Capítulo 16

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Sábado.

Quando o toque insuportavelmente alto do meu despertador soou pelo quarto me acordando, me virei imediatamente para o lado tentando fazer aquele som parar antes que ele acabasse acordando minha pequena Vi.

Estiquei os braços me espreguiçando e passei as mãos no rosto, cocei os olhos e quando olhei para o lado Elisabeth ainda estava dormindo. O que é ótimo.

Ela não tem dormido muito bem desde que o filho da puta começou a encher o nosso saco com aquelas mensagens sem noções. Mas pelo menos hoje ela aparentemente está tendo um bom sono, está dormindo bem.

O seu corpo está de barriga para baixo e o seu rosto virado na minha direção. O edredom vai até metade das suas costas, então o puxei mais para cima cobrindo o seu corpo até o pescoço.

O tempo ainda está chuvoso e frio.

Afastei algumas mechas de cabelo que haviam caído sobre o seu rosto e me aproximei lhe dando um beijo na cabeça.

Bom dia. - sussurrei.

Me levantei da cama e fui para o banheiro tomar banho. Eu não tenho muito o que fazer na empresa hoje além de reler os contratos, decidir quem irei contratar e entregar a lista de nomes para a Amélia, para que ela ligue pra eles avisando que começam segunda.

Falta menos de dois meses para o aniversário da Lise e honestamente ainda não faço ideia do que lhe dar de presente, o que ela quer?

Será que eu pergunto?

Provavelmente três meses para o baile que ela e as meninas estão organizando a pedido da vovó. O final desse ano está cheio e não estamos tendo paz porque um babaca têm nos perturbado.

Espero que a polícia descubra quem é logo.

Quando saí do banheiro ela ainda estava dormindo. Caminhei até o berço e a Violet estava acordada, com os olhos curiosos encarando os brinquedos pendurados sobre ela, a mãozinha na boca e as perninhas para cima.

— Vejam só quem acordou sem chorar... Que mocinha. - eu disse dando um sorriso. — Bom dia. - eu disse lhe fazendo cócegas. — Bom dia. - eu disse novamente sorrindo.

Ela agarrou minha mão, segurando o meu polegar e o meu dedo mindinho levando minha mão até a boca.

— É um beijo de bom dia?. - eu perguntei. — Ou tá querendo me morder?. - questinei a encarando com os olhos semi cerrados. — Não pode morder o papai, a mamãe pode. - sussurrei. — Mentira, não pode morder a mamãe também. - eu disse.

Ela estava balançando as perninhas e eu sorri me soltando das suas mãozinhas.

— Vou trocar de roupa e já volto, okay?. - eu disse passando a mão na sua cabeça. — Não acorda a mamãe princesinha, por favor. - pedi antes de me afastar do berço.

Olhei para trás, só para conferir se a Elisabeth ainda estava dormindo, e sim, estava.

Fui para o closet me trocar e tentei ser rápido para que ela não chorasse. Vesti uma cueca cinza, uma camisa social preta e um terno azul escuro quase preto. Uma gravata preta e então calcei os sapatos.

Penteei o cabelo, passei perfume e depois de pronto saí do quarto. Caminhei até o meu celular e peguei para olhar as horas.

Sete e trinta e três.

Eu ainda tenho tempo, posso chegar até às oito e meia na empresa. Eu sou o chefe, posso chegar até às duas da tarde.

Notei que havia uma mensagem do número desconhecido e desbloqueei o celular para ver o que era, mesmo sabendo que independente do que fosse, com certeza iria me deixar irritado.

The Contract - continuação..Onde histórias criam vida. Descubra agora