, a palma de sua mão tocará meu rosto de forma que fora obrigada a lhe encarar, eu estava muito perto de enlouquecer, sabia que estava, ele precisava parar de me tocar!
A ponta de seu nariz tocará a minha, suas mãos seguraram minha cintura, fora exatamente como na primeira vez em que me amará, sobre as estrelas era como se ele estivesse tentando me conduzir a uma dança.
–– Você sempre disse que eu era péssima em manter a ordem.
Eu literalmente podia ouvir as batidas de meu coração, Mike era tão lindo, aquele formigamento em minha pele, aquele que apenas o seu toque me trouxera, o frio na barriga, o mundo parecia mais bonito quando eu estava ao seu lado.
Há Mike, não sentirá aquilo desde a adolescência, porque agora? Porque o amava ainda mais, justamente quando você não era meu.
Eu me esforcei, eu consegui sorrir, mesmo que não quisesse estragar tal momento, eu olhei em volta, não que temesse, pois não temia, naquela altura em nada me importava sobre o que pensavam de mim. Mas Mike deveria temer. Ele deveria se importar!
Eu podia ouvir notas soarem, haviam gargalhadas altas, eu queria tanto que eles simplesmente evaporassem, queria que fosse apenas eu e Mike.
–– Por que você tinha de ir embora? Porque eu não podia ser o seu sonho?
Mike fechou os olhos, ele realmente começará a me guiar a uma dança, mesmo que mal pudéssemos ouvir a melodia tocada ao outro lado da encosta.
Aquele maldito arrependimento, desculpa alguma seria capaz de dar, apenas que seu amor parecerá pouco de mais para mim.
–– Eu... Não sei! Fora a única resposta que parecerá sincera em minha cabeça
–– Você ainda me ama Anne? Ainda sente algo por mim? Sua mão. Dedos grandes e firmes apertaram minha pele com força, levando-me para ainda mais perto do calor que emergia de seu corpo.
Eu não devia, eu não queria, nem mesmo sabia se aquilo era mesmo amor, mas devia ser caso contrário ele não seria capaz de aflorar sentimentos que deviam estar adormecidos, sentimentos que simplesmente não esperava despertar depois de tanto tempo.
Se tais sensações não fossem mesmo amor, aquela seria a prova de que estava realmente louca.
–– Me ama o suficiente para ficar?
Ele estava mesmo perguntando aquilo? Mike estava mesmo cogitando ficar comigo?
–– E você me ama o suficiente para ir?
Estava claro, um dos dois haveria ter de abrir mão daquilo que amava, deveríamos amar mais um ao outro do que qualquer mundo desigual que estivesse a nossa espera
Eu tinha duas opções:
A primeira era viver com Mike, em uma fazenda cercada de bichos, plantas e mar.
Ter uma vida simples, com fogueiras no final de semana e quem sabe vez ou outra dedilhar meu violão, nas noites em que seu amor aquecerá meu corpo.
A segunda voltar, ir para Nova York, cumprir o contrato de minha turnê, cantarolar musicas que em nada me faziam sentido, viver a mercê de fotógrafos e repórteres que dariam unhas e dentes para me difamar.
E só assim quem sabe um dia esquecer de vez aquele que não soubera amar. Quem sabe um dia enfim conseguira conhecer alguém, refazer-me, me entregar ao um amor novo, sem um histórico de abandono ou traição.
A quem quisera enganar? Eu estava completamente me definhando em paixão por aquele homem, que se pusera a minha frente, com serenidade, sinceridade.
O homem que em sete anos não fora capaz de me esquecer, que se recusara a me esquecer, quando eu, seguia firme em um objetivo de fazer exatamente ao contrario. Mesmo que nunca houvera sido capaz de realmente alcançá-lo.
Estava claro para mim, mesmo que houvesse o questionado, pois mais uma vez o questionava sobre quais sacrifícios ele seria capaz de fazer por mim, de nada me importaria. Mike já fizera antes. Ele me deixara seguir meus sonhos. Ele não se importara com o quão fundo seria o buraco em seu coração.
Não pensara que talvez, tal ferida jamais pudesse ser consertada, ele apenas ficara satisfeito em saber que eu era feliz quando na verdade nunca fui apenas me deixara enganar.
Então para mim, naquele momento pela primeira vez em tempos eu tive total clareza de que decisão tomar. Sem temor algum de arrependimento futuro, caso Mike fosse capaz de perdoar a mim eu ficaria com ele.
–– Eu...
Ele começou, mas eu o impedi, meu dedo encostara-se a seus lábios, pedindo-lhe silencio. Era a minha vez de falar!
