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Bianca POV

Depois do almoço peguei o carro para ir até a casa de meus avós, como estava fazendo nos últimos dias de minha prima fora. Mari acha que viajando e gastando toda a sua mesada com bares, mulheres e sei lá mais o que em outros países vai ajuda-la a superar esse término, mal sabe ela que não. Já passei por isso quando amava Diogo e por fim terminamos, foram meses de sofrimento. Quem nunca sofreu por um termino na vida?

Quando estaciono o carro em frente a casa de meus avós, fico sentada dentro do veículo por um bom tempo pensando em algumas coisas, principalmente no ciúmes de Rafaella. Eu compreendo a loira, é algo dela esse ciúmes todo, sei que é impossível de se ter o alto controle as vezes, mas não gosto quando isso causa uma grande discussão entre nós, ao ponto de não olharmos na cara uma da outra como estavamos nas últimas horas.

Em nenhum momento correspondi aos flertes da moça do caixa. E nem arreganhei os dentes demais para ela, como minha noiva disse. Respeito Rafaella, minha filha e nossa família acima de tudo.

Me dói por estarmos nessa situação, principalmente depois da noite maravilhosa de ontem. Só espero que quando eu voltar pra casa tudo se resolva.

Antes de descer do carro, seco as lágrimas que nem havia percebido ter deixado cair. Checo minha situação no espelho e desço. Abro o portão com a minha chave reserva e como eu esperava se encontra tudo em silêncio.

- Boa tarde, Bia. - me cumprimenta Dolores, uma das ajudantes de vovó.

- Bom tarde, Dolores. 

Além de Dona Genilda, minha sogra, vovó tinha mais duas cuidadoras. Genilda e Joana que ficam durante a semana e Dolores que é apenas para os finais de semana. Para que as outras duas possam descansar.

- Cadê meus avós? - pego um copo no armário e a jarra de suco na geladeira.

- Sua avó esta descansando e seu avô esta sentado no sofá de fora.

Apenas assinto. Acabo de tomar o meu suco, passo uma água no copo e vou até vovô. Como Dolores disse, Sr. Antonio estava sentado no sofá da área de lazer e em suas mão um dos seus inseparáveis livros.

Deixo um beijo em sua testa e depois ele faz o mesmo me pedindo para me sentar ao seu lado. Nossos dedos se entrelaçam, como sempre fazíamos quando estávamos perto um do outro. Meus avós sempre foram pais para mim e Mari. Os mais velhos sempre tiveram um grande significado em nossas vidas e devemos muito ao casal de senhores.

- Como o senhor esta? - meu dedo faz um carinho no dorso de sua mão.

- Estou bem querida. Preocupado com a sua prima, mas bem. - o mesmo confessa com um pequeno sorriso nos lábios.

- Vovô, Mari vai ficar bem. Ela é uma Andrade, lembra?

- Sim, nós Andrades somos fortes. - diz orgulhoso - mas sua prima esta procurando sarna para se coçar, Bianca. Fugir dos problemas assim não vai ajudá-la em nada.

Meu avô estava certo, fugir dos problemas não era o caminho certo. O mais velho continua a falar, mas sou incapaz de entender qual é o assunto de agora, pois acabei me perdendo em pensamentos.

- Vejo que você também não esta nada bem. - diz o mais velho me chamando a atenção. - Quer me contar o que houve?

- Rafaella e eu acabamos brigando pelos motivos de sempre.

- Ciúmes? - assinto em concordância. - Ciúmes é bom, mas tem que ter um controle, pois se for demais estraga a relação. Rafaella é uma boa menina, apenas insegura demais.

Antônio estava certo, ciúmes demais estraga uma relação, só espero que esse ciúmes da minha noiva não se torne algo possessivo. Acredito que não, mas não quero que algo tão lindo que nós temos, acabe por ciúmes. Já vi muitos relacionamentos acabarem por causa disso.

- Sim, mas eu não dou motivos para tal insegurança, vovô. As vezes acho que ela não confia em mim. - desabafo deixando minha cabeça cair para trás.

- Ela já mexeu em suas coisas? Celular, bolsa, emails?

Nego, pois Rafaella nunca tinha feito isso. Nossos celulares não tinham senha, o computador era compartilhado. Sempre fomos muito abertas uma com a outra.

- Se ela desconfiasse teria mexido em suas coisas. Não é questão de desconfiança em você querida, e sim de insegurança da parte dela. Para ter ciúmes não precisa achar que o parceiro esta traindo ou algo assim.

- O senhor está certo. Só não gosto de quando brigamos. - digo chateada - Eu amo ela mais que tudo, vovô. Nunca amei tanto uma pessoa, como eu amo Rafaella. Não me vejo com outra pessoa.

- Então vá e diga isso a ela. - o homem da um tapinha em minha perna. - Diga todos os dias que a ama. Não deixe espaço para duvidas no coração da jovem Kalimann.

- Obrigada vovô.

Ficamos conversando mais um pouco. Falamos sobre diversos assuntos, me despeço do mais velho, pedindo para que de um beijo na vovó por mim.

[...]

Depois daquele diálogo estranho entre eu e minha noiva na sala, entro debaixo da ducha quente. Lavo todo o meu corpo, não me prolongando muito debaixo da água. Me seco e enrolada no roupão paro na frente da pia para escovar os meus dentes.

- Podemos conversar? - olho para a loira escancarada na porta do banheiro me olhando.

- Sim, podemos. - lhe respondo depois de lavar minha boca.

Guardo minha escova e sigo Rafaella para fora do banheiro. Prendo os meus fios úmidos em um rabo de cavalo, esperando que a loira comece a dizer alguma coisa.

- Quero pedir desculpas por mais cedo. - começa, a loira prende o lábio inferior entre os dentes, enquanto seus braços se cruzam na frente do corpo - Eu só fiquei com raiva, e quando vi já tinha explodido.

- Raiva do quê? De mim?

- Não, Rafaella, da mulher, ela estava dando em cima de você - seu tom de voz aumenta - Desculpa. - pede quando percebe o que esta fazendo.

Seguro em sua mão, nos guio até a beira da cama, nos sentando lado a lado.

- Eu não gosto que fiquemos brigadas. Passamos o dia todo nos tratando como duas estranhas... Eu amo você, não me vejo ao lado de outra pessoa. Vamos nos casar daqui a poucos meses, vamos dizer sim uma a outra no altar. Você ainda tem duvidas do meu amor por você?

- Não, eu nunca tive dúvidas que você me ama. Como já te disse antes, as vezes não consigo controlar o meu ciúmes e acabo explodindo. - a loira desvia o olhar do meu.

Eu realmente não sabia mais o que dizer. Tivemos tantas vezes essa conversa, depois de brigas por ciúmes... Coloco uma mexa de seu cabelo para trás da orelha e seguro seu queixo entre os dedos fazendo minha noiva me olhar nos olhos.

- Eu sei que sim meu bem, não te julgo. Só não quero que briguemos por isso. - a loira assente - Eu te amo. - beijo a ponta de seu nariz, depois seus lábios.

O sorrisinho fofo que surge em seus lábios me faz sorri junto. Meus dedos fazem um carinho em sua bochecha, logo tomando os seus lábios em um beijo cheio de desejo.

- Isso é um sim ao meu pedido de desculpas? - Rafaella pergunta findando o beijo.

- Sim, meu amor. - volto beijá-la trazendo o seu corpo para o meu colo.

Subo minhas mãos para dentro de sua camiseta, fazendo a loira mexer o quadril quando meus dígitos apertam seus mamilos.

- Quantos minutos temos até Mag acordar? - pergunto mordiscando sua orelha.

- De 20 à 30 minutos. - prende o lábio inferior entre os dentes.

- Ótimo - e sem pensar duas vezes, jogo o corpo de Rafaella na cama arrancando um gritinho da jovem.

🗼

E hoje é só OI,  TCHAU... 

Mag's nannyOnde histórias criam vida. Descubra agora