32.

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Bianca POV

Sabe aquela sensação boa, de paz que você se sente feliz pelo simples fato de uma outra pessoa amar aquilo que é seu? Então, era assim que me sentia, em paz, feliz pois o jeito que Rafaella se emocionou ao ouvir Mag, chama-la de Mom apenas deu a certeza do que eu já sabia, minha namorada ama o meu bebê como se fosse sua filha.

Depois que aquele momento cheio de emoções passou, o que demorou um pouco, nós três fomos até o mercado para comprarmos coisas para o jantar. Mag, como sempre fez bagunça no mercado e sua bagunça não parou quando voltamos para o apartamento.

Enquanto eu preparava o jantar, Rafaella ajudava nossa filha a montar os blocos coloridos, e na tevê passava um dos filmes da Tinker Bell.

Enquanto os legumes amolecem na água borbulhante, eu começo a cortar cebola e alho para refogar a carne moída. Me mantenho concentrada no que faço, e de repente sinto um incômodo no abdômen. Tento não dar muita importância a dor, mas o incômodo torna impossível prestar atenção no que eu faço.

- Amor. - escuto Rafaella me chamar. - Está tudo bem ai?

Respiro fundo, não querendo que a loira perceba que estou com dor. Não quero preocupa-la com isso, sei bem como ela é, e vai querer que eu vá para um pronto-socorro.

- Sim, baby. - sorrio para mesma -  O que vocês estão aprontando? - tento soar o mais natural possível.

- Castelos, Mag destruindo o meu castelo. - explica a loira após Mag jogar os blocos no chão. Rafaella forma um grande e adorável bico nos lábios.

Acabo rindo da cena, pois minha namorada consegue ser mais criança que Mag as vezes. Enquanto minha miniatura ri, Rafaella tenta montar tudo de novo. Com a distração toda, a dor incômoda no abdômen acaba sumindo, o que agradeço.

- O jantar esta quase pronto. Pode fazer o suco da bebê pra mim? - peço a loira que assente.

Termino de preparar o jantar e com a ajuda de Rafaella, ponho a mesa para começarmos a refeição.

- Falei com meu pai essa manhã. Ele disse que virá para o São Paulo. - comento ao me lembrar do fato que meus pais estão vindo para a cidade na próxima semana.

- Sua mãe também? - a loira tentava disfarçar o seu incômodo. Os dois primeiros encontros entre ela e minha mãe não foram dos melhores.

- Sim. Papai tem uma reunião na cidade e ela virá junto. Ela convidou nós duas para um jantar.

Rafaella acaba se engasgando com o líquido, que tinha acabado de levar ao lábios, mas a loira logo se recompõe, se desculpando pelo acontecimento.

- Apenas eu, você e ela? - assinto ajudando Mag a comer - Devo me preocupar? Não é por mal, meu amor, mas quando me apresentou a sua família como sua namorada, sua mãe não gostou nadinha disso e ela mesma que deixou claro.

- Sim, mas talvez ela queira se redimir.

Minha mãe passou da fase de me criticar por namorar mulheres. Depois de um tempo dona Mônica viu que não era apenas uma "fase" minha de rebeldia, e passou a parar de ser preconceituosa e me aceitar do jeito que sou, porém sua cisma agora, era por eu namorar uma garota de família humilde, filha da ajudadora de meus avós e até pouco dias atrás, babá de Mag. Então ainda tenho um pouco de esperança, que minha matriarca tenha mudado.

- Pode ser que sim, mas não me sinto confortável com isso. - confessa a loira a minha frente.

- Hey! Se não quiser, não precisamos ir. - seguro sua mão por cima da mesa - Não quero que vá nesse jantar apenas para me agradar, hum?

- Vamos dar um voto de confiança a senhora Mônica, afinal ela é a minha sogra, e vovó da minha filha. - a mesma sorri olhando para Mag, a bebê se encontra concentrada em sua comida, fazendo uma grande bagunça.

[…]

Depois do jantar organizei a cozinha, enquanto Rafaella dava banho em Mag. Aproveitei para tomar o meu banho também, não prolongando muito debaixo da ducha, pois era apenas para tirar o suor e o cansaço do corpo. Visto uma das minhas camisolas de seda, deixando o meu cabelo preso. Estava seriamente pensando em cortá-lo de novo, já que os fios estão abaixo dos meus ombros.

- Mom, cucu - assim que saio do meu quarto escuto a voz de Mag do corredor. É nítido pela sua voz, que ela está com muito sono, porém lutando contra ele.

- Nada de cucu, Mag. - diz Rafaella. - Esta na hora de mimi, bebê.

Entro no quarto cansada de apenas escutar a voz de minhas meninas. Eu adoro olhar para elas, e ver com os meus próprios olhos o quanto sou sortuda em tê-las na minha vida. O cara lá de cima me ama muito, para me dar elas de presente. Rafaella é a pessoa que sempre sonhei. A pessoa que me vejo construindo uma família.

- Que carinha é essa meu amor? - acabo sorrindo com a pergunta da loira. Estava tão perdida admirando aquelas duas juntas.

- Apenas pensando no quanto sou sortuda. Eu amo vocês, baby. - sussurro contra seus lábios macios.

_Mam, pepê. - Mag, que se encontra no colo de Rafaella, bate os braços me fazendo afastar da loira.

Pepê, era mais uma palavra que Mag aprendeu a falar. Pepê, ela dizia sempre que queria peito.

Pego minha princesa do colo da Kalimann, me sento na poltrona e enquanto amamento Mag, explico a Rafaella a minha idéia em redecorar o quarto da bebê. Pois Mag esta crescendo e o berço esta começando a ficar pequeno para ela.

- Porque não passa ela para a outro quarto? Ele tem mais espaço, e para colocar sua idéia em prática vai precisar de muito espaço livre. - diz a loira sentada no puff de frente com a minha poltrona.

- Sim, você esta certa baby. - passo os dedos pelos fios escuros de Mag. - Estou precisando doar algumas coisas daquele quarto. Verei isso em um final de semana.

- Pode contar com a minha ajuda. - a loira sorri.

Alguns segundos depois, Mag finalmente se entrega ao sono. Com cuidado tiro o meu seio de sua boca, guardando o mesmo dentro de minha camisola. A bebê resmunga, mas quando coloco a chupeta em sua boca, ela logo aceita relaxando em meus braços.

Quando me levanto, para por minha menina no berço, a mesma dor de mais cedo volta, porém com mais força. Faço uma careta, e dou graças a Deus por estar de costas para Rafaella.

- Vamos dormir, amanhã o dia será longo. - abraço minha namorada pelos ombros.

Enquanto Rafaella arruma a cama, aproveito para ir até o armário de remédios que fica no banheiro. Pego um comprimido pra dor e tomo.

- Boa noite, amor. - Rafaella se aninha em meu corpo, assim que me junto a ela na cama.

- Boa noite, baby. - beijo seu pescoço.

A loira não demora a dormir, enquanto eu fico perdida em pensamentos com a idéia de pedir Rafaella em casamento.

🗼

Boa noitee. O que será que a Bia teem??

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Amo vcs!  💜

Mag's nannyOnde histórias criam vida. Descubra agora