Capítulo 24

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𝐇𝐄𝐋𝐎𝐈𝐒𝐄

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𝐇𝐄𝐋𝐎𝐈𝐒𝐄

Me sentia medrosa demais em frente aquela porta. Tinha se passado alguns dias desde o evento catastrófico da Netflix, nenhum dos dois tomou o primeiro passo, acho que não aguentamos ceder naquele momento, e pensando bem... aqui, agora em frente a seu apartamento em Londres, eu talvez não estivesse pronta.

Mas o tempo não vai esperar por ninguém, ele é bem cruel às vezes. E agora tenho apenas um dia para embarcar, ou não, em um avião.

Bato na porta com pressa, na realidade estou quase torcendo para que Lando não esteja em casa, que ele tenha saído para um retiro de atletas estressados e rebeldes ou algo assim, apenas para não ter que encará-lo com o misto de raiva e tristeza nos olhos novamente. Para meu azar ele a abre com mais pressa ainda, e arregala os olhos para mim.

— Oi— aceno e minha respiração acelera com a tensão.

— Oi— ele responde, e sorri, sorri?— Entra— indica e o sigo até a sala, ficamos em silêncio e a tensão quase me sufoca. O que diabos foi aquele sorriso?

Lando se senta no sofá, está com sua calça azul quadriculada de pijama— minha favorita— e uma camiseta preta, o dia estava chuvoso então imagino que esteja assim o dia inteiro. Não parece nervoso, mas eu estou tremendo como um pinscher quando ele bate a mão no lugar a seu lado para que eu me sente.

— E então?— questiona, sua expressão e tom estão pacíficos.

— Eu tenho um dia pra decidir— me remexo desconfortável entre as almofadas.

— Eu sei— diz simplesmente.

O que esse garoto tomou? Está tão calmo quanto um monge.

— Eu não faço a mínima ideia do que fazer...

O piloto sorri novamente mas agora seus olhos verdes estão inundados, quero me bater por deixá-lo assim. Para minha surpresa ele desliza as mãos por minha cintura e comprime meu corpo contra o seu, a sensação é incrível e acolhedora,  me entrego deixando minha angústia rolar pelo meu rosto com lágrimas quentes.

— Essa foi a única coisa que eu pensei nesses últimos dias e ...você tem que ir, Helo.— sussurrou entre meus cabelos e logo em seguida empurrou meus ombros com leveza, para que encarasse meus olhos da forma mais intensa e assustadora que existe.— Eu quero que você me ame, me ame pra sempre, eu não posso ser o que te impede de realizar seu sonho. Nunca me perdoaria se fizesse isso.  Eu tive que tomar essa decisão  uma vez e doeu te deixar para trás, mas me trouxe até aqui. Agora é sua vez, sua vez de conquistar o que sonha.

Meu peito se aperta entre minhas costelas, a tristeza em suas palavras reverbera em mim, todos meu corpo dói... dói por saber que ele está certo.

— Não é justo— choramingo como uma criança, mas não me importo de parecer uma agora, queria fazer birra para o mundo para que ele deixe de ser injusto.

18•Lando NorrisOnde histórias criam vida. Descubra agora