POV Sabrina

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Para quem não leu o no Facebook, aqui está o pov da Sabrina.

Sabrina

Sabrina se olhava no espelho, seu ponto fixo eram as sardas que a maquiagem não conseguia esconder por completo. Ela não era ruiva, mas tinha os cabelos vermelhos que tingia sempre. Mas quem disse que pra ter sardas precisava ser ruiva? Dona de pele bem clara ela não entendia porque Deus a tinha dado sardas. Na verdade ela não entendia por que Deus fez muitas coisas. Mas por agora seu maior problema era esconder com maquiagem as sardas. Mas havia um lado que nem a maquiagem cobria.

Dona de uma beleza singular, curvas voluptuosas ela como muitas das mulheres também não estava satisfeita com seu corpo, mas o usava como quisesse. Mas não estamos falando se sua aparência e sim de sua personalidade, que a julgar por muitos não era a de boa moça.

Você conhece a Sabrina aos olhos de terceiros, mas será que realmente a conhecemos? Todos nós temos nossos conflitos pessoais, mas os de Sabrina começaram bem cedo. Ela tinha apenas 7 anos quando seus pais se separaram e não entendendo muito bem o que era separação com essa idade, ela ainda viu sua mãe se entregar a bebida e depressão e de bônus um pai que jurou não a abandonar, mas ele não cumpriu de fato essa tarefa. Sabrina soube desde cedo o que era um pai omisso.

Com isso ela aprendeu a ser mais forte, mas claro que ela sorriu, chorou muito mais do eu sorriu, aprendeu o que era ser fria, orgulhosa, aprendeu cedo a não depender de ninguém e principalmente parou de se importar com o os outros pensavam e foi viver sua vida. Indo em busca de carinho, amor e até mesmo amizades.

Mas uma garota de 13 anos ainda é uma criança e sem as pessoas certas para aconselhá-la, ela aprendeu o errado e o certo cedo demais. Na verdade aprendeu mais a errar do que propriamente acertar e até hoje ela ainda não acertava muito.

Ela era uma menina e se tornou mulher, era boba e ficou esperta, era ingênua, mas pegou a malicia, se envolvendo com os que eram do bem e os que eram do mau.

[...]

A mão do rapaz percorria seu corpo afoito e por mais que ela soubesse que de certo modo os meninos queriam mais se aproveitar dela do que de fato algo sério, ela via nesses vagos momentos que alguém realmente gostava dela. Nem que fosse por algumas horas. Ela não era uma prostituta, mas às vezes se portava como tal.

Mas ela tinha seu propósito e esse ninguém entendia. Ela queria carinho, ela queria contato, ela só queria que alguém estivesse com ela.

― Para! ― Segurou firme a mão do rapaz que insistia tocar em seu seio. ― Assim não. ― impôs.

Claro que ela tentou ter relacionamentos duradouros, mas parecia que ninguém nunca era bom o suficiente para ela. Ela suspeitava de todos, temia a alguns, mas se inspirava em alguém. Aquele que não a via com maus olhos e muito menos com bons. Thales era o sonho de consumo, era nele que ela via um futuro, mas infelizmente para ele ela não era o suficientemente boa.

E como podia ela reprimia seus sentimentos, levando a vida com a frase: Se ele não quer tem quem queira. Buscando em outros o que seu amado não a dava, ela que não ia parar sua vida por ninguém, nem mesmo por ele.

Havia momentos de lucidez? Sim havia momentos em que ela se sentia sozinha, em que ela pensava em se concertar e viver uma vida tranquila, mas ela não era desse tipo. Seu pensamento era: Se gosta de mim tem que me aceitar como sou. Sem julgamentos dos seus atos, sem criticar seus feitos. E de certa forma ela tinha um pouco de razão, mesmo que fosse somente 30%, ainda era uma certeza. Ela só quer alguém que a ame como ela é, sem segundas ou terceiras intenções, mas sim com a primeira de que é a fazer feliz!

Desapego - IMCOMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora