Rafaella POV
Me sentia indignada com a ousadia da mulher. E logo trarei de deixar claro que a carioca linda era a minha esposa, mas fiquei besta quando a mulher atrás do caixa continuou com os seus flertes baratos. Me deu uma vontade de socar a sua cara, mas me segurei por minha filha.
Só de lembrar daquela ceninha meu sangue ferve. Pra ajudar Bianca se manteve em silêncio gostando dos elogios que a outra soltava para ela. Vê se posso com uma coisa dessas?!
- Posso saber o porque desse bico? - a voz de minha noiva me tira de meus pensamentos.
A carioca mantém uma das mãos no volante, enquanto a outra toca em minha perna. Como havíamos combinado estávamos indo para o shopping depois do mercado e meu humor tinha mudado drasticamente.
- Você sabe porque, Bia. - mantenho meus olhos no trânsito fechado. A risada que minha noiva dá, só me da mais raiva.
- Baby, sério que está com ciúmes da mulher do caixa? Rafaella?
A olho rapidamente com a cara emburrada. Nossa troca de olhares não dura por muito tempo, pois eu logo desvio o olhar. Rafaella sabia facilmente como me dobrar.
- Bianca... Ai, nem vou dizer nada pra não brigar - mordo o lábio segurando minha língua, mas não consigo ficar em silêncio - Sabe o que me dá mais raiva? É que você arreganhou esses dentes pra ela.
- Estava sendo simpática. - a carioca se defende.
Fica impossível não rolar os meus olhos para trás. Pode perecer algo bobo, mas quando o assunto era Bianca Andrade, ficava impossível me segurar. A mulher é linda, bem sucedida, pode ter a mulher que quiser e ainda por cima é toda simpática, sorrindo com o seu sorriso perfeito.
- Rafaella, eu não posso ser grossa com as pessoas. Aliás ela estava elogiando a nossa filha também. - a morena me olha rapidamente colocando o carro de volta em movimento.
- Ta bom, eu não falo é mais nada. Pois eu sempre saio como a ciumenta sem motivos da relação. - cruzo os braços.
Pelo retrovisor observo Mag concentrada em seu dever de amamentar sua boneca com a sua mamadeira quase sem leite.
- Para e pensa comigo. A moça trabalha com público, ela tem que ser simpática. Então não leve isso a sério.
- Ha ha ha - solto uma risada sem vontade - Agora virou advogada e eu não sabia? Ou estava gostando das cantadas da outra, a única explicação para estar defendendo.
E sem dá a chance da outra dizer alguma coisa continuo :
- Ela estava se jogando pra cima de você. Meu Deus, a fila toda percebeu isso, só você que não. Porra, fica defendendo mesmo, fica. - meu tom de voz sobe um pouco sem ao menos eu perceber. - Mas que caralho.
(n/a: corre que ela ta putaa!- Criança no carro. - avisa a carioca negando com a cabeça - Não estou defendendo ninguém.
Fecho os meus olhos e conto até dez tentando manter a calma. Prefiro ficar em silêncio do que continuar com a discussão. A morena e eu quase nunca discutimos, mas quando acontece nunca é na frente de nossa filha.
O resto do percurso é feito em silêncio. Quando chegamos ao shopping vou direto a joalheria a procura de um relógio para dar a minha mãe, enquanto Bianca e Mah me esperam no carro. O clima entre nós não estava um dos melhores. Infelizmente, pois depois da noite maravilhosa de ontem, esperava estarmos só amor. Infelizmente não sei controlar o meu ciúmes, o que causa a maioria de nossas brigas.
- É para presente? - a mulher atrás do balcão pergunta.
- Sim. - respondo e passo o meu cartão pagando pelo relógio de pulso. - Obrigada. - agradeço logo me retirando da loja.
Logo volto para o estacionamento, onde minha noiva me aguarda.
- Pro banco de trás mocinha. - Bianca diz a Mag que se encontra sentada em seu colo brincando com o volante.
Choramingando a garotinha obedece. Me viro no banco prendendo o cinto da cadeirinha adequada para a sua idade. Minha bunda acaba ficando pro alto, e sinto o olhar de Bianca sobre mim.
- Tentação. - murmura a carioca sorrindo.
- Besta. - me seguro para não rir, pois ainda estou brava com ela.
[…]
O almoço foi feito em silêncio, bom, quase em silêncio já que Mag estava afim de conversar durante a refeição. Bianca e eu ainda não tínhamos nos entendido. Apenas falávamos o necessário.
Nesse exato momento a morena tinha ido até a casa de seus avós. Mariana estava viajando com as amigas, o que a mulher tem mais feito nos últimos meses depois de seu termino com Bruna. As duas finalmente tinham rotulado a relação delas, mas durou apenas meses até elas terminarem.. Então minha noiva passava todos os dias na casa dos avós apenas para checar como os senhores estavam, mesmo que uma senhora que trabalha a anos na casa estivesse por lá.
Mag, brincava no meio da sala com os seus brinquedos, enquanto eu assistia uma luta de Jon Jones que passava na televisão.
- Mag, dodói, Mom - A bebê me mostra o dedinho apoiando seus cotovelos em minha perna.
- Machucou o dedinho? Beijinhos para sarar rapidinho.
Encho seu dedo minúsculo de beijos, fazendo minha menina sorrir largamente. Cada dia me apaixono mais e mais por essa criança. Tenho aprendido muito sobre o que é ser mãe e cada dia aprendo uma coisa diferente.
Coloco a bebê no meio de minhas pernas e juntas ficamos assistindo a luta. Mag não demora muito a adormecer em meus braços, com o dedinho enrolado em uma mexa de meu cabelo.
- Hey, voltei. - a carioca diminui o tom de voz assim que percebe que Mag dorme em meus braços - Desculpa pela demora, meu avô quando começa a falar não para mais.
- Tudo bem. Conheço bem o vovô. -lhe digo deixando um beijo na cabeça da bebê.
Nós duas nos olhamos, parecendo duas desconhecidas, o que eu acho horrível, ainda mais por estarmos nessa situação por causa de meu ciúmes.
- Eu vou tomar um banho. - diz se retirando da sala.
- A Momy Rafs, é uma babaca Mag... Não seja uma menina ciumenta, ok? - sussurro próximo ao seu ouvido como se ela pudesse me ouvir, quando na verdade ela está desligada de tanto brincar.
🗼
Ciumenta, para de ser tão ciumenta, desse jeito nem a Mag te aguenta...
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Mag's nanny
FanfictionBianca Andrade é mãe solteira e esta a procura de uma babá para a sua bebê Mag, uma adorável e doce garotinha. Rafaella Kalimann é filha de uma empregada doméstica, a jovem loira esta a procura de um emprego, mas não está tão fácil por sua falta d...