Capítulo 52 Miséria e Maldição

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Momentos antes...

Aspen

- Não podemos levá-la é muito perigoso com ela assim! - Robert falou.

- Então vou ficar. - falei - Não vou deixá-la sozinha!

- Filho, se o encontram sozinho e sem segurança, você não terá chance! - agora foi meu pai - Se vir junto vamos limpar o caminho mais rápido e voltar e pegar a Ana!

Muitas enfermeiras e enfermeiros saiam correndo às pressas por causa do ultimato da segurança nacional que sobrevoava o palácio, a maioria já tinha evacuado. E Ellara foi levada junto com muita proteção para longe do palácio e para longe de mim, minha presença coloca sua vida em risco assim com a presença do meu pai. E agora Ana deitada na maca inconsciente e indefesa também corre perigo por estar comigo da mesma forma. Ela se saiu bem na cirurgia, agora voltávamos sangue para suas veias para se recuperar do sangue perdido.

- Precisamos ser rápidos, vamos escondê-la e quando virem toda a enfermaria vazia irão embora e não farão nenhum mal a ela. - Meu pai disse com Robert o apoiando ao seu lado.

Agarrei os cabelos apavorado. Iriamos por um caminho diferente dos outros no palácio, íamos cavalgando para levar a Ana em segurança e chegaríamos mais rápido aos portões onde teríamos ajuda e médicos.

- Então vamos agir rápido! - respondi de vez - A velocidade de nossas decisões eram caso de vida ou morte, principalmente se escolhêssemos errado.

E isso pesava mais, cada palavra e decisão.

Arrastamos a maca em que a Ana estava se recuperando para um canto mais reservado do quarto cirúrgico.

Meu pai e Robert foram na frente para calcular por onde seria mais seguro saírmos.

Segurei o braço da Ana por um momento, estava em uma temperatura saudável, estava bem assim como Isabelle garantiu.

- Volto logo meu amor! - sussurrei em seu ouvido antes de depositar um beijo em sua mão.

Peguei um lençol e cobri todo seu corpo para escondê-la e tapar sua quase nudez. Meu corpo estremeceu com a visão e com o pensamento de que qualquer um que entrasse no quarto acharia que fosse mais um defunto no meio de vários outros.

Era uma boa ideia se pensassem isso, era a única ideia que tinha para a proteger. Então fiz o trabalho de jogar poltronas para o chão, armários, mesas cheias, papéis pelo chão quebrei três janelas com chutes e socos, criando um cenário, qualquer um acharia que essa parte já foi visitado com violência inimiga. Desliguei as luzes antes de passar pela porta.

Quando fechei a porta olhei mais uma vez para a Ana, ainda conseguia vê-la.

- Volto logo meu amor. - mais uma vez a promessa silenciosa, porém verdadeira.

Corpos estavam pelo chão de soldados e enfermeiros abatidos por uma segunda remessa de forças inimigas que invadiu a enfermaria talvez 20 minutos depois do nosso encontro com o Matt.

Foi a primeira vez que muitos enfermeiros tiveram que pegar em armas de fogo pela primeira vez. Lutaram bravamente por suas vidas e quando vejo muito deles no chão, fraquejo ao lembrar que as perderam por minha vida e minha família. Nunca vou esquecer o que fizeram por nós.

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