Capítulo 14

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Não sei bem em que momento exatamente da madrugada ela começou a se debater na cama, virando para lá e para cá como se estivesse sem espaço, ou sem encontrar uma posição confortável para dormir.

Eu estava deitado de costas para ela, ainda meio sonolento. Tão sonolento que nem mesmo os eu havia aberto ainda.

O dia anterior tinha sido estressante e acho que o único dia em que eu senti tanto medo na vida quanto esse, foi o dia em que vi a Medeline com uma arma apontada para a cabeça dela.

Jesus Cristo... Eu nem gosto de imaginar o que poderia ter acontecido de pior.

Porque eu não consigo imaginar a minha vida sem a Elisabeth ao meu lado.

Porque para ser sincero... Eu nunca amei ninguém como amo ela.

Imagina o quão chato a minha vida seria sem ela para me irritar, implicar comigo e arrancar de mim as minhas melhores risadas.

A minha vida com certeza perderia todo o sentido sem ela.

— Me ajuda. - ela disse. — Por favor, alguém me ajuda!. - ela disse alterando a voz e eu abri os olhos. — Por favor, por favor!. - ela suplicou.

Eu me virei rapidamente para o seu lado. Ela estava de barriga para cima, com a testa suada, as mãos agarradas ao edredom com força.

— Me ajuda, alguém me ajuda. - ela disse novamente.

— Lise. - chamei em tom baixo para não assusta-la. — Amor. - chamei a balançando levemente. — Amor, acorda. Tá tendo um pesadelo. - eu disse baixo.

— É a minha filha... Alguém me ajuda!. - ela disse alterando a voz.

— Lise. - chamei outra vez. — Amor, acorda. - eu disse.

Ela acordou assustada e tentou levantar rapidamente batendo a testa na minha.

— Shiu... Tá tudo bem. Sou eu, sou eu. Foi só um pesadelo. - eu disse.

Ela deitou de novo passando a mão na testa e eu afastei alguns cabelos do seu rosto que haviam grudado por conta do suor.

— Tá tudo bem, tá? Foi um pesadelo. - eu disse acariciando sua bochecha. — Machucou?. - eu perguntei afastando a mão da sua testa.

— Não. - ela respondeu com voz de choro.

— Que foi bebê?. - eu perguntei.

Ela balançou a cabeça em negativo e eu voltei a acariciar sua bochecha novamente.

— Tá doendo?. - eu perguntei.

— Um pouco. - ela respondeu entre o choro.

— Mas você tá chorando por isso, ou por causa do pesadelo?. - eu perguntei.

— Pelos dois motivos. Mas mais pelo segundo. - ela disse e eu passei o meu nariz no seu lentamente.

— Quer me contar?. - eu perguntei baixo.

— Eu não sei se eu consigo. - ela disse.

Eu respirei fundo e abracei o seu corpo deixando um beijo no seu ombro. Elisabeth envolveu os braços no meu pescoço e deitou a cabeça no meu ombro enquanto ainda chorava.

— Não gosto de ver você chorar. - eu disse lhe dando outro beijo.

Ela fungou e respirou fundo.

Nós ficamos abraçados um longo tempo. Parte do meu corpo estava sobre o dela. Os meus braços estavam por baixo do seu corpo, o meu ombro molhado pelas lágrimas que ainda escorriam do rosto dela.

The Contract - continuação..Onde histórias criam vida. Descubra agora