Paixão, sem querer... 《♡CLACE♡》

Lampejos sinceros...

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- Hei não vai estragar tua noite, por isso, você sabe que ele não merece. - a caçula Morgenstern aparentou preocupação com as próximas reações da irmã mais velha, e sentira que precisava ponderar, pois conhecia a personalidade altamente forte e explosiva da irmã mais velha, quando algo lhe despertava injustiça e desgosto. Além de tudo conhecia Clary, para saber que havia muito mais mágoa, do que ela própria queria demonstrar, por trás de tanto orgulho ferido, depois do que descobrirá de sua ex- paixão. E aquela mistura de ódio e decepção, eram praticamente fogo e gasolina para Clary destruir tudo que a remetesse ao mundo mentiroso de Mauricio.

- Eu estou bem Analu, não desperdiçaria minha manicure com algo tão intragável. - Clary rangeu os dentes, quase sentindo seu maxilar trincar pela carranca que estava sendo incapaz de desmanchar de seu rosto.

- No fundo você sabe que ele não vai te deixar em paz tão facilmente. - a adolescente parecia preocupada com a forma que a irmã usaria para contornar aquela situação. Analu passou algumas noites, reunindo-se com a família na sala de estar de casa, justamente porque tal formalidade era muitas vezes uma imposição da avó autoritária, ouvindo o quanto a união de Clary com o rapaz era esperada, aguardada, e bem quista por ambas as famílias. E observando um pouco Mauricio, era notório perceber que ele não era do tipo que aceitava alguém dar uma palavra final por ele. O ego do rapaz poderia ser muito controlador e possessivo.

- Jura irmãzinha. - um galante sorriso atrevido mesclou o rosto de Clary com veneno dessa vez. - Tenho coisa bem mais interessante para me preocupar, se é que você me entende. - ela sinalizou, com uma leve piscadela dos olhos esmeraldinas brilhantes. E se Mauricio ainda não conhecia o poder persuasivo e de impacto, que poderia ter o "não" de uma mulher que sabia exatamente o que queria e merecia possuir, ele conheceria a duras penas, porque não seria ela a ser feita de idiota por ele uma segunda vez.

- Ahan, e essa coisa em questão, é loiro e tem um irresistível par de olhos azuis. - Analu sussurrou insonoramente no canto de ouvido de Clarissa. Havia certo estado de graça em confronta-la com tal acusação. Que por sua vez, sorri divertida de esguelha, sem negar, enquanto mordia o canto dos lábios, quase tinha certeza que se fechasse seus olhos, ainda poderia sentir o toque dos lábios de Jace confrontando os seus com paixão e fogo. E de uma maneira inesquecível e marcante, que a ruiva estava descobrindo, que ao que indicava somente ele era capaz de lhe proporcionar, porque mesmo depois de tantos anos passados, eles aparentavam fundirem-se um ao outro da mesma forma intensa que sempre fora, o desejo e atração que os unia, parecia ser inacabável, infinito como a água do oceano.

- Basicamente meninas, regra número um, de uma garota que deseja ser feliz, amor próprio sempre em primeiro lugar, ame a si mesma e não o imbecil que te colocou um par de chifres bem graúdos, porque se você não respeitar a si mesma, sempre vai ter um babaca que vai achar que pode te subjugar, homem tem que parar de confundir perdão com burrice. - Clary afirmou sob o poder de uma expressão taxativa. Para ela, parecia meio ridículo que ainda estava tentando se justificar sobre sua atitude em relação ao ocorrido com o ex-namorado trapaceiro. E pra ser mais sincera ainda, ela não era do tipo que dizia a mesma coisa duas vezes, era algo seu, de sua personalidade. - Enfim, vamos mudar de assunto. - Clary quis esquecer o assunto intragável e consequentemente toda a sua revolta. E também não esperava que a família e mais meia dúzia de pessoa enxeridas, que adoravam darem pitaco na vida dos outros, fosse deixar o assunto esquecido tão cedo, por tanto só lhe restava fingir que ele não existia.