Vida Real (concluído)

Capítulo 35 Tudo bem

Com a ajuda do soldado Zen, conseguimos pegar vários dos participantes dos atentados que estavam infiltrados no palácio, entre eles estavam soldados, serviçais - que foram entregues por soldados que prometemos penas menores na cadeia - era assustador pensar que as mesmas pessoas que abriam nossas cortinas todas manhãs, eram os mesmos que queriam nos matar. Todos foram pegos e era uma questão de tempo para conseguirmos pegar o cabeça de todo esse atentado. O responsável por tudo isso.

Prometo não ter misericórdia.

Por sorte o rei Philippe e a rainha Charlotte não estavam no palácio. Não seria nada agradável para a saúde do pai do Aspen ter essas preocupações, ele ainda se recuperava de algumas sequelas do envenenamento, seu organismo estava se recuperando aos poucos. Ele tinha que evitar o estresse o máximo possível. Por isso, convocamos uma reunião para todos que sobraram no palácio - os leais - para tentarem esquecer do ocorrido, que agora tudo estava bem e que estávamos a poucos passos de pegar o terrorista, e que por enquanto deviam manter segredo de todos, tanto os que estavam fora dos muros do palácio e os que estavam dentro - tentar evitar comentários, uma vez que o rei e a rainha votariam a poucos minutos de uma reunião com ministros e era regra mantê-los na ignorância até segunda ordem.

   Indo em direção ao meu quarto vi os estragos das munições nas paredes e quadros. As empregadas trocavam logo os quadros das paredes por outros, e nas paredes afetadas colocavam vasos e outras decorações escondendo já que uma restauração completa levaria mais tempo e Philippe e Charlotte já passavam pelos portões do palácio.

   Aspen não demorou muito para chegar ao quarto.

   - Matt e perita Foster estão cuidando das investigações e interrogatórios dos presos, em poucos dias estaremos com o responsável pelo terrorismo atrás das grades. E então poderemos contar para meus pais o que se acontecia pelas costas deles. - ele deu uma risada curta - Não acredito que conseguimos esconder essas coisas deles, principalmente da minha mãe que sempre descobre as coisas apenas observando.

   - Eles já tem outras preocupações na cabeça, então é natural deixar passar algumas coisas.

   - Sim. - ele passou seu braço sobre meus ombros enquanto observávamos Philippe e Charlotte entrando no palácio. - E você está mesmo bem?

   - Estou sim, Jonathan já marcou o retorno do resultado do meu exame para mais tarde. Pode ficar tranquilo, tudo está bem com a gente. - falei também me referindo ao bebê.

   - Espero que sim. - falou me abraçando.

   - Foi até bom isso tudo ter acontecido hoje, podemos dormir melhor agora que o palácio está seguro. Antes a qualquer momento seus pais podiam ser atacados enquanto dormiam. - só com a idéia fez meu corpo de arrepiar e o corpo do Aspen estremecer - Agora estamos a poucos passos de pegar o cabeça do atentado. E Celeste vai ficar feliz em saber que a festa dela não vai ser mais cancelada, bom, ela não sabia que iria ser cancelada por mim, mas eu também não podia colocar ninguém em perigo.

   - Eles esperam sempre as melhores oportunidades para atacar. Eu também pensava em adiar a festa, podia ser um banho de sangue.

   Minha respiração falhou por um momento imaginando a cena combinado com o que o guarda me disse enquanto me mantinha como vítima para escapar.

"...o dia de você ver todos que você ama caindo sobre seus pés enquanto você apenas assiste, não está longe."

   - Ele ameaçou, disse que iríamos sofrer um grande ataque e que nenhum de vocês iriam sobreviver. Mas porque eu? Porque eles não querem me matar e sim a vocês?

   - Quando ele disse isso, não sabia que iríamos limpar o palácio de traidores. E sobre você ser a protegida, é porque eles só querem matar quem tem sangue real, meus pais, eu e nosso bebê. Não sabemos com quê objetivo, não me lembro de termos inimigos. - ele alinhou seu terno olhando pela janela a imagem do rei e da rainha saindo do carro - Tenho certeza que meu pai saiba de alguma história antiga que nos ajudaria a encontrar os cabeças do atentado, mas de início, não é uma boa idéia contar sobre essas coisas para ele. Pelo menos até ele fazer os próximos exames com Jonathan para saber se ele já está realmente bem.