Capítulo 4

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Voltei amores.

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Boa leitura....

GABRIEL:

Observo a mãe de Julia conversar com Eve e percebo que Julia está lá dentro há algum tempo, me sento em uma das cadeiras disponíveis na recepção e no celular faço algumas ligações sobre a Empresa, e suspiro cansado sabendo que amanhã voltarei a trabalhar.

Ser CEO e administrar um conglomerado de empresas sempre foi o sonho de meu pai, mas ele se foi antes de conseguir realizar seu desejo, e como filho mais velho desde pequeno acabei adquirindo o mesmo desejo, confesso que é um trabalho cansativo, mas foi o que eu sempre quis.

Suei e trabalhei bastante para conseguir chegar onde cheguei hoje em minha carreira, sacrifiquei momentos felizes e importantes de minha vida para chegar aqui, e logo volto a me lembrar de Maya, a deixei pelo desejo cego de poder, e confesso que me arrependo disso até hoje.

Mas é passado, e não há como mudar o que já se passou, aprendi com meus erros e pretendo não comete-los nunca mais em minha vida, cair e com um enorme esforço consegui levantar e não pretendo cair novamente.

Ouço a voz de Julia e logo levanto a cabeça para olhá-la, ela conversa sorrindo com a mãe e logo constato que seu amigo deve estar bem, agradeço mentalmente e a vejo caminhar até mim de mãos entrelaçadas com Eve, me levanto esperando suas próximas palavras.

-Ele está bem e espero que continue assim. - ela diz e assinto com a cabeça.

-Sua bolsa está em meu apartamento, posso te entregar amanhã na Empresa ? - pergunto vendo sua expressão neutra.

Sei que ela está como eu, não sabe qual reação esboçar e o que falar, me sinto do mesmo jeito.

-Sim, obrigada - a vejo se agachar em frente a Eve e se despedir da pequena.

Minha menina abraça Julia e pergunta quando ela o verá novamente, confesso que senti vontade de perguntar isso, mas minha filha já fez o trabalho, Julia respira fundo e diz que logo a verá, uma alegria e ansiedade enche meu coração em saber disso.

-Nós vemos amanhã ? - pergunto e ela assente com a cabeça e diz:

-Me desculpe mais uma vez. - e logo seus braços rodeiam meu pescoço, surpreso retribuo o afeto e digo com sinceridade:

-Sou eu que te devo desculpas. - desejaria um beijo como despedida, mas acho que é muito, então me contento com seu abraço.

E em alguns minutos depois eu e Eve estamos saindo do hospital, os dois tristes e já sentindo saudades de Julia, ela queria devolver as chaves do meu carro, mas deixei com ela pois não queria que elas fossem a pé ou de outro jeito.

Percebendo a tristeza de minha filha propus um passeio pelo shopping com Eve, tentando anima-la, já que eu deveria trabalhar apenas amanhã, então restava uma tarde inteira com minha pequena.

Quando finalmente chegamos ao shopping da cidade, caminhamos pelos corredores e levei Eve para umas lojas de brinquedos, e após ver a montanha de brinquedos e bonecas de vários tipos e formas o humor de minha filha mudou um pouco, mas a saudade ainda estava lá.

Mesmo em pouco tempo Eve se apegou muito com Julia e fico feliz que o sentimento seja recíproco, sem dúvidas, Julia é a mãe que Eve sonhou em ter um dia, antes de conhecer Julia, minha filha vivia me perguntando quando teria uma mãe de eu, sem jeito e sem conseguir responder aquilo falei que um dia, um dia uma mãe perfeita lhe daria todo o amor materno que lhe faltou, e esse dia chegou, Julia apareceu como um anjo em nossas vidas.

Eve escolhe algumas bonecas e ursos de pelúcias, depois de comprar os brinquedos escolhidos por ela, continuamos caminhando pelos corredores repletos de pessoas, e decidimos parar na área de alimentação para comer algo em um dos restaurantes.

Enquanto nos acomodamos na mesa e Eve escolhe o que pedir, pego meu celular e verifico se há alguma mensagem ou ligação de Julia, antes de sair do hospital falei para ela me deixar sempre informado sobre o estado de seu amigo e se precisasse de alguma coisa era só me ligar ou deixar uma mensagem para mim que eu a ajudaria com o que precisar.

Mas não há nenhuma ligação ou mensagem dela, suspiro e guardo o celular, e decido o que pedir, almoçamos e Eve me conta sobre os amiguinhos que ela fez na escola, por causa do meu trabalho que estava ocupando quase todo meu tempo nos últimos tempos, aproveito para conversar sobre coisas simples com Eve, uma conversa tradicional entre pai e filha.

Após terminarmos nossa comida, pago a conta e saimos do restaurante e quando levanto os olhos sinto um arrepio em meu corpo ao ver uma mulher morena do outro lado do shopping.

Maya ? 

Assustado pego a mão de Eve e caminho apressadamente até onde vi a mulher de cabelos negros, com um fisionomia idêntica a de Maya, sei que isso é impossível e que pode ser minha mente me pregando uma peça, talvez eu esteja imaginando coisa após passar a noite de ontem relembrando dela.

-Papai, o que está acontecendo ? - Eve me pergunta e procuro a mulher ao meu redor, mas não há nenhuma mulher parecida com a que eu vi.

-Nada meu bem, papai pensou que tinha visto uma amiga, mas não era ela. - suspiro controlando minha respiração descontrolada.

-Vamos voltar querida. - volto a pegar em sua mão e ainda angustiado caminhamos para a saída do shopping, está no final da tarde então dirijo até meu apartamento, preciso descansar, amanhã será um dia cheio e cansativo.

Quando chegamos vou para meu escritório adiantar algumas coisas para amanhã enquanto Eve brinca com seus novos brinquedos em seu quarto, ainda em choque com o que imaginei ver pego a garrafa de bebida que deixo quando estou precisando relaxar, pego um copo e encho e logo levo o liquido aos lábios, sentindo o sabor do amargo do álcool por minha garganta.

Deus, devo estar ficando louco ou imaginando coisas que são impossíveis, ligo meu computador e decido trabalhar, preciso me distrair ou enlouquecerei.....

Gostaram ?

Comentem muito, votem e me sigam por favor amores....

Até o próximo capítulo.

ME AMEOnde histórias criam vida. Descubra agora