Capítulo 18

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É domingo o que significa que a empresa não abre e eu tenho o dia todo para ficar com a minha princesinha, e com a Lise.

Admito que boa parte do meu tempo ainda passo na empresa, e eu sei que tenho que resolver isso. Contratar mais pessoas para que eu possa ficar mais tempo em casa com a minha família.

Violet precisa de mim. Elisabeth precisa muito mais.

Cuidar de uma criança de três meses sozinha não é fácil e mal posso imaginar o quanto tem sido difícil para ela.

Se antes eu já passava muito tempo na empresa ou pensando na empresa e trabalhando de casa, agora com o caso da Madisson e com o Felipe entrando em desespero com a possibilidade do juíz conceder o habeas corpus para os desgraçados, isso tem acontecido ainda mais.

Pensei que com novos contratados eu estaria um pouco mais livre e menos atarefado e sufocado, mas as coisas continuam praticamente as mesmas.

A noite, ou melhor a madrugada de sábado para domingo foi... Complicada.

O choro da Violet dominou o local as duas da manhã. Mas não era um choro de desespero como quando ela acorda com fome, ou com a fralda suja. Era mais para um grito.

Eu abri os olhos e a Elisabeth pulou da cama desesperada correndo até o berço pegando ela nos braços.

— Oi, que foi amor? Teve pesadelo?. - ela perguntou enquanto balançava a Violet para e para cá tentando acalma-la. — Shiu... Eu já cheguei, mamãe tá aqui. - ela disse passando o dedo levemente pela bochecha dela.

Elisabeth me olhou sem saber o que fazer e eu me levantei caminhando até ela.

— Vi, tá tudo bem. - eu disse passando a mão na sua cabeça. — Shiu... Filha, nós estamos aqui, tá tudo bem. - eu disse. — Não é fome?. - eu perguntei. — Olhou a fralda?. - eu perguntei.

— Que horas?. - Elisabeth perguntou enquanto olhava a fralda. — Não, não é a fralda. Ela tá limpa. - ela respondeu.

Me afastei e fui olhar as horas, eram duas e treze da manhã.

— Duas e treze. - eu respondi.

— Não é fome, eu dei de mamar para ela tem uma hora. - ela disse me encarando enquanto ainda balançava a Violet nos braços.

Passei a mão no cabelo e coloquei as mãos na cintura enquanto olhava para as duas. Elisabeth com um olhar assustado sem saber o que fazer enquanto balançava a Violet, na esperança de que aquilo e as palavras em algum momento acalmassem ela, e fizesse ela parar de chorar.

Violet com o rosto vermelho de tanto chorar, e com fumas lágrimas escorrendo pelo rosto. Acho que é a primeira vez que ela chora e que realmente lágrimas saem.

Elisabeth colocou ela de pé no seu colo e começou a lhe dar alguns tapinhas na bunda.

— O que a gente faz?. - ela perguntou me olhando desesperada.

— Amor... Eu... - eu parei. — Eu não sei, eu não faço ideia. - eu disse passando a mão na cabeça da Violet. — Será que ela não está com calor?. - eu perguntei.

— Christopher o mundo tá caindo lá fora, impossível que ela esteja com calor nesse frio. - ela disse. — Vi, por favor se calma. - Elisabeth pediu lhe dando um beijinho no ombro.

Ela não sabia o que fazer e muito menos o motivo do grito e do choro escandaloso da Violet, e eu muito menos. Eu só sei que estava me dando agonia. Eu estava agoniado de ver a Violet vermelha de tanto chorar e não saber o motivo, ou como ajudá-la. E estava agoniado vendo a Elisabeth com um olhar preocupado enquanto balançava a Violet.

The Contract - continuação..Onde histórias criam vida. Descubra agora