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Malia acordou com um sobressalto, seu corpo sacudindo involuntariamente enquanto o frio cortante invadia seus ossos. As paredes de pedra úmidas da cela refletiam a pouca luz que se filtrava pelas grades enferrujadas da pequena janela, projetando sombras sinistras que pareciam dançar ao seu redor. Tremendo incontrolavelmente, ela tentou se encolher mais no canto, mas o chão gélido parecia sugar o último vestígio de calor de seu corpo.
Os lábios de Malia estavam roxos, e ela sentia o gosto metálico do sangue onde havia mordido a própria boca em um esforço desesperado para não gritar. O suor escorria de sua testa, misturando-se às lágrimas que ela nem percebera que estava derramando. Cada respiração era uma luta, o ar frio queimando seus pulmões enquanto tentava, em vão, se aquecer.
Ela abraçou os joelhos junto ao peito, tentando se fazer o menor possível. O tecido fino e rasgado de suas roupas não oferecia nenhuma proteção contra o frio implacável. Malia fechou os olhos, tentando afastar a sensação de desespero crescente. Fragmentos de memória começaram a se recompor em sua mente: a última visão de Ravenna, a expressão fria e calculista, o som das correntes se fechando ao redor de seus pulsos...
O pânico ameaçava dominá-la, mas Malia sabia que precisava manter a calma. Precisava encontrar uma maneira de sair dali. Ela olhou ao redor, buscando qualquer coisa que pudesse ajudá-la. As paredes da cela estavam nuas, exceto por algumas marcas de arranhões, testemunhos silenciosos dos prisioneiros anteriores que, como ela, haviam tentado escapar.
Um som distante fez seu coração acelerar - passos, cada vez mais próximos. Ela se forçou a ficar de pé, embora suas pernas estivessem fracas e trêmulas. Precisava estar preparada para quem quer que fosse. A porta da cela se abriu com um rangido alto e, por um momento, Malia foi cegada pela luz que entrou.
— Finalmente acordada, Malia — disse uma voz fria e familiar. Ravenna entrou na cela, seus olhos avaliando Malia com uma mistura de curiosidade e crueldade. — Vamos ver quanto tempo você consegue aguentar aqui.
Malia encarou Ravenna, tentando reunir forças para responder, mas as palavras ficaram presas em sua garganta. Tudo o que ela podia fazer era resistir ao impulso de cair de volta no chão, deixando o desespero tomar conta. Ela não daria a Ravenna a satisfação de vê-la quebrar. Mesmo que cada fibra de seu ser estivesse congelando, Malia decidiu que lutaria. Lutaria até o fim.
Os guardas surgiram das sombras atrás de Ravenna, movendo-se com a precisão de predadores que sabiam exatamente como imobilizar sua presa. Eles agarraram Malia pelos braços com uma força brutal, arrancando um gemido de dor dos lábios roxos dela. Seus dedos se cravaram em sua pele, deixando marcas que prometiam se transformar em hematomas sombrios.
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Beyond Twilight
FantasíaNum passado turbulento, antes de minha mãe, Bella, partir para Forks, uma noite de festa obscureceu meu destino, resultando em uma gravidez com um homem desconhecido. Nasci na sombra do arrependimento, rejeitada por ser considerada um erro. Contudo...