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Bianca POV

Estávamos aproveitando o nosso último dia em Veneza. Passeamos pela cidade e fizemos uma trilha que nos levou até uma linda cachoeira. Foi cansativo, mas no fim valeu.

Na volta passamos em um restaurante, pudemos experimentar diversas massas italianas. Confesso que tinha comida italiana que nunca ouvi falar. Rafaella e eu saímos do restaurante nos sentido pesadas. Voltamos para o hotel e dormimos praticamente a tarde toda.

Assim que acordamos ligamos para nossa bebê. Mag tinha acabado de acordar de uma soneca e não nos deu atenção. Então a ligação não durou muito, nossa menina acordava toda manhosa e só queria saber de desenho.

Pegaríamos o voo no final da noite, para chegarmos de manhãzinha em São Paulo. Tomamos um delicioso banho de banheira juntas e acabamos transando ali mesmo.

- Quer passear mais um pouco? - pergunto a Rafaella que acabou de sair do banheiro dentro do seu roupão.

- Podemos ir até Burano. Sei lá, podemos passear por lá e depois jantamos.

Solto uma risadinha e me deito na cama. Puxo o travesseiro da loira e a abraço.

- Alguém andou pesquisando sobre Veneza ou teve uma namoradinha italiana no passado? - semicerro meus olhos para a loira.

-Eu pesquisei ta bom? - sorri - Mas tive uma namoradinha na época de escola que era italiana. Ela tinha o sotaque gostosinho. - morde o lábio inferior

Indignada com a sua ousadia, taco um travesseiro em minha esposa, que desvia rindo.

- Vai falando asneira, depois não aguenta.

Quando digo isso, na hora o sorriso de Rafaella morre. Vejo a mesma engolir em seco.

- O que você quer dizer com isso, Bianca? - cruza os braços

- Nada.

- Começou agora fala. Não aguento com o quê? - insistiu.

Minha vontade era de rir por ela estar toda bravinha por uma frase, mas me segurei para não deixá-la ainda mais irritada.

- Ué, você fica falando essas coisas e quando eu falo não aguenta. - dou de ombros.

Vejo a loira rolar os olhos para trás. Ela nada diz, pois sabe que é verdade. Rafaella, as vezes não sabe controlar seu lado ciumento e acaba se abalando por coisal pequena. Tá, eu sei que dei um pequeno chilique agora, mas sou uma mulher controlada.

- Você conseguiu ser babaca agora -diz depois de um silêncio.

Resolvo ficar na minha e não debater com ela. Não quero brigar por bobeira no nosso último dia de lua de mel.

Permaneço deitada, enquanto a loira se veste. Observo ela passar hidratante corporal, depois de vestir seu conjunto de lingerie preto rendado.

- Se vista logo, antes que eu desista de sair também.

- Mas ela ta brava gente. - lhe roubo um selinho e corro pro banheiro para começar a fazer minha maquiagem.

[…]

Havíamos caminhado por Burano. As casinhas de pescadores são lindas, o seu formato, mas o que mais chama a atenção são as cores vivas delas. O local parece uma grande vila. A movimentação é grande, não só por moradores, mas também tem muitos turistas.

O clima entre eu e minha esposa tinha amenizado um pouco. Caminhamos tranquilamente até achar algum lugar para jantarmos. Sua especialidade era frutos do mar que eles mesmo pescam na laguna.

- Isso daqui esta muito bom. - diz Rafaella levando a lula aos lábios. - Tato me mandou mensagem antes de sairmos do hotel.

Tomo um gole do meu vinho, e espero que ela continue. Renato nos mandava mensagem todos os dias. Tínhamos nos tornado grandes amigos, ele sempre nos pedia conselho. Ele era como o meu segundo irmão caçula, já que tenho a Iris, mesmo que não sejamos tão próximas, eu amo aquela pirralha.

- O que ele queria? - lpergunto após perceber que ela não continuaria.

- Disse que tem uma coisa muito importante para me contar, mas que só pode contar pessoalmente. Ele comentou algo com você? - deixa o talher de lado.

- Nop! - nego - Falei com ele de manhã, mas foi pelo seu celular lembra? -a loira assente

Vejo os neurônios de minha esposa queimar de tanto pensar. Acredito que mil e uma coisas se passam por aquela cabecinha.

Depois de comermos pagamos a conta e voltamos para o hotel de táxi, pois Burano ficava quase meia hora longe do hotel que estamos... E o clima entre eu e a loira parece ter voltado ao normal, o que agradeço a Deus, pois não queria terminar nossa hospedagem em Veneza em um clima desagradável.

Depois de um rápido cochilo, nos preparamos para partir. O táxi não demora a chegar. Passava um pouco mais das 22 horas da noite e nossa lua de mel chegava ao fim... Malas no porta mala e passaporte em mãos, rumo ao aeroporto.

🗼

Mais dois!  👀

Mag's nannyOnde histórias criam vida. Descubra agora