Capítulo 11

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Tenho lutado contra a minha mania de guardar tudo para mim todos os dias que tenho um problema.

O que não é fácil para alguém que fez isso a vida toda. Mas eu tento e continuo tentando.

Sei que a nossa relação é ótima e que eu posso contar com a Elisabeth para qualquer coisa, ela sempre vai dar um jeito de me ajudar ou vai pelo menos tentar.

Mas eu não queria preocupá-la com assuntos da empresa, quando ela já tem coisas demais na cabeça. Eu sei que ela está cansada tanto quanto eu e não queria cansar ela ainda mais com esses assuntos.

Entretanto também sei o quanto não dividir os meus problemas, não me comunicar, não me abrir com ela a deixa chateada.

Sei que a intenção dela é boa, sempre boa. Mas a minha também é.

Não é como se eu tivesse escondendo algo dela, eu só não queria lhe dar ainda mais coisas com o que se preocupar.

Agora, como se não bastasse o estressa da empresa, as noites mal dormidas por conta da minha princesinha escandalosa, tenho que lidar com um bacaca infernizando as nossas vidas com aquelas mensagens.

Nem a base de remédio para dor de cabeça eu consigo.

Quando meu celular despertou as sete o procurei rapidamente para desativar o toque antes que a Violet acordasse.

Respirei fundo e passei as mãos no rosto.

Olhei para o lado coçando os olhos e encontrei um par de olhos castanhos me olhando.

— Oi. - eu disse me inclinando na direção dela para lhe dar um beijo na testa. — Tudo bem? Teve outro pesadelo?. - eu perguntei.

Ela balançou a cabeça em negativo.

Os dedos estavam encostados em seus lábios, o cabelo espalhado no travesseiro e o edredom estava cobrindo o seu corpo dos ombros para baixo.

— O que aconteceu então? Por que já está acordada?. - eu perguntei me virando para ela.

— Não consegui dormir depois que a Violet acordou da última vez. - ela disse baixinho.

— E ficou acordada me olhando dormir?. - eu perguntei e ela afirmou me fazendo sorrir. — Por que não me acordou? Eu te fazia companhia. - eu disse.

— Você estava cansado. - ela disse.

— Você também está. - eu disse acariciando seu cabelos. — Tá tudo bem?. - eu perguntei.

— Estava pensando... - ela começou a falar, mas logo parou.

— Pensando em que? Me conta. - pedi.

— Nas mensagens que a gente tem recebido, e no que você disse ontem sobre não sabermos se a pessoa quer nos machucar ou não. - ela disse e então parou de novo.

Eu respirei fundo, porque sabia onde ela iria chegar.

Ela iria chegar na Medeline e no Ethan e no meu sequestro.

Não queria vê-la preocupada com isso, mas é algo com o que devemos tomar cuidado. Por isso já chamei o Frank, para evitar que chegue àquele nível.

Dá para sentir o medo dela gritando. Aquele dia ainda a assombra e eu entendo. Mas não queria vê-la assim.

— Continua. - eu disse baixo.

— Você acha mesmo isso?. - ela perguntou.

— Lise... Eu não faço ideia, mas não quero arriscar, por isso coloquei o Frank na sua cola. - eu disse. — Por mais que você não goste. - completei dando um sorriso tentando tranquilizar ela.

The Contract - continuação..Onde histórias criam vida. Descubra agora