. • ☆ Capítulo 1 ☆ • .

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Acordei com os primeiros raios de sol filtrando pela janela de meu pequeno quarto neste orfanato

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Acordei com os primeiros raios de sol filtrando pela janela de meu pequeno quarto neste orfanato. O silêncio da manhã era quebrado apenas pelo suave murmúrio dos pássaro lá fora, esfreguei meus olhos deixando a sonolência dissipar aos poucos. Sou sempre a primeira a acordar, um hábito que adquiri ao longo dos anos.

Me lavantei com cuidado para não acordar as outras crianças no quarto, com passos silenciosos segui até o banheiro, minha rotina matinal era um ritual que me proporcionava um senso de normalidade naquela realidade peculiar. Lavei o rosto, pentei meus cabelos rebeldes os puxando para cima prendendo-os em um rabo de cavalo, penteado tradicional do orfanato e coloquei meu uniforme.

Desci as escadas em direção ao refeitório, onde o cheiro tentador de café fresco pairava no ar. Os funcionários ainda estavam ocupados preparando o desjejum para as crianças, os cumprimentei com um sorriso discreto que foi retribuído com um leve aceno de cabeça e me dirigi a uma mesa vazia.

Enquanto saboreava o café quente, meus olhos vagavam pela sala, observando os retratos desbotados nas paredes que testemunhavam as histórios de outras crianças que passaram por ali, o orfanato era meu lar, mas o desejo de encontrar um lugar permanente no mundo ainda ardia em meu coração. Enquanto saboreava a xícara quente, meus olhos se perderam no vapor ascendente e as lembranças começaram a emergir.

A visão da cozinha impecável no orfanato trouxe à tona flashes de uma época em que limpar não era apenas uma rotina matinal, mas uma tarefa árdua e cruel. Minha avó, Rene, era uma sombra obscura em minhas recordações malditas, uma figura que tornava a luz do orfanato ainda mais recorfortante. Lentamente, meus pensamentos se voltaram ao passado, para os dias em que eu vivia sob o julgo implacável de minha avó. O cheiro de produto de limpeza misturados com o eco das palavras cruéis de Rene ecoavam em minha mente. As lágrimas se formaram nos cantos dos meus olhos e antes que caíssem as engoli determinada.

Os hematomas que carregava, não só na pele, mas na minha alma, eram testemunhas silenciosas das marcas deixadas por uma infância difícil. Cada ferida física contava uma história minha e então a xícara de café agora frio tornou-se uma âncora me puxando de volta para o presente.

Quebra de Tempo

Assim que terminei meu café da manhã peguei meus livros e cadernos, me preparando para mais um dia de estudo solitário. No orfanato eu era a única que estudava ali, mas não sei motivo. Acreditava que era pelo fato de ser a única com 17 anos que não foi adotada, vai saber. As outras crianças frequentavam a escola normalmente. A sala silenciosa era como meu refúgio, onde os livros eram meus amigos e a busca pelo conhecimento era minha luz.

Estava estudando quando de repende uma voz familiar ecoou em meus ouvidos interrompendo meu foco e uma lembrança me invadiu me transportando para um sofá antes marrom agora com manchas de sangue, meu sangue. A minha frente Isabella Swan uma figura imponente em minha vida que gritava e xingava em um acesso de raiva, a atmosfera estava carregada de tensão, mas a razão deste ataque eu me lembro até hoje, eu a chamei de mãe... Era isso que a fez e a fazia me bater, ela não gostava e eu me esquecia de disso...

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