Capítulo 15.

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𝐿𝐴𝑁𝐷𝑂

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𝐿𝐴𝑁𝐷𝑂

Encarando a terceira caixa de ceral, que poderia jurar que era idêntica a ao seu lado, cheguei a duas conclusões .

Super Mercados eram entediantes, e eu odiava fazer compras sozinho.

Bufei para as pequenas rosquinhas coloridas estampadas na caixa em minha mão, na realidade, muitas coisas normais pareciam mais chatas que o comum ultimamente- algo relacionado com o fato de eu não conseguir falar com Heloise, por mais de cinco minutões, sem um silêncio estranho se instalar.

E eu tinha tanto a dizer, mas sentia que toda vez que queria dizê-las, era silenciado.

Decidi pegar o celular em meu bolso, eu estava na casa de meus pais esse final de semana, já que tinha reuniões no QG da Mclaren, em Londres. Então, ela estava aqui também, talvez pudesse a encurralar entre o setor de doces e artigos para festas, e finalmente, dizer o que está entalado em minha garganta. Literalmente, sinto que estou engasgando há semanas.

O telefone toca algumas vezes, posso imaginar ela franzindo a pele delicada de seu rosto, enrugando o nariz desenhado, e tentando chegar a algum verídico.

— Err...oi Lando.— soou confusa, como a expressão que visualizei em minha cabeça indicava que estaria.

As vezes a conheço tanto que chego a ter medo. Não quero parecer um doido ou algo assim, mas quando se cresce dividindo todos os brinquedos que tem, isso cria um vínculo difícil de quebrar.

— Por acaso sabe o que são esses Raibow Nuts?— questionei e a ouvi rir.

— São cereais de criança eu acho... por que exatamente?— agora ela quem questionava.

Balancei a embalagem, tentando ver se identificava os marshmallows que eu gostava de comer nos meus dias de folga, que eram raros, e que o nutricionista me liberava uma refeição como essa.

— Queria comprar cereais, sabe pro meu dia livre, mas eu não sei bem qual eu gosto.— contei ainda encarando as prateleiras reluzentes do supermercado, esperei que ela dissesse algo como "estou indo ai te ajudar" ou "pode me buscar em casa?", ou,no melhor cenário possível, "sim Lando eu também estou com saudades de você, eu também sou apaixonada por você desde sempre, vem me buscar!"

Mas, pessoalmente, acho que esse era meio fantástico demais para acontecer comigo.

— Acho que você gostava daqueles com passarinhos...— sugeriu, e tive que conter um bufado de decepção.

— Peeps? — questionei, agora com o passarinho amarelo em mãos, ele me olhava como se caçoasse de mim. Haha humano covarde, nem tem coragem de falar com ela- ele dizia com os pequenos olhos , pretos como azeitonas, me julgando.

— Acho que sim, Norris, preciso ir, tenho trabalho acumulado.— se explicou, embora algo me dissesse que aquela era apenas uma desculpa para desligar o celular mais rapidamente.

18•Lando NorrisOnde histórias criam vida. Descubra agora