Eu fechei os olhos. Novamente o pequeno sorriso em meus lábios desdenhava de mim mesma, sempre desejara atos românticos admiráveis, declarações com palavras tão graciosas. Como pudera almejar algo que nunca fora capaz de fazer? Como eu? Uma feminista ativa decidira que aquele deveria ser um papel desempenhado por ele, quando eu também nunca fui capaz de realizar.
–– Eu o amo... O amo o suficiente para ficar, fui uma tola por não ter visto antes, eu cometi tantos erros Mike.
Meu nariz estava irritado. Eu parecia fanha pela fraqueza que tivera de não ser capaz de parar de chorar. Aquilo de verdade em nada se parecia como as cenas de filme ou que criara em minha mente, era mágico, mas não belo.
Havia erros que ainda machucavam meu peito como se facas o perfurassem, eu esperava que ele não questionasse sobre eles. Eu era incapaz de lhe contar, sabia que me odiaria tanto quanto eu me odiava.
–– Eu me sinto tão inferior, tão amaldiçoada, por que eu te amei durante todo esse tempo... Mas apenas agora eu consegui enxergar que eu sou incapaz de viver sem você, Mike.
Os seus olhos estavam marejados, Mike estava mesmo prestes a chorar? Eu nunca havia o visto chorar, apenas um gaguejar. Nunca lagrimas, ele era um homem grosseiro do campo que fora ensinado que chorar era algo que devia se deixar para as mulheres.
–– Eu sou uma idiota não sou? Eu desperdicei sete anos simplesmente por não ser capaz de admitir o meu arrependimento Mike, é isso que sinto arrependimento.
Eu chorei em seu peito tão contente por ele não me afastar. Por continuar ali ouvindo o que eu tinha a dizer, por em momento algum apontar-me o dedo, por não me rejeitar quando eu sabia que ele devia.
"cada coisinha que acontece com a nossa vida tem um motivo, talvez tenha um motivo para você ter ido e talvez tenha outro para que ele tenha te trago de volta"
Naquele momento fora enfim capaz de compreender e concordar com o que pastor Josué havia dito. A Anne de antes nunca seria capaz de enxergar o que Anne de hoje vê. Mike era tudo o que ela precisava. Aquele lugar era sua casa.
–– Eu não sei se consigo Anne... Tem noção de o quão ferido eu fiquei? E se mudar de ideia? E se simplesmente acordar um dia e se cansar de mim?
Naquele momento voltara a ficar confusa se Mike era incapaz de confiar em mim, porque então me disse tantas coisas, me deixara dizer tantas coisas?
–– Eu não entendo. Afastei-me, ele queria vingança. Só pudera ser!
–– Eu a amo... Amo de verdade e quero confiar em você, juro que quero, mas é tão difícil –Ele chorou, chorou de verdade– O homem grosseiro do campo conseguia demonstrar bem o que sentia, mas eu não lhe causava alegria
–– E tem Sophia, ela é tão boa, eu gosto dela, nós dividimos desejos similares e eu não quero magoa-la.
É claro que não queria, talvez gostasse dela mais do que pensava e estava interferindo. Mike enfim estava seguindo em frente e eu era como o diabo pronto para atrapalhar aquilo que custara tanto a alcançar.
–– Tudo bem... Eu não tenho direito algum de pedir para ficar comigo. Eu suspirei. Levar o ar até minhas narinas me parecia uma tarefa tão difícil, ainda assim, fora capaz de limpar as lagrimas e com rosto inchado caminhar.
–– Eu sinto muito, Anne. Foi à única coisa que consegui ouvir, se dissera algo mais, não sabia, à distância e o barulho da maré, não me permitiria.
Ele seguiu logo atrás de mim, quando retornamos para perto de "nosso grupo" Sophia tratou desesperadamente de entrelaçar a mão a do noivo, aquela que me tocará a alguns segundos.
Eu tinha de começar á agir como antes, impedir que Mike ou qualquer coisa em que de alguma forma ele tivesse relação me desconsertasse tanto ou então sairia da vila para um caminho sem interferências ao hospício.
Havia engradados de cerveja barata e de certo uma quantidade maior de pessoas aglomeradas a beirada do mar.
Eu devia ir embora, principalmente por nem mesmo querer ter vindo, mas algo me prendia ali, eu fechei meus olhos. De alguma forma eles pereciam ter vida própria, eu sabia o quanto doía, mas eu era incapaz de controlar aquele desejo de lhe fitar.
Sophia resmungava algo. Seu peito descia e subia, uma postura ereta, um olhar que exalava frustração, ele estava frustrado? Eu deveria estar frustrada, na verdade estava. Eu é que não tinha sua confiança, de todo modo o pior de tudo aquilo era ter de lhe dar razão.
