6.

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Rafaella POV

Sai da casa de Bianca tropeçando em meus próprios pés. Eu ainda podia sentir o toque de sua mão quente em minha bochecha. Eu estava começando a sentir coisas por Bianca Andrade, que eu não deveria sentir. Quais seriam as chances dela sentir o mesmo por mim?

Corri para o ponto de ônibus, quase perdi o ônibus que estava indo para o Jardins. Cheguei em casa totalmente aérea a tudo que estava sentindo nos últimos dias. E hoje, aquele toque tão íntimo de Bianca tinha mexido completamente com os meus sentidos.

- Que cara de quem fumou um é essa maninha? - foi a primeira coisa que o meu irmão perguntou assim que pus os pés dentro de casa.

- O quê? - balancei a cabeça ainda perdida. Deixo a bolsa em cima do sofá, e me sento.

- Rafaella, você esta me assustando. Vamos lá me diga o que aconteceu. Você foi demitida?

- Não Renato. - neguei com a cabeça - Eu só, sei lá. Lembra quando me apaixonei pela sua professora de Biologia e depois começamos a namorar?

- Claro. Como me esquecer, fui zoado na escola por isso. - o mais novo revirou os olhos -Mas porque esta falando disso agora?

Me viro para ele, que agora esta sentando ao meu lado. Renato me analisa com seus olhos castanhos brilhantes.

- Essa foi a última vez que me apaixonei. Eu acho que estou apaixonada por minha chefe. - mordo o canto de minha unha.

- Ah não, isso é ruim né? - balanço a cabeça que sim - O que você vai fazer?

- Nada, eu só vou seguir a minha vida. Não conte pra mamãe ta OK? Eu não posso perder o meu trabalho.

- Boa sorte, maninha. Qualquer coisa pode chorar em meus ombros. - o mesmo bate nos próprios ombros me fazendo sorrir.

- Obrigada, pirralho. - deito a cabeça em seu ombro e ficamos ali no silêncio da sala.

Como eu me deixei me apaixonar por Bianca assim?  Não faz nem faz dois meses que a conheço. E para piorar ela é a mãe da Mag, mãe da criança que eu cuido.

Passei o resto da tarde pensando na carioca, pois a minha tentativa de não pensar nela não deu certo. Renato e eu resolvemos preparar um jantar especial pra mamãe, ela sempre chegava do serviço cansada, e mesmo assim cozinhava com um grande sorriso para nós. Quando ela chegou e encontrou o jantar pronto, seu sorriso foi imenso. Com certeza faria isso mais vezes.

- Como foi no trabalho querida? -perguntou mamãe sentada na ponta da mesa.

- Foi tranquilo como sempre. - disse simples. E repreendi o sorrisinho provocativo do meu irmão - Mag, começou a falar palavras novas, além de na na na - sorri ao falar
da pequena.

Minha mãe sorriu, a mesma tinha um carinho imenso pela menina. Quando os senhores Andrade tomavam conta de Mag, mamãe os ajudava.

- Mag é muito parecida com Bianca. A Sra.  Andrade me mostrou algumas fotos dela pequena, e a menina é todinha Bianca. bebê - contou mamãe empolgada.

- Elas são muito lindas. - soltei um suspiro apaixonada. Dona Genilda me olhou desconfiada, e eu logo tratei de disfarçar - Amanhã podemos fazer algo em família, fora de casa?

- Ótima idéia. Que tal assistirmos um filme no cinema e depois um rodízio de pizza?

A idéia veio de Renato. Ele sempre tem as melhores idéias, por isso que ele é a minha pessoa. Fizemos o nosso famoso toquinho bizarro comemorando o momento, e mamãe acabou rindo de nós dois como sempre.

Mag's nannyOnde histórias criam vida. Descubra agora