Capítulo 58

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Feliz ano novo!!

No próximo capítulo vocês vão descobrir o culpado pela morte de Maya.

GABRIEL:

Meus olhos se enchem de lagrimas implorando para serem derramadas, ouço tumultos e corro na direção onde vários bombeiros e socorristas se reúnem ao redor de uma ambulância.

Sinto meu corpo gelar e estremecer quando vejo o corpo imóvel e molhado de Julia sendo retirado da água e sendo colocado numa maca.

Grito e corro mais rápido, mas braços fortes me seguram, empurro todos e me esforço para aproximar, o corpo pálido e gélido me causa terror, toco sua mão percebendo seu corpo sem nenhuma reação.

— Sinto muito, Senhor, ela se foi... — um grito horripilante sai da minha garganta enquanto choro.

— Volta para mim. Não me deixe...— puxo-a contra meu peito, ela não se mexe, não respira, seus olhos permanecem fechados.

— Não! Volte para mim! Vamos, meu amor, volte para mim! — peço deixando as lagrimas rolarem soltas.

— Acorde, Julia! Acorde, amor! — começo a combinação de respiração boca a boca e massagem tentando desesperadamente enviar oxigênio para seus pulmões.

— A retiramos da água tarde demais, sinto muito! — sinto um toque em meu ombro, mas nego com a cabeça desesperado.

— Ahhhhhhhhhh! — grito com toda força de meus pulmões caindo de joelhos sobre o asfalto da estrada.

Olho para o céu, e completamente fora de mim, eu grito com Deus:

— Não se atreva a levá-la de mim, agora! Não vou deixar isso acontecer, porra! Não a tire de mim! — berro encarando o corpo de Julia sem reação ou movimento nenhum.

— Eu te imploro, eu a amo mais do que tudo na vida, não faz isso comigo!

Me coloco de joelhos sobre asfalto e abaixo a cabeça em submissão.

— Me leve! Minha vida pela dela, por favor! — cubro o rosto abafando gritos de dor e derrota.

— Por que leva as pessoas boas de mim? Por que me faz sofrer tanto a esse ponto? Me diz! — sussurro soluçando abraçando meu próprio corpo sentindo meu coração despedaçado.

Levanto a cabeça vendo que a imagem sumiu ao meu redor, ao longe dois caixões estão abertos, ainda com o choro engasgado na garganta me forço a me aproximar.

Quando meus olhos pousam nos dois rostos familiares sinto o equilíbrio se esvair do meu corpo, caio de joelhos novamente.

— Me perdoe, meu amor. — Beijo a testa de Julia que descansa imóvel dentro do caixão.

— Me perdoe por fazer isso com vocês...— choro observando Maya deitada no outro caixão.

Repito a declaração e pedidos de perdão mil vezes, nada mais me importa, eu as perdi, tudo foi minha culpa...

— Vocês se foram por me amar, parece que tenho uma maldita maldição, viver com a culpa pelo resto de minha vida será o meu maior castigo...

Com a dor imensa da perda dentro do peito, soco o chão sobre mim com força, a dor em meus punhos não são nada comparadas a dor que sinto na alma.

— Meu coração estava quebrado, mas você juntou todos os pedacinhos e me consertou aos poucos, sua ousadia me encantou, fiquei fascinado desde o dia que te vi pela primeira vez naquela Universidade, de quando a salvei em meus braços de ser atingida por um carro, foi ali, me apaixonei perdidamente por você Julia, sei que no começo você me odiava, acredite, eu também queria odiar, seria mais fácil, mas te odiar era impossível...

ME AMEOnde histórias criam vida. Descubra agora