Capítulo 27

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A noite foi tranquila, não escutei a Violet chorar nenhuma vez durante a madrugada, o que é ótimo. Talvez ela esteja finalmente entendendo que das onze da noite às seis da manhã, nós dormimos e que no restante do tempo ela pode fazer quanta bagunça quiser.

Os trovões e os relâmpagos duraram a noite toda, acordei algumas vezes com os estrondos que me assustaram. Obviamente fui checar a Violet todas as vezes em que acordei assustada, mas ela ainda dormia feito um anjinho.

Nossos celulares não tocaram indicando uma nova mensagem, mas queria saber o que o delegado disse ao Christopher depois que ele encaminhou as mensagens, não conversamos sobre isso.

Com a chegada da minha mãe, os chupões para esconder dela, a ida na empresa para encontrar o Christopher, o desmaio repentino da Amélia e a minha mãe e o Christopher se implicando logo no aeroporto, a última coisa da qual me lembrei foram as mensagens ridículas e nojentas enviadas por essa doente pervertida que não deixa o meu marido em paz, que não me deixa em paz.

Isso tá me deixando de saco cheio. O fato de não conseguirem descobrir nada sobre ela e muito menos raquear a porcaria do celular para saber onde ela está, me deixa de saco cheio.

Conversamos sobre isso depois, de preferência longe da minha mãe, não quero que ela se preocupe com isso.

Quando o despertador soou pelo quarto eu abri os olhos. Christopher estava deitado de bruços as meu lado com os braços em baixo do travesseiro.

Ele respirou fundo e se virou de lado pegando o celular para desativar o toque. De longe conseguir ver as horas.

Seis e meia da manhã.

Mas ele sai entre sete e oito da manhã.

Passei meu braço por cima da sua cintura e beijei suas costas fazendo com que ele arqueasse a mesma. Eu sorri.

— Vai começar a me provocar logo cedo?. - ele perguntou e eu beijei outra vez. — Lise. - ele advertiu e eu sorri outra vez.

Ele apoiou a mão sobre a minha e acariciou a mesma.

— Queria que você ficasse. - eu disse baixo.

Christopher ficou em silêncio por alguns segundos, continuou acariciando minha mão e então se virou para mim.

Os seus olhos encontraram os meus e ele passou uma das mãos pelo meu cabelo, afastando algumas mechas do meu rosto.

— Do que você tá com medo?. - ele perguntou e eu franzi o cenho.

— O que?. - ele perguntou.

— Do que você tá com medo?. - ele perguntou novamente.

— De nada. - eu respondi acariciando sua bochecha.

— Lise. - ele disse.

— Hum?... - murmurei mordendo o lábio inferior. — O que foi?. - eu perguntei.

— Amor, você só me pede para ficar em casa quando está com medo de alguma coisa. Geralmente você odeia a minha companhia e me chama de... - ele parou e deu de ombros. — Marido insuportável. - ele disse e eu sorri balançando a cabeça em negativo.

— Não é verdade. - eu disse e ele semi cerrou os olhos. — Eu amo a sua companhia e odeio a sua empre... - ele me interrompeu.

— Nossa empresa. - ele corrigiu. — E eu tô sabendo Ross, você odeia aquela empresa porque ela tá sempre roubando o seu marido. - ele disse e eu sorri.

— É. Viu, odiar você e odiar a empresa são coisas totalmente diferentes. - eu disse e ele sorriu. — E só para constar, eu não te chamo de marido insuportável com tanta frequência assim. - eu disse dando de ombros.

The Contract - continuação..Onde histórias criam vida. Descubra agora