Não consegui dormir. Não sem acordar minutos depois assustada, suando e tremendo de medo por conta dos pesadelos.
Por conta do meu histórico de ter pesadelos e sonhos ruins sempre que algo de ruim acontece, eu meio que já esperava que isso fosse acontecer.
Em algum momento durante a madrugada, se não me engano, depois de acordar do meu terceiro pesadelo desisti de pegar no sono. Concluí que não conseguiria dormir de verdade e que dormir por vinte minutos e acordar assustada não valia a pena
Christopher estava apagado no sofá pequeno do quarto, todo encolhido para caber lá e ver aquilo me fez sorrir, mas também me fez sentir dó dele. Coitado, com certeza está desconfortável e com certeza vai acordar cheio de dor.
Violet por sua vez, está tranquila, confortável e com muito espaço ao meu lado. Ela não está mais agarrada ao meu vestidinho, mas continua com o corpinho bem próximo do meu.
Talvez ela tenha deixado de segurar por estar sentindo o toque da minha mão em sua coxa.
Não sei que horas são. Só sei que está escuro, exceto pelo corredor que ainda continua iluminado pelas luzes que continuam acesas. E apesar de sempre ter enfermeiros passando para lá e para cá, até que é bem silencioso.
Dá última vez que estive internada em um hospital, se não me engano foi para ter a Violet. Lembro que Christopher estava bem mais apavorado do que eu, ele estava tão pálido que acharam que ele iria desmaiar, até mediram a pressão dele.
Pensar nisso me fez sorrir e levou meu olhar de volta ao meu marido.
Ele está deitado de lado com os braços cruzados, suas pernas estão bem encolhidas para que caibam no pequeno sofá em que ele está deitado.
O ferimento no seu rosto parece bem melhor do que os que tenho em mim.
Pelo menos não está doendo tanto quanto ontem, é claro que ainda dói, mesmo que ninguém esteja tocando, mesmo que a Dra. Sanchez não esteja apertando e pressionando, ainda dói. E sei que provavelmente vai doer por mais alguns dias, talvez semanas.
Talvez, na verdade, continue doendo até que suma por completo. E talvez... Talvez mesmo depois de sumir continue doendo, não por fora, não na minha barriga toda, ou perto do meu estômago, mas dentro. Talvez continue doendo dentro de mim por mais um tempo, um bom tempo...
Ainda não consigo acreditar no que aconteceu, mesmo sabendo que o Christian não era boa pessoa, eu nunca, nunca imaginei que ele faria uma coisa dessas.
Queria ter algo para me distrair. Meu celular deve ter sido levado pela polícia como prova por conter mensagens e provavelmente não vou voltar a vê-lo tão cedo, isso se eu voltar a vê-lo.
É claro que não trouxeram meu notebook e é claro que Christopher não trouxe o dele. Ele só foi em casa para tomar banho e comer algo, dúvido que ele tenha sequer pensado no notebook enquanto esteve lá.
— Christopher. - chamei num sussurro, para não acordar a Violet. — Amor. - chamei surrando outra vez.
Eu respirei fundo e peguei o travesseiro que estava em baixo da minha cabeça com cuidado e então arremessei contra ele, acertando em cheio a sua cabeça.
No susto ele caiu do sofá me fazendo levar um susto também.
— Aí meu Deus, me desculpa. - eu disse colocando a mão na boca.
— Aí... - ele murmurou apoiando as mãos no chão, erguendo seu corpo.
— Machucou?. - eu perguntei batendo levemente na bundinha da Violet, porque com o barulho que o Christopher fez ao cair no chão, até ela se assustou, tadinha. — Me desculpa. - eu disse novamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Contract - continuação..
Roman d'amourNÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 🔞 CONTÉM: * Cenas de sexo explícito ✔️ * Linguagem imprópria ✔️ * Violência ✔️ --------------------------- {N/A: Com tudo resolvido, e agora uma filha, a pequena Violet Barnes Ross, o casamento que antes era uma fach...