Álcool! Era uma péssima ideia, eu sabia que era! Eu nem se quer ainda conseguira me lembrar do que acontecera na ultima noite que bebera, mas eu precisava, não muito, apenas o suficiente para fazer com que minha mente suportasse a patética forma como fora capaz de destruir tudo. Eu era uma maldita perdedora e tudo era exclusivamente minha culpa
Eu segui até o caixote de isopor com gelo e muitas, muitas latinhas de cerveja, eu peguei uma e logo em seguida o liquido amarelo e amargo cortara minha garganta, eu pigarreei, Deus! Aquilo era muito ruim, ainda assim continuara a ingerir cada gotinha acida que continha no recipiente.
Assim como os da segunda
Da terceira
Da quarta ou seria a sexta latinha?
–– Então você é a famosa Anne Scott? O loiro que acompanhara Mike se aproximara, mãos nos bolsos e jeito despojado. Os fios loiros brincara em sintonia com o vento, ainda assim pareciam arrumados.
Eu soltei uma risadinha nervosa, Mike lhe contara sobre nós?
–– E você é?
–– Natan! É um prazer enfim conhecê-la. Ele me estendeu sua mão estava quente, completamente diferente da minha depois que enfiara a mão novamente no caixote de isopor, pronta para virar de uma só vez mais uma latinha. Eu tinha de parar, contudo não conseguia, recordava-me bem da primeira vez em que ingerira álcool um copo e meio fora capaz de me fazer ver fogos de artifícios.
Depois de um tempo, há um ano mais ou menos, começara a ter problemas com bebida, sempre que algo me chateava ou sentia que era incapaz de enfrentar certa situação era nela que afogava minhas magoas. De um tempo para cá nada me bastara sempre ingeria uma quantidade absurda e as vezes ainda parecia ser pouco, se não fosse por Roberta eu teria me tornado uma alcoólatra. Havia prometido á ela que não faria novamente, mas naquele momento era incapaz de parar.
Eu olhei para Mike. Seus olhos continuavam vez ou outra em busca dos meus, ele não parecia tão desconcertado quanto a mim, todavia eu era capaz de enxergar o olhar perturbado e aflito, talvez até mesmo um misto de indecisão, era como se lutasse sobre o certo e o errado.
Eu sabia o quanto ele queria não demonstrar aquilo, o que fazia com que eu odiasse um pouco mais sua total força de vontade em esconder seus sentimentos. Odiava a forma fria com a qual agia. Odiava Mike não ser impulsivo. Odiava o quão fácil ele fazia parecer não ficar abalado com a minha presença. Odiava a forma como ele guerreava em seu ser sobre não sentir. Odiava ainda mais ainda assim deseja-lo tanto.
–– O que acha de dar uma volta? Natan sugeriu, eu não deveria, eu queria a confiança de Mike, mesmo que me parecesse uma proeza quase impossível eu estava decidida a alcançar ainda que direito algum tivesse de me infiltrar em sua vida novamente. Tentar provoca-lo com ciúmes de certo não era a melhor forma de conseguir isso, mas minha mente já estava embriagada de mais para agir com consciência e coerência.
Eu concordei com um aceno de cabeça, ele sorriu de forma charmosa, nada que me causasse grande encanto. Conhecia bem aquele sorriso. Natan era um típico conquistador, podia ver aquilo a quilômetros de distância, todavia devia admitir que era um dos bons.
Um de seus braços rodeou minha cintura, a mão repousará em meu quadril, mas baixo do que realmente deveria estar para com alguém que acabara de conhecer.
Nossos passos eram tão curtos que chegaríamos a algum lugar quando o dia amanhecesse.
Mesmo com alguns metros de distância eu pude ver a incógnita que se formava na face confusa de Ceci e Jonas que estavam estranhamente muito perto um do outro, era como se houvesse pontos de interrogação em cada um de seus olhos. Eu quase gargalhei com aquilo!
Eu olhei para Mike descaradamente, seu rosto estava tremendamente vermelho e desta vez apostava que não era por vergonha e sim por fúria. Aquilo podia ser o resultado de álcool de mais no cérebro, mas me contentará muito em lhe tirar dos eixos...
Sempre fora bem boa naquilo!
–– E então Natan há quanto tempo se mudou para vila? Eu lhe dei o meu sorriso mais sonso, ele se aproximou, tinha um cheiro bom e ombros largos, quase tão largos quantos os de Mike, ainda que fosse quase injusto comparar um com o outro.
Natan era como um Ômega, com um quê de mistério que apostava que as mulheres ficavam loucas para desvendar. Mike era um alfa gostosão, exalava verdade, tinha um jeito hipnotizante o tipo de homem a qual você simplesmente não pode evitar se sentir atraída. O pior era que ele nem mesmo tinha de se esforçar.
Mike tinha uma pele macia que naquele momento me parecera até mesmo apetitosa, eu era como um cachorrinho de comercial que admira um frango na padaria, há Mike! Minha boca aguava no desejo de lamber cada pedacinho de seu corpo. Minha mente alcoolizada começará a imaginar diversas formas de lhe arrancar a camisa. Talvez com os dentes não fosse à opção mais sexy. Apenas queria tocar seus bíceps fortes e rígidos, eles não eram tão grandes quando deixará a vila! Eu estava frustrada e muito chateada...
Para onde diabos estava levando meus pensamentos? Eu não era uma tarada pervertida, ao menos não na maior parte do tempo! Aquela era a última vez que bebia! Tinha de ser.
–– Eu não moro aqui, mas desde a morte de meu tio Júlio eu venho com frequência. Ajudo Mike na administração da fazenda.
–– Tio Júlio? Eu engasguei como se uma espinha de peixe se prendesse em minha garganta.
–– Sim, meu irmão pode ser ótimo com animais, mas é péssimo para lidar com números.
Irmão! Mike tinha um irmão, o filho oficial do casamento do pai que não lhe assumirá. Eu nunca o conheci, nem mesmo sabia dizer se eles tinham um relacionamento afetivo. Como era mesmo seu nome? Era alguma coisa com "N"
Natan! Natan era o irmão de Mike
Eu olhei para Mike e em seguida novamente para Natan eles não tinham traço algum em comum, exceto pela postura irritantemente perfeita.
–– Você e Mike? Vocês...
Não pude prosseguir
–– Sim é uma pena ter demorado tanto a lhe conhecer. Ele sorriu de modo safado
–– Você sabe sobre ele e eu?
Eu tive de perguntar, Natan estava flertando comigo, ele ouvirá falar sobre mim. Como podia não saber?
–– É eu sei... Você vacilou feio gata, mas não a julgo, Mike é tão certinho e controlador, eu também não o aguentaria. Aquilo soou tão normal que eu tive vontade de lhe dar um murro no rosto.
–– Você sabe e ainda assim dá em cima da ex do seu irmão? GRITEI! Eu estava furiosa
–– Ei fica calma –Ele gargalhou como um perfeito canalha– Todos estão curiosos para saber o quão você ainda mexe com meu irmão, eu apenas fui o único a ter coragem de cutucar a onça!
Então fora isso, ele não buscará um simples flerte, ele quisera me usar para provoca-lo, eu o detestei ainda mais. Odiei a mim mesma também, não fora honesta, eu queria lhe usar da mesma forma.
Dera certo! Ainda que de longe podia ver o quão ofegante Mike estava, ele discutia com a noiva. Sophia botou a mão em seu peito como se quisesse lhe impedir de fazer algo.
Só então notei que Natan começará a se enroscar em mim como uma jiboia ferira suas vítimas. Eu o empurrei, oh Deus! Ele era grande, impulsivamente minha mão acertada seu rosto. Segundos depois vi Natan ser arremessado contra a areia!
O falso Justin e o rapaz negro que dará aulas de equitação segurarão os braços de Mike para que ele não esmurrasse o irmão!
–– Ei mano, eu não sabia quem ela era. Juro que não! Mas estava certo, Anne Scott sabe como deixar um homem maluco.
Eu tive nojo! Nojo de Natan! Nojo de mim. Eu ia vomitar, sentia que ia, podia até mesmo ver todo o jantar fazer o caminho de voltar por meu estomago.
–– Mike eu...
Busquei uma justificativa, contudo parei antes de alcançar uma. Havia tanta decepção e dor em seus olhos. Sophia emanava prazer e preocupação. Ceci estava espantada. Bec apenas não sabia como reagir.
"Eu dava um passo para frente e três para traz"
Eu me sentia exausta, estava em pânico. Literalmente estava entrando em pânico, minha visão ficou turva, eu simplesmente me esquecerá de como respirar. Ainda assim minha pulsação batia mais alto que escola de samba. Cambaleei pela areia como uma bêbada sem rumo em busca de mais uma latinha.
Eu precisava... De... Mais... Uma... Latinha.
Todos notaram o quão horrível e péssima eu estava. Meu corpo fora tomado por uma espécie de formigamento, anestesia! Eles me seguiam com o olhar. Jonas então me alcançou antes que eu simplesmente e humilhantemente desabasse.
–– Anne? Você está bem? Não eu não estava, estava longe disso. Eu mal podia manter meus olhos abertos, era um pesadelo, tinha de ser!


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