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O que o destino pode reservar, quando duas pessoas, que se julgavam tão diferentes, percebem que é inevitável seus mundos se chocarem...
Duas almas... Dois corações...
Ambos, eram fortaleza por fora, e solidão por dentro. So...
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A tensão se desmanchou no ar, como um punhado de açúcar se dissolvendo em um copo com água, abruptamente todos os olhares dos presentes, estavam voltados um modo fulminantes e perigosamente curiosos, até Jace e Clary.
Clary prendeu a respiração em choque, o mundo parecia paralisado, enquanto a confusão entorpeceu-a como veneno afogando seu sangue. Ela não sentia que ainda estava respirando.
- Gente é, precisa responder não, ninguém é obrigado a aceitar uma pergunta por pressão. – Erick encarou o chão, ao calcular em pensamentos o tamanho da besteira que acabou fazendo inocentemente, quando deduziu que nem tinha nada de mais em seu questionamento. Mas a julgar pelas faces ruborizadas de alguns presentes, nem todos ali eram esclarecidos e com maturidade para lidar com o passado. Ele condenou-se, por ter prejudicado seus dois amigos.
Jace levantou o olhar, notando Gaby apertando os olhos como se quisesse disfarçar sua vontade de gritar com ele, ou pior ainda, estapeá-lo, como se ele tivesse mesmo cometido o pior erro de sua adolescência, algo tão grotesco como usar drogas, roubar, ou passar com o carro enquanto se esta bêbado por cima de alguém. Talvez para ela fosse, a namorado poderia querer ouvir uma daquelas coisas pejorativas, ao invés de ver ele, confirmando seu romance juvenil com Clary.
O rapaz notou amargamente que não conseguia olhar para a ruiva. Sentiu, como se ele estivesse traindo-a de alguma forma, era como se ele realmente fosse um canalha estupido e grosseiro, que tivesse expondo o segredo que eles compartilhavam a cerca de uma década. Culpa lhe embebedou terrivelmente... Ser alguém que tinha um conhecimento relativamente alto da vivência de mundo, fez Jace saber, que por alguém motivo eles condenariam mais Clary por aquela situação do que a ele. Como se para ela o pecado, fosse mais digno de condenação.
- Mais eu quero, responde aí cunhada. – Liz disse com rudeza escondida por trás de uma voz doce. Como se ainda levasse tudo em brincadeira, usou a coragem que tinha para defender a amiga, já que Gaby sabia que naquele momento só estava em um estado terrível de anestesia, seria tola se dissesse que a desconfiança nunca passou pela sua cabeça, mas ter certeza que aqueles dois tiveram um envolvimento tão intenso, de fato a abalou, mais do que ela gostaria anteriormente de sentir.
Clary pela primeira vez ergueu os olhos verdes e de um jeito faiscante em altivez. Aquele era um dos motivos que o "santo" dela, não batia com o da namorada do irmão, aquela mania da outra sempre morder e assoprar com delicadeza logo depois a enojava e a preenchia por dentro com muita irritação. Clary mordeu os lábios, orgulhosamente sustentando por hora sua pose, e ignorando a carência que sentiu, ao sentir que estava sozinha para ser massacrada por todos.
