Capitulo 16.

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𝐇𝐄𝐋𝐎𝐈𝐒𝐄

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𝐇𝐄𝐋𝐎𝐈𝐒𝐄

Ok, vou admitir logo, estou enrolando Lando desde que ele apareceu na minha porta me chamando pra um encontro. Claramente não porquê eu não quero sair com ele, mas convenhamos que o clima ficaria muito esquisito se fosse tudo horrível. E poderia apostar que também ficaria pior se fosse maravilhoso.

— Heloise, minha periodista favorita!— Sainz entra animado em minha sala, está vestindo as cores de nossa scuderia, com os cabelos brilhantes e um sorriso torto.

— Carlos Sainz, meu segundo piloto favorito.— respondo e recebo uma careta engraçada enquanto ele se apoia em minha mesa.

Antes que ele abra a boca tenho algumas impressões do que pode ter motivado sua presença inusitada, algo grita que isso é uma intervenção, o piloto vindo até aqui, em seu horário livre, me convencer a finalmente sair com meu melhor amigo.

— Então...

Ele se ajeita, passa os dedos pelo próprio cabelo e enfim diz:

— Heloise, você sabe o que estou fazendo aqui.— diz na lata e me encolho na cadeira.— Ele está sofrendo, é bem horrível de ver.

Engulo a seco quando ele pronuncia, sofrendo, eu também estou. Afinal eu disse sim, mas ele tornou impossível dizer não parado com olhos verdes em frente a meu apartamento. Completamente injusto parecer com ele e pedir algo a alguém.

E muito mais fácil desistir quando não o tenho a minha frente, ou seus olhos verdes intensos me fitando, muito menos o sorriso puro que ele lançou depois que eu murmurei um sim. Claro, muito mais fácil agora que apenas encaro as paredes no escritório que me enfurnei.

— Sainz, eu só estou muito ocupada pra isso agora.— me justifico e ele da uma risada com um "rá" no fim.

— Claro, e quando vai parar de fugir? Alguma previsão? Sério Heloise, vamos señorita vocês dois são inevitáveis.— comenta lançando os olhos negros em mim.

— Não sei.— admito e ele suspira.— Posso falar com ele, eu quero... mas não sei.

O espanhol se levanta e da um tapinha em meus ombros, me sinto uma criança, mas incrivelmente melhor.

— Eu sei, eu sei.— conforta com um sorriso contido.— Apenas siga seu coração.— larga por último antes de sair pelas portas brancas.

Me encosto totalmente na cadeira giratória, encarando o teto pensando o que Harry Styles faria no meu lugar. É uma tática reconfortante que gosto de usar quando estou tão ferrada quanto ele parece ser, chego a conclusão que ele provavelmente comporia uma música, mas como não faço ideia de como escrever uma eu apenas suspiro cansada.

Eu odeio ter tanta dúvidas.
Odeio o medo de perdê-lo novamente, odeio que ele não saia da minha cabeça.
Estou em uma poça de ódio quando meu celular vibra em cima da escrivaninha.

18•Lando NorrisOnde histórias criam vida. Descubra agora