Capítulo 18.

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𝐇𝐄𝐋𝐎𝐈𝐒𝐄

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𝐇𝐄𝐋𝐎𝐈𝐒𝐄

Com uma poça de nervos e expectativas desci todos os demorados 13 andares de meu prédio. Ao fim disso saberia que o encontraria na mesma, ou pior, situação. O céu estava claro, com um sol insistente ao pino, o táxi esperava pacientemente por mim pelos últimos minutos, estava pronto para me levar ao aeroporto, onde Lando insistiu que o encontrasse.

Era isso, nosso primeiro encontro. Ainda não conseguia dizer em voz alta, parecia tão estranho, não soava bem... normal.

Encarei o carro por uns minutos antes de finalmente puxar a maçaneta e cumprimentar o motorista. Indiquei o local e estávamos partindo, passando pelas ruas de Londres, a pequena vizinhança onde crescemos juntos. Minhas pernas tremiam por debaixo de meu vestido verde e florido.

Sequer sabia onde iríamos- o que era incrivelmente estressante para uma controladora como eu.

— Senhorita?— chamou, me encarando pelo pequeno espelho retrovisor.— Infelizmente tem um engarrafamento aqui, não consigo me mexer estamos cercados de carros, talvez demore um pouco ...

Bufei, claro que algo aconteceria, ou não me chamo Heloise.

— Tudo bem, obrigada por avisar.— respondi, tentando manter a atitude positiva, o que não era nada fácil já que esse era apenas o começo de um longo dia.

Digitei com pressa uma mensagem a Lando, sem resposta imediata, decidi parar de encarar meu telefone e me ajeitar na janela. Pensando ali, enquanto encarava os carros buzinando estressados presos em um trânsito de uma sexta qualquer, o que estava prestes a acontecer. Era terrivelmente assustador.

" Tudo bem, te espero aqui :) "

Sorri para mensagem, como se de alguma forma ele soubesse que eu sorri a ela. Gostava de pensar que ele sabia.

Os minutos se acumularam dentro do carro, se tornaram duas horas andando em uma velocidade que chamo de "quase parando" - a conheço bem já que era essa que minha mãe usava quando dirigia o carro para me levar a escola. Quando, finalmente, cheguei ao aeroporto pude respirar novamente.

Sendo sincera, eu sei eu estava respirando, mas não como no minuto em que coloquei meus tênis brancos naquele chão riscado por rodinhas de malas.
Era uma respiração aliviada, leve, me fazia flutuar.

"Estou aqui."

"Portão 5, rápido, Helo!!!"

Trombei em famílias e caras engravatados pelo caminho, minha própria maratona que em outros contextos pareceria como uma cena de filme romântico onde a mocinha quer impedir o mocinho de se mudar ou algo assim. Mas não somos isso, nem sei o que somos, mas com certeza não isso.

Lando está recostado em uma pilastra, a placa "Portão 5" grita em um amarelo acima de si, ele demora a perceber que estou ali, apenas o observando. É tão bom observá-lo.

18•Lando NorrisOnde histórias criam vida. Descubra agora