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O que o destino pode reservar, quando duas pessoas, que se julgavam tão diferentes, percebem que é inevitável seus mundos se chocarem...
Duas almas... Dois corações...
Ambos, eram fortaleza por fora, e solidão por dentro. So...
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Vinte e quatro horas depois...
- O que o Maurício esta fazendo aqui há essa hora. – Clary inalou nervosamente, o ar gelado, com um cheiro clássico de desodorisador de ambiente, que circulava pelo hall de recepção da academia. Achava que ter trocado a manhã de trabalho, para dar atenção aos seus exercícios diários, que no último mês tinham praticamente se tornado somente semanais pela falta de tempo dela, seria boa ideia, estava querendo mais que tudo, que pudesse esquecer os acontecimentos do dia anterior, mas pelo jeito, não conseguiria. Seus olhos já tinham dado de cara com a figura patética do namorado canalha, desfilando por entre o corredor, logo depois de sair de uma das salas de musculação. Ter o ignorado o rapaz, nas últimas horas, era uma incidência clara, de que ela ainda não sabia o que faria com ele, para a ruiva, parecia tão pouco simplesmente decretar o fim do namoro, depois de estar sendo feita de idiota, provavelmente desde sempre pelo rapaz. Clary passou a desejar que pudesse fazer bem mais que isso.
- O que a senhorita disse. – a moça da recepção sorriu para ela, fazendo Clary, tirar seus olhos verdes outra vez do papel que assinava. Estava tentando dizer a si mesma, que naquele mês não pagaria a academia, para não aparecer quase nunca, voltaria a malhar regularmente, simplesmente porque era a única forma dela achar, que estava expulsando um pouco de sua ansiedade para fora. E fora que seus planos de não dispersar dinheiro, estavam ativados mais do que nunca. Precisa voltar a focar em seu pé de meia, tinha desleixado bastante dele, desde que voltou da Europa.
Ela forçou um sorriso para a mulher, assim que ela lhe entregou seu cartão, em sua mão outra vez. – Eu ainda não fiz o recibo. – a morena de cabelos bastante encaracolados, alertou Clarissa, assim que ela lhe deu um tchau silencioso. Quem estava nem aí para o recibo da maquinha de cartão, ou qualquer outro papel, quando sua mente só queria desvendar as calhordices do namorado.
- Eu passo aqui depois, pode ser. – Clary sorriu, tentando não parecer ansiosa. Ansiosa, como a doida, que precisava seguir seu namorado que lhe botava chifres, urgentemente. O que era o maldito recibo, perto da curiosidade latente dela para o momento. Conhecendo-o minimamente, sabia que Maurício não lhe disse atoa, que passaria toda semana no escritório, da empresa do pai, para agora aparecer ali. Bom, quem sabe ele, assim como ela, estava a evitando. Clary com certeza estava temendo mata-lo, assim que pusesse os seus olhos pessoalmente outra vez nele.
Ela andou desastrosamente atrapalhada, pelo corredor bem ventilado, logo estando ao encalço dele, viu quando ele parou, a beira de uma das salas de spinning, e conversou brevemente com o orientador que estava na porta, seu sorriso cafajeste cobria seu rosto. Clary trincou os dentes em um bufo enervante.
Olivia saiu de dentro da sala, dando um exibido tchau ao professor, e passando pelos dois rapazes, rebolando os quadris, em sua calça de ginástica extremamente justa, o que fez Clary revirar os olhos um pouco. Agora estava explicado, o que o seu namorado, que estava com os dias de vida contados, estava fazendo ali... Clary se prensou quase dentro da parede, quando viu Maurício seguir por trás da garota, assim que deu adeus ao rapaz que conversava com ele. Talvez seguir atrás daqueles dois, seria a pior besteira que ela faria, mais como Clary, raramente dava ouvidos ao seu cérebro sensato, ela o fez.
