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8/10

Rafaella POV

Dois meninos e uma menina. Quão sortuda sou por isso? Me sinto uma mulher realizada. Tenho a melhor esposa, melhor família, prestes a me formar como professora. Tudo que sonhei em minha adolescência estava sendo realizado.

Mag de férias, trabalho na certa. A bebê passa boa parte do seu dia comigo, quando Venturotti, mamãe ou Mari não a levam para sair. A fase do ciúmes dos irmãos tinha chegado. A menina queria voltar a usar a mamadeira, coisa que parou a alguns anos, e a chupeta que estava sendo deixada de lado até na hora de dormir, foi resgatada da gaveta, e quase 24 horas do dia, Mag ficava com ela na boca. Colo, e a voz de bebê estava sempre ali.

Bianca e eu sempre deixávamos claro a menina que a amamos e que ela era a nossa menininha e cada um tinha um lugarzinho especial em nossos corações. Isso parecia acalmá-la depois de embala-la em meus braços e enchê-la de beijos babados, como ela costuma dizer.

Havíamos ido almoçar no pier hoje, apenas eu e Mag, depois passeamos um pouco na praia e para finalizar o nosso dia de mãe e filha, fomos buscar a nossa carioca no trabalho. A noite fizemos de filmes e pizza. Como desde que engravidei não aguentava nem meia hora de filme e já dormia.

- Amor, eu estava assistindo. - murmuro com a voz grogue de sono, quando sinto minha esposa com certa dificuldade me colocar em nossa cama.

- Estava amor. - a mesma solta uma risadinha - O filme já acabou tem meia hora. Só estava limpando a cozinha para te trazer para cá.

E cansada demais para dialogar, me viro pro canto depois de soltar um "ah!" arrastado. Alguns segundos depois, de algumas movimentações, sinto Bianca se deitar atrás de mim e sua mão repousar em minha barriga.

- O bebê número um chutou, ele me adora. - sussurra a carioca no pé do meu ouvido.

- Não podemos ficar chamando eles de bebê um e bebê dois. Temos que decidir os nomes. - com um pouco de dificuldade me viro na cama.

Bianca puxa minha coberta para baixo, ergue minha camiseta e sua mão passeia lentamente pelo meu ventre. O bebê número um se mexe, enquanto o dois se mantém quietinho. O dois é mais calmo, se mexe mais quando Mag conversa com ele, mas o um é só encostar em meu ventre que chuta. Ainda estamos em dúvidas com os nomes e já estamos entrando na minha 34° semana.

- Que tal decidirmos agora? - a carioca se senta na cama empolgada.

- Tá. Vamos falando os nomes, se eles chutarem esse será. - acabo me empolgando também.

Bianca me ajuda a me sentar. Coloco o travesseiro em minhas costas. A carioca se estica na cama para alcançar o caderninho de nomes na cômoda. Sim, nós temos um caderninho de nomes. Na verdade, era o caderninho de nomes de quando minha esposa estava grávida de Mag.

- Eles não podem vir ao mundo sem nomes. - aliso minha barriga - Vamos tentar com o bebê dois.

- Certo.

Bianca começa a dizer alguns nomes devagar. E nada dele se mexer.

- Bento. Nada? - nego sorrindo - uhm, Charlie?

- Ou esse menino esta com muita preguiça, ou esta detestando os nomes, pois ele esta paradinho aqui. - coloco a mão onde esta o bebê dois.

A carioca fica com os lábios próximo a minha barriga, seu hálito quente bate em minha pele. Acabo sorrindo quando a morena começa a conversar com um dos nossos bebês.

- Hey filho dois. A momy precisa que você diga se está gostando. Hum? - e o nosso menino começa a chutar nos fazendo sorrir - Ótimo.

Depois de deixar um beijo em minha barriga, a carioca se levanta ajeitando a sua postura. Mais alguns nomes são citados por ela.

Mag's nannyOnde histórias criam vida. Descubra agora