Droga!
Pulei de terror quando um estalo alto saiu pelo cano da arma. Observei com extremo horror o homem misterioso cair no chão com uma munição de fuzil no peito.
Alex e eu encaramos logo atrás de nós Matt ainda com o fuzil apontando para onde o terrorista estava antes de ser derrubado.
E o resto aconteceu como um borrão, foi difícil de pensar no resto da noite que se seguiu. Mais disparos surgiram, mas não vieram do Matt, foi de dentro do salão não tão distante da estufa, muitas pessoas saiam correndo para o jardim pela porta onde Robert fez se abrir quando pedi, elas fugiam do que acontecia lá dentro, os disparos não cessavam, acontecia o contrário, aumentavam assim como os gritos e confusões. Tinham pessoas fugindo e sangue para todo lado.
- Leve Ana para além das árvores a leste, se escondem! - Matt falou com Alex.
- Mas o Aspen! Minha família! - agarrei seu colarinho no desespero - Por favor, os protejam, por favor! - supliquei.
- Vou fazer meu melhor, prometo. - fuzilou meus olhos com profundidade e um certo temor.
Vi pela primeira vez temor nos olhos do Matt. Um verdadeiro e profundo temor.
Ele nos deixou correndo para dentro do salão por onde se pessoas saiam as pressas, ele teve dificuldade para entrar com a onda de pessoas que fugiam do fuzilamento que acontecia lá dentro.
Alex pegou a pistola do terrorista morto no chão e me agarrou pelos braços me pondo para correr.
Olhava para atrás as vezes, e vi coisas que me aterrorizou.
Pessoas sendo pisoteadas por outras, sangue jorrando pela garganta de algumas, gritaria e muita confusão eram a canção da noite. Uma canção macabra. Pessoas sendo fuziladas dentro e fora do palácio, muitas caindo, como se fossem bois num abate sanguinário.E uma voz atacou minha mente: "...não se preocupe, o dia de você ver todos que você ama caindo sobre seus pés enquanto você apenas assiste, não está longe".
Então era desse dia que aquele guarda falava.
Não conseguia raciocinar direito na hora, mas sabia muito bem o que devia fazer.
Me soltei do meu irmão e corri para o lado oposto de onde devíamos ir.
- Diana! - Alex gritou.
- Preciso encontrar Aspen! - gritei, mas acho que não foi para Alex, mas para mim mesma dizendo com convicção para criar coragem de continuar.
Quando vi tudo embaçado percebi que chorava, tinha medo de perder aqueles que amo.
Tinha medo de o amanhã não existir.- Você está maluca? - gritou, acho que ainda corria atrás de mim.
Não respondi, porque caí tropeçando em algo, cancelei a parte de sentir dor na queda quando vi o que me fez cair.
O corpo de um guarda atirado no chão, com uma poça vermelha em volta de seu corpo e olhos abertos e opacos. Gritei de horror com as mãos cheia de seu sangue.
Meu vestido branco se tornou vermelho escarlate de sangue, não meu.
Alex agarrou minha cintura me puxando para cima.
- Se você entrar eu vou ir atrás de você, e nós dois morreremos, você não vai poder fazer o que estiver pensando em fazer se estiver morta. - gritou segurando forte meus ombros.
Concordei com a cabeça ainda chorando muito, seus olhos estavam vermelhos, mas estava se esforçando para permanecer forte.
Segurando meu pulso ele me puxava pelo gramado do jardim, assim a gritaria ficava aos poucos para trás.
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Vida Real (concluído)
RomanceAspen Cambryel de Winther já encontrou a quem sonhava encontrar! Diana Evans e o Príncipe da Inglaterra viveu uma história de amor e como qualquer história passaram por momentos difíceis e perigosos que colocaram suas vidas e futuro em risco. E como...