Bianca POV
Estava sentindo muita raiva no momento. Raiva de mim por deixar Bárbara me dominar daquele jeito, raiva de Bárbara por ser tão abusada, e raiva de Rafaella por sair assim sem antes conversar.
- Bia. Deixa essa garota pra lá. - Bárbara toca em meu ombro.
- Dá um tempo garota. - passo as mãos pelo cabelo - Fique longe de mim por favor. - peço caminhando até o elevador.
A mulher entra atrás de mim no elevador, o caminho até o andar de nossos amigos é feito em silêncio, mas pelo espelho vejo o sorrisinho da modelo pintado em seus lábios. Tento não entrar no seu jogo, Bárbara conseguiu destruir minha noite em segundos.
- Vocês demoraram. - diz Venturotti assim que entramos no apto - Que cara é essa Bia?
- Rafaella acabou vendo uma coisa e interpretou tudo errado. - Passo minhas unhas pela testa levemente irritada.
- Cadê ela?
- Ela foi pra casa. Eu preciso falar com ela, e resolver esse mal entendido.
Explico meio por cima para Venturotti e Miguel que acabará de se juntar a nós. Enquanto Mag esta distraída com os boizinhos que trouxe de casa.
- Melhor você ir atrás dela e resolver isso Bia. -diz Miguel -Pelo pouco que conheço da loirinha, ela deve estar te odiando já.
- Vocês ficam de olho na Mag? Mais tarde venho buscá-la.
-Fique tranquila, Bia. A Mag fica com a gente por essa noite. - Venturotti sorri. Eu agradeço aos dois e peço desculpas por não poder ficar pro jantar.
[...]
Dirijo pelas ruas movimentadas de São Paulo enquanto tento entrar em contato com a Rafaella. O celular chama, chama e nada.
- Droga, Rafa. - soco o volante parando no sinal vermelho.
Quando o sinal se abre volto a pôr o carro em movimento. Em quinze minutos estou estacionando na rua da minha namorada, tem alguns adolescentes conversando no portão da vila e um deles é o Renato, meu cunhado. Desço do carro chamando o garoto, pergunto se Rafaella esta em casa, ele diz que sim e me permite entrar, alegando que a irmã esta sozinha lá dentro.
A casa se encontra em um completo silêncio. Vou direto para o quarto da loira das covinhas. Dou algumas batidas na porta, sentindo o meu peito doer ao ouvir Rafaella chorar.
- Rafaella?! - abro a porta devagar.
- Saia daqui, Bianca. - murmura irritada.
Mesmo ela não permitindo minha entrada, fecho a porta atrás de mim. Rafaella esta sentada em sua cama com as costas na cabeceira e uma almofada lilás no colo. Seu rosto está vermelho, com os fios loiros bagunçados.
- Rafaella, nós precisamos conversar. - cruzo os braços - Aquilo que você viu não era nada do que você esta pensando.
- Claro, frase típica de traição. - a mesma solta uma risada sem vontade alguma.
- Rafaella, se escuta, olha as barbaridades que você esta falando.
- Ah! Agora é barbaridade né? Deixa de ser cínica, Bianca. - o seu jeito irritado seria fofo se não estivemos brigando pelo ciúmes de minha namorada. Rafaella se ajoelha na cama, enquanto suas mãos gesticulam no ar exageradamente.
Eu tento me aproximar, mas sou impedida por ela que me manda parar onde estou.
- Qual era a razão de me convidar para jantar com os seus amigos? Para me humilhar? - ela seca as lágrimas.
- Rafaella, me escuta. - grito fazendo a loira dar um pulo no lugar - Desculpa não queria gritar com você. Eu não tenho nada com a Bárbara, eu estava apenas conversando com ela...
- Ah, maravilha. Era a sua ex.
- Porra... Deixa eu terminar. Eu estava tentando exatamente evitar problemas com você. Mas ai ela começou com o joguinho de sempre e foi ai que você chegou, saindo sem antes conversar comigo. Sempre fui sincera com você, Rafinha. Você realmente acha que eu te trairia?
A loira olha para o chão envergonhada. Vendo que o muro que ela mesma tinha criado a sua volta caiu, me permiti aproximar e diferente da outra vez, Rafaella não me mandou parar.
- Uhm? Você acha que eu seria capaz de te trair, te amando do jeito que eu te amo?
- Não. Eu me sinto envergonhada por isso. - morde o lábio inferior.
- Olhe pra mim. - peço segurando seu queixo fazendo os seus verdes olharem para os meus castanhos - Eu amo você, jamais te machucaria. Apenas confie mais em mim.
Passo minha digital por debaixo de seus olhos, secando as lágrimas paradas ali.
- Também amo você. Só que eu sou insegura, Bianca. Você é uma mulher linda, com dinheiro, podendo ter quem quiser. Como essas modelos. E eu só sou uma menina, que cuida de sua filha.
- Você não é só a menina que cuida de minha filha. - entrelaço nossos dedos - Você é a Rafaella, minha namorada, a menina que eu e Mag amamos. E eu não quero essas modelos, eu quero você.
- Isso vai ser até quando? Até se cansar da babá aqui? - seus dedos soltam os meus. Meu corpo sente falta do seu corpo quente.
- Hey. Eu amo você. Acredite em minhas sinceras palavras. - seguro seu rosto entre minhas mãos - Rafaella eu nunca amei tanto alguém, como eu amo você.
Um lindo sorriso surge nos seus lábios. Os lábios que tanto amo. As adoráveis covinhas surgem.
- Eu gosto de ver esse sorriso. - toco seu nariz com o meu indicador - Ele te deixa ainda mais linda.
- Pare de me deixar tímida. - tenta tampar o rosto, mas eu seguro suas mãos - Eu só preciso ficar sozinha.
Assinto, eu não tinha mais nada a dizer, apenas restava que Rafaella acreditasse em mim. Tudo que eu disse foi sincero. Eu a amo, como nunca amei ninguém. Nem mesmo Diogo, e olha que eu achava que o amava. Achei que ele era a minha outra metade, mas graças a Deus não era. Mas me deu um lindo presente, Mag.
- Certo, você sabe onde me encontrar. - digo deixando um beijo no canto de seus lábios.
Kalimann me deixa na porta. Mesmo ela dizendo que esta tudo bem entre a gente, eu não me sinto cem por cento bem. Não queria estar deixando a loira nesse clima que nos encontramos agora. Só espero que esteja tudo realmente bem. E que amanhã ela se sinta mais calma e me procure.
🗼
Lista das pessoas que odeiam a Bárbara:
- Katherine

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Mag's nanny
Fiksi PenggemarBianca Andrade é mãe solteira e esta a procura de uma babá para a sua bebê Mag, uma adorável e doce garotinha. Rafaella Kalimann é filha de uma empregada doméstica, a jovem loira esta a procura de um emprego, mas não está tão fácil por sua falta d...