The Contract - continuação..

Capítulo 51

Algumas semanas depois...

Já é quase Abril.

O tempo está correndo.

Daqui a pouco a Violet estará completando um ano e ainda é difícil para mim acreditar que a minha princesinha está tão crescida. Parece que foi ontem que eu estava a ponto de ter um ataque ao saber que a bolsa da Elisabeth havia estourado.

Mas na verdade isso já faz quase um ano.

Ela está tão grande e esperta. Entende tudo, só não fala e também ainda não anda, mas já se sustenta em pé sozinha apoiada nos móveis da casa, o que se tornou perigoso quando ela caiu e bateu a cabeça no chão. Desde então, Lise e eu temos tomado muito mais cuidado do que tomávamos antes.

Vi já não mama mais, mas ela já não mamava desde aquele acontecido horrível, onde a Lise teve que tomar vários remédios e teve que parar de amamentar. Violet estava só na mamadeira, para completamentar a introdução alimentar, mas já não quer mais.

Quer dizer, ela toma de vez em quando, mas é uma quantidade tão pequena que honestamente eu nem considero "comida".

Ela está a coisa mais fofa do mundo. Engatinha pela casa toda, já não gosta mais de ficar tanto no colo como antes.

Mesmo com a festa de um ano bem perto, a Elisabeth ainda não se decidiu no tema. Ela quer uma festa com coelhos, porque a Violet é simplesmente apaixonada pelo coelhinho de pelúcia que o Higor e o Felipe lhe deram. E ao mesmo tempo ela quer uma festa com o tema de Detona Ralph, porque cismou de que a Violet é a cara da Vanellope.

E não posso dizer que ela está mentindo, porque é só olhar para a carinha da Violet que você enxerga a Vanellope. Os olhinhos esverdeados, as bochechas grandes e levemente avermelhadas.

Tudo bem que o cabelo da Violet é castanho escuro como o da Lise e o da Vanellope é preto, mas ainda assim, as duas são muito parecidas e tão fofas!

Eu não sei se conseguiria me conter e não apertar e morder as bochechas da Vi ao vê-la fantasiada de Vanellope. Mas também não garanto que não tenha a mesma reação ao vê-la fantasiada de coelho, ou até mesmo apenas usando as orelhinhas.

Tenho certeza de que ela será a coisa mais fofa do mundo naquela festa independente do tema, e também tenho certeza de que a Cristina e a Izzie adorariam que a gente — principalmente a Elisabeth — se decidisse logo para que possam começar de fato organizar tudo a respeito da decoração.

A filha da Jey saiu do hospital há algumas semanas e já está ótima, felizmente não foi nada mais grave.

A audiência para dar o veredito final a respeito dos filhos da puta que fizeram o que fizeram com a Madisson é hoje, tenho que estar no tribunal às duas da tarde.

Higor e eu aconselhamos o Felipe a não ir, porque sabemos — apesar dele continuar negando — que há algo rolando entre os dois e seria difícil explicar, por exemplo, se a Madisson simplesmente o abraçasse depois de saber da sentença que os seus agressores receberam.

Principalmente se levarmos em conta o fato de que ele era advogado dela antes e que se retirou do caso, sem muitas explicações. Levantaria suspeitas demais.

Entretanto, não espero e sinceramente não acho que ele vá seguir a nossa orientação, ou seguir o nosso pedido de não ir ao tribunal.

Bem... De qualquer, indo ou não... Dando merda ou não... Higor e eu estaremos prontos para defendê-lo de qualquer acusação, principalmente de uma que não há provas concretas.

É quinta-feira e o celular da Elisabeth tocou às seis, como todas as manhãs desde que ela começou a faculdade.

Ela está deitada de costas para mim com a cabeça sobre um dos meus braços. Seus cabelos estão espalhados pelo meu peitoral, ombro e há alguns fios no meu rosto.