Capítulo 21.

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𝐇𝐄𝐋𝐎𝐈𝐒𝐄

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𝐇𝐄𝐋𝐎𝐈𝐒𝐄

Quando abri os olhos senti um peso me acometer, um braço transpassava por toda minhas costas e uma mão estava pendurada próxima a meu rosto. Quase cedi ao instinto natural de esmurrar o engraçadinho que fazia aquilo, mas a realidade voltou a mim e percebi que se fizesse isso estaria socando meu namorado, que babava no travesseiro agora.

Namorado, aquela palavra ainda parecia estranha na minha boca. Toda as vezes que tentei pronunciá-la senti formigamentos na língua.

Lando Norris era meu namorado. É, existem formas piores de acordar.

Afastei seu braço de mim, e deixei um beijo entre seus dedos antes de pousá-los na cama novamente, o britânico tremeu o canto de seus lábios e suspirou mas voltou a dormir como uma criança babona. Sempre fui uma pessoa matutina mas confesso que agora os lençóis pareciam muito mais chamativos, me forcei a levantar de uma vez coçando meus olhos com preguiça.

Café, eu precisava de café.

O apartamento de Lando era enorme, e eu ainda me sentia um pouco intimidada passando pelos cômodos como uma formiga perdida, apenas arrastando minhas meias felpudas cor de rosa pelo chão laminado tentando não parecer tão deslocada.

Pra que diabos ele precisava de um lugar tão grande?

Mas a parte boa de uma casa grande é que a cozinha seguia o mesmo padrão, e ... bem ela podia ser descrita como familiar. Esquentei a água na chaleira - que eu podia ver que nunca tinha sido usada - e passei o café fazendo o cheiro maravilhoso invadir minhas narinas.

Continuei meu pequeno tour agora com a caneca em mãos, trombei com a bateria que infernizava os vizinhos de Lando, mas era notável o quanto fazia o meu coração bater mais forte nas últimas semanas, e finalmente cheguei à varanda. Senti minha pele exposta arrepiar com a brisa matutina de Londres, a cidade ainda despertava lentamente e com preguiça, e a vista era incrível.

— Você sabe que a gente tem uma máquina de café não é?— sua voz estava cheia de sono.

Me virei encontrando o piloto ainda com sua calça xadrez de pijamas, e o rosto amassado de travesseiro.

— Norris, primeiro que a máquina é sua, segundo eu prefiro o gosto de feito em casa.

— Você me machuca falando assim.— brincou colocando a mão sob no peito como se sentisse algo no coração. Roubou minha caneca por alguns segundos e bebericou o líquido amargo, fez uma careta como se provasse a pior coisa do mundo, e a devolveu.

— Ah, você é tão dramático.— provoquei sorrindo e deslizei meus braços por seu pescoço.

— É meu signo, às vezes Escorpianos são intensos demais.

— Eu não deveria ter te ensinado sobre signos, você parece uma revista adolescente agora.— brinquei torcendo meu nariz em reprovação.

— Ai esses sagitarianos, tão insensíveis.— rolou os olhos me fazendo rir.— Gostei da camiseta.— sorriu encarando diretamente a peça roubada de seu guarda roupas.

18•Lando NorrisOnde histórias criam vida. Descubra